capítulo 34

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Capítulo por Ayana

📍 Rio de Janeiro - 2022
🗓️ Quarta-feira

Hoje, eu estava revisando os prejuízos do restaurante, vendo o que o seguro cobria e toda essa burocracia insuportável. Diego me livrou de ficar responsável pela maioria das coisas e só me deixou com a parte financeira. Falando nele, agora ele deve estar chegando aqui em casa para me dizer como foi a reunião que ele teve mais cedo com os funcionários sobre o pagamento deles. Não tenho previsão de quando vou retomar com o restaurante e se eu realmente for continuar... Graças a Deus, o fluxo e o lucro líquido do restaurante sempre foram bons e sempre me deram um retorno melhor do que o esperado.

Uns minutos depois, ele chegou aqui em casa.

- Ei, como foi lá? - perguntei.

- Consegui resolver a maioria das coisas, mas tem duas coisas que me deixaram intrigado!

- O quê?

- A perícia ligou e disse que as câmeras naquele dia estavam desligadas. Como estavam desligadas? - questionou ele.

- E você perguntou aos funcionários?

- Perguntei, e como esperado, ninguém viu nada e nem desligou nada. Todo mundo compareceu na reunião, menos a mulher que a Patrícia indicou - concluiu Diego.

- Como assim ela não foi?

- Não sei... Liguei para ela e só dava fora de área. Como alguém que estava precisando pra caramba de dinheiro some assim sem dar explicação ou resolver o pagamento pelos dias que ela ficou no restaurante? - questionou ele, desconfiado.

- Onde você tá querendo chegar com isso?

- A conta não fecha, Ayana, e eu sei que você também concorda.

- Beleza. E se fosse o caso dela ter desligado as câmeras, a troco de quê? Eu não tenho nem concorrência, nem briga com nenhum outro estabelecimento.

- Patrícia tá envolvida! Tenho certeza, e nem adianta vir de putaria "ain essa implicância com ela" ou "não faz sentido" - disse ele, com a expressão séria.

- Que inferno! - afundei a mão no rosto, respirando fundo. Diego não sabia que a Patrícia estava com o Pedro, e eu acho melhor não contar agora. Preciso saber primeiro o que ela estava fazendo com ele. Eu não posso sair acusando as pessoas assim.

- O que a gente faz agora? - perguntei.

- Eu vou resolver essa situação - Diego respondeu.

- Você não vai resolver nada pra começar, conversa primeiro. Você não pode sair acusando os outros assim por conta das vozes da sua cabeça. Segundo, se a Patrícia realmente estiver envolvida, a gente tem que agir com cautela - rebati.

- E a gente fica sentado esperando? Vou avisar a perícia que tem alguma coisa de errado nessa merda toda.

- Não - neguei - Deixa isso para lá. Até o final de domingo, eu vou conversar com a Patrícia.

- Se até domingo você não tiver conversado com a Patrícia, eu vou descobrir isso do meu jeito - Diego retrucou.

- Beleza - respondi finalizando a conversa.

- Beleza - respondi finalizando a conversa

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Capítulo por Lennon

📍Rio de Janeiro, Barra - 2022
🗓️ Quinta-feira à noite

- Isso não está certo. Quem deveria te acompanhar sou eu -  apontou Nalu para si mesma - Eu não sei quem é mais sem noção: o cara que te convida mas não me convida, ou essa piranha da Ayana por aceitar ser seu "par".

- Olha o respeito, Juliana! Chamando a mina de piranha à troco de quê? E sem contar que a gente não tá oficialmente juntos.

- Lennon, eu tento não brigar contigo, mas é impossível. Você não faz nada direito e depois eu que sou a errada.

- Eu tô a semana toda fazendo o que você quer, mas nada nunca tá bom, Juliana. Você quer que eu viva a vida por você, é só você e mais ninguém. Ontem eu ia na casa da minha MÃE - dei ênfase - e você reclamou, reclamou e o que eu fiz? Não fui e fiquei aqui com você. Nem os caras estão vindo aqui em casa porque você pediu pra que essa semana ninguém viesse aqui.

- Lennon, para com esse show, eu já tenho que suportar essa sua amiga por enquanto, e seus amigos eram o mínimo que você podia fazer por mim, deixando-os longe daqui essa semana. E você não precisa ir até a sua mãe, você pode chamar ela aqui.

- Você presta atenção nas coisas que você fala? Não é possível, mano.

- Lennon, chega de discussão. Eu estou começando a ficar bolada. Você não vai sozinho nesse casamento, ponto final - Assim que ela terminou de falar, colocou a mão na barriga que ainda não estava visível e fechou os olhos, respirando fundo com cara de que ia começar a passar mal. E eu fui para perto dela.

- O que foi? Tá tudo bem? - perguntei, preocupado.

- Tô sentindo dor - ajudei ela a sentar no sofá - Se você não tivesse me estressado... Eu não posso ficar nervosa, você sabe. Nos primeiros três meses, eu tenho o risco de perder o nosso filho por qualquer besteira - disse Juliana, e eu nem estiquei mais assunto.

Eu tô exausto, cansado de tentar fazer com que as coisas funcionassem com Juliana. Ela quer que eu viva minha vida por ela, como se só ela existisse no meu mundo, mas é orgulhosa demais para entender que existem mais do que apenas as suas necessidades e desejos no mundo. Eu não quero mais continuar vivendo nesta relação que claramente está fadada ao fracasso.

Eu sei que não posso ficar com ela simplesmente por pena, só porque ela estava grávida. Não é justo para mim, nem para ela. A vida com Juliana se tornou uma prisão emocional, algo que eu já não queria mais.

Eu acho que é hora de encerrar esta relação. Não é uma escolha fácil, mas eu sei que é o correto a fazer. Não posso continuar me "sacrificando" por alguém que não consegue ver além do seu próprio ego.

Fico muito triste por ter que terminar as coisas, mas sabia que era a hora de seguir em frente. Não posso mais permitir que Juliana controle a minha vida.

Prefiro seguir nossas vidas separadamente, mas juntos amigavelmente pelo bem do nosso filho. Espero que, com o tempo, Juliana possa abrir os olhos e ver que suas atitudes inflexíveis não deixaram espaço para uma possível volta. Não afirmo que eu esteja completamente certo, mas, até o momento, eu tentei fazer a minha parte. Essa semana, mesmo, vou dar um ponto final nisso.

 Essa semana, mesmo, vou dar um ponto final nisso

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