Dois olhares se cruzam novamente. Memórias antigas voltam à mente, palavras tímidas são trocadas, emoções antigas são relembradas.
Que nossas despedidas sejam um eterno reencontro.
Depois que Aya saiu do restaurante, eu fui continuar meu trabalho. No entanto, fui interrompido pela mulher que tem atormentado minha vida ultimamente. Já tentei explicar para essa mina que não vai rolar mais nada entre a gente, mas a infeliz não aceita e fez questão de vir até o meu trabalho me perturbar.
- Não vem com essa de não querer mais. Quem não me quer? Olha para mim - disse, dando uma voltinha.
-Maldita hora que fui me envolver com patricinha, Jesus- abaixei a cabeça e sussurrei só para mim ouvir.
- O que você falou? -
- Rayane, presta atenção pela última vez. Eu sei que deve ser um evento na sua vida receber um "não", mas eu não quero ficar com você. Ponto final. Agora, por favor, vai embora - falei, mantendo a calma.
- Foi a desgraçada da sua prima, não foi? Essa garota só atrapalha a nossa relação - disse, aumentando o tom de voz.
- Tá vendo como você é? Primeiro, a gente não tem nenhum rótulo e nunca teve. Segundo, a Ayana é minha família, sangue do meu sangue, praticamente minha irmã, e eu nunca me afastaria dela simplesmente porque você não vai com a cara dela.
- Ah, que coisa linda vocês dois, tô até emocionada. Olha só, você não vai me descartar assim, não - disse, quase gritando.
- Puta que pariu, Rayane. Nossa conversa acaba aqui. Sai agora, ou eu vou chamar alguém pra te tirar daqui - falei, firme e decidido.
Rayane percebeu que eu não estava brincando e saiu pisando firme
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