hold on to your heart ও l.s

12.

boa leitura amores :)
all love.

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Louis olha para o barco, cruzando os braços.

— Tem certeza de que não há como conseguir conexão aqui?

— Não, a menos que você saiba como consertá-lo sozinho. — diz Harry, desfazendo os laços e entrando no barco. 

É depois do almoço e eles finalmente estão indo para a cidade para que Louis possa ligar de volta para Dave. Ele soube que o alfa está tendo dúvidas sobre a venda dos direitos do filme, acusando-o de pressioná-lo. Louis não estava muito preocupado com isso, mas gostaria que fosse resolvido antes do final do dia. Ele tinha o suficiente com que se preocupar.

— Agora, vamos. Antes que eu desista.

— Por que vocês têm que viver em uma ilha própria? — ele resmunga, mas relutantemente sobe no barco. Agarra um dos coletes salva-vidas e o coloca, odiando a maneira como o chão se movia a cada passo que dava, balançando de um lado para o outro. — Agora, apresse-se. Antes que eu vomite, por favor.

— Sempre tão agradável. — Harry murmura. 

Um passeio de barco extremamente desconfortável depois, seguido por uma subida igualmente desconfortável por aquela escada velha e frágil, Louis está seguindo Harry até a cidade. O alfa está andando a passos largos, e Louis está correndo para acompanhá-lo, queimando de aborrecimento e amaldiçoando as longas pernas de Harry. 

Harry entra em uma loja chamada Styles Coffee Shop, sem se preocupar em olhar para trás para ver se Louis está atrás dele. Revirando os olhos, ele o segue. Ele imediatamente envolvido pelo cheiro de grãos de café e canela, os olhos observando o interior bem iluminado. As paredes de madeira estão cobertas de cartazes e fotos do oceano e das montanhas. Há uma lareira na parte de trás, emanando calor para toda a sala. É muito… rústico, mas de uma forma charmosa, supõe Louis. 

— Você pode ligar aqui. — Harry diz, tirando-o de seu devaneio. — Vou pegar uma bebida. — ele intencionalmente não pergunta ou menciona pegar algo para Louis antes de ir embora. 

Louis bufa, pega o telefone e dá um suspiro de alívio ao ver que a conexão aqui ali era adequada. Disca o número de Dave, sentando-se em uma mesa no fundo, longe de todos os outros. 

— Dave, querido. — ele cumprimenta quando o alfa atende, uma voz rouca familiar do outro lado da linha. Ele se vê esfregando a aliança de casamento, ainda não tendo se ajustado ao peso em seu dedo nas últimas seis horas. — Sinto muito por esta manhã. Estou longe de casa agora e o sinal tem sido absolutamente terrível.

Eles conversam um pouco, e Louis calma e racionalmente explica todos os prós de Dave fazer isso e o tranquiliza repetidamente sobre suas dúvidas. Finalmente, Dave agradece e pede desculpas por incomodá-lo, e Louis o dispensa. 

— Vai ser ótimo. — ele promete, sorrindo. Eles encerram a conversa e Louis se permite sentir alívio por pelo menos uma coisa dar certo, mesmo quando todo o resto está no ar. Isso vai dar certo também, diz a si mesmo. Tem que dar.

Percebe com uma carranca que Harry nunca voltou, embora já se passaram pelo menos dez minutos e examina a loja rapidamente. Encontra o alfa parado ao lado do balcão, com a bebida na mão, conversando com… uma ômega. Ela está rindo de algo que ele disse, e Louis observa incrédulo. 

Ele está realmente flertando agora? Quando Louis está ali e eles deveriam estar noivos? Furioso, ele se levanta e vai direto para até os dois. Não se importa onde o alfa coloca seu nó, mas é melhor que não seja em ninguém na próxima semana. Eles estavam em uma pequena cidade cheia de pessoas entediadas que adoram fofocar, pelo amor de Deus. O que Harry estava pensando? 

Louis se coloca bem ao lado dele, envolvendo um braço ao redor do bíceps do alfa e sorrindo educadamente.

— Olá. — ele dirige para a ômega loira. Ela é bonita, tem mais ou menos a idade de Harry e está vestida com uma camisa de flanela rosa e jeans. 

— Oh, meu Deus, oi — ela exclama, parecendo surpreendentemente feliz em vê-lo. — Estávamos falando de você.

Imediatamente desconfiado, Louis olha para Harry, que limpa a garganta. — Louis, esta é Claire… Minha, uh, ex-namorada.

— Oh, uau — Louis diz, arregalando os olhos. Ex-namorada, claro. — Isso é... uau.

— Somos história antiga, não se preocupe. — Claire brinca, sorrindo para Harry. — É um prazer conhecê-lo, Louis.

— O prazer é meu. — Louis diz, relutantemente apertando a mão dela. 

A ômega junta as mãos. — Na verdade, acabei de visitar minha irmã em Anchorage esta manhã, então não pude vir ontem à noite, mas ouvi a notícia! Estou tão feliz por vocês.

— Obrigado. — Louis murmura, sem protestar quando Harry se solta dele e segura a mão da ômega. 

— Harry estava me contando sobre como vocês dois se conheceram. — Claire explica, antes de apontar para o anel de Louis. — E como ele propôs.

Louis acena com a cabeça, olhando para o anel. Ele se pergunta se Claire conhece a história dele.

— Bem — diz Claire, sem dúvida sentindo a conversa murchar. — Foi bom ver você, Harry. E, de novo, que bom te conhecer, Louis. Parabéns.

— Obrigado, você também. — diz educadamente. 

Ele espera até que Claire se vá e eles voltem para o barco para dizer: — Então, ex-namorada, hein?

Harry revira os olhos. — Como eu disse, conheço essas pessoas a minha vida toda.

— Quanto tempo vocês dois ficaram juntos? — pergunta. 

O alfa dá de ombros. — Seis anos.

O queixo de Louis cai. Harry teve um relacionamento com aquela ômega por seis anos? 

— Você está falando sério?

— Sim, começamos a namorar no primeiro ano do ensino médio e ficamos juntos durante toda a faculdade. — diz com indiferença. — Éramos crianças.

— O que aconteceu? — Louis pergunta, franzindo as sobrancelhas. Ele olha para Harry, que está franzindo a testa. — Por que vocês terminaram?

Harry solta uma risada monótona. — Você realmente não tem que desempenhar o papel de ômega ciumento, sabe. Não importa.

— E se Ross tocar no assunto? — exige. — Ele não vai nos perguntar sobre relacionamentos anteriores? Só estou tentando obter todas as informações. 

— Então por que não discutimos seus relacionamentos anteriores? — Harry pergunta bruscamente. — Ou, a falta deles?

Louis franze a testa. 

— Alguém está na defensiva. — murmura, tentando não pensar no desprezo na voz do alfa quando insinuou que ele nunca teve um relacionamento. Ele já sabia que o alfa não era diferente de ninguém em como o via – isso não deveria ser uma surpresa. — Apenas… lembre-se de que deveríamos estar noivos, ok? Não quero que nada comprometa isso para nós.

Harry zomba, parando abruptamente no lugar. — É disso que se trata? Você acha que vou dormir com minha ex-namorada? — ele parece zangado. — Você realmente acha que eu arriscaria isso? Minha mãe acha que estamos apaixonados, Louis. E Naná também. Você sabe o quanto iria quebrá-los se descobrissem que é tudo mentira?

— Só estou lembrando o que está em jogo para nós aqui. — Louis diz rigidamente. 

Os olhos do alfa tremem. — O que está em jogo para você. Não finja que se importa com ninguém além de você nesta situação. — ele diz friamente. — Que você pensa em alguém além de si mesmo. — ele se afasta antes que Louis possa falar. 

Ele o encara por um segundo, a mensagem do alfa recebida alto e claro. Deveria ter abreviado para “ômega frígido”, pensa Louis. Teria lhe poupado o fôlego.