7.

1.2K 228 41
                                    

É só quando Harry olha pela janela do avião em seu segundo vôo e vê os familiares picos cobertos de neve da Cordilheira Costeira espreitando da névoa que finalmente começa a afundar. 

Três anos. É quanto tempo se passou desde que visitou Sitka pela última vez e, porra, ele não percebeu o quanto sentia falta de casa até olhar para as montanhas que foram o pano de fundo nos primeiros vinte e três anos de sua vida. E pensar em quão diferente ele é agora comparado aquele Harry mais jovem que entrou em um avião com um brilho nos olhos e nunca olhou para trás. 

Ele tem vinte e sete anos agora, mais velho e mais maduro. Certamente muito mais exausto. Tantas coisas mudaram, mas essas montanhas não. Elas estiveram aqui esperando por ele esse tempo todo. 

Quando pousam, meia hora depois, Harry veste sua jaqueta e espera impacientemente que Louis reúna suas coisas, sem surpresa, tendo trazido alguns manuscritos para ler na próxima semana. É honestamente assustador como o ômega nunca para de funcionar. 

Seu coração está batendo forte quando ele sai do avião e sobe a escada. À distância, ele pode ver as pessoas amontoadas atrás do portão. Uma placa se destaca do grupo, sendo sacudida violentamente por seus donos: BEM-VINDO AO LAR HARRY!! Devido à diferença de altura, um lado do cartaz é mais alto que o outro. E ele não pode ver daqui, mas sabe que a tinta vermelha foi coberta com purpurina. 

É absolutamente perfeito. Um sorriso se espalha em seus lábios, e ele está se movendo antes que perceba, Louis murmurou “Oh, por favor”, que entrou em um ouvido e saiu no outro enquanto descia as escadas e ia direto para suas duas ômegas favoritas no mundo. 

Meu bebê — sua mãe soluça quando ele está próximo, o rosto já brilhando com lágrimas.

O coração de Harry se enche de calor, fechando os últimos degraus entre eles e jogando os braços em volta do corpo pequeno dela.

— Oi, mãe — murmura, enterrando o rosto em seu cabelo. Ela cheira a canela e maçã, o perfume que definiu sua infância. 

Seu aperto em torno de seu pescoço aumenta e ela chora em seu ombro. — Você está em casa! Meu bebê está em casa! Oh, é tão bom ver você, querido.

— Você vai sufocá-lo, Melanie — uma voz exasperada diz, e Harry sorri, soltando sua mãe para se inclinar e abraçar sua avó em seguida. 

— Oh, olhe para você — Nana murmura, apertando-o com força. Ele pressiona um beijo na pele macia da bochecha dela, sentindo como se tivesse viajado no tempo e tivesse dez anos novamente. Ela se inclina para trás e segura seus ombros, olhando para ele. — Eu juro que você cresceu mais cinco centímetros desde a última vez que te vi.

— Ou talvez você esteja encolhendo — Harry diz descaradamente, e ela dá um tapa em seu braço, gargalhando. Ele pega a mão das duas, apertando-as. — Como vocês duas estão? É tão bom ver vocês.

— Estamos em êxtase por ter você em casa — diz a mãe, chorando, colocando a outra mão sobre a dele. — Faz tanto tempo.

Um fio de culpa o envolve, e ele o reprime. — Onde está o papai? — pergunta com cuidado, finalmente decidindo reconhecer a notável ausência. 

— Oh, você conhece seu pai — Melanie diz se desculpando, e ele balança a cabeça rigidamente, sem surpresa. — Sempre trabalhando…

— Esqueça ele. — diz Nana, espiando por cima do ombro. — Onde está seu amado ômega?

Os olhos de Harry se arregalam, tendo esquecido a presença de Louis por um minuto muito feliz. Ele olha para trás, procurando a figura familiar do ômega com uma carranca. Ele o encontra lutando para rolar sua bagagem de mão sobre o pequeno degrau do portão, uma carranca no rosto.

hold on to your heart ও l.sDonde viven las historias. Descúbrelo ahora