32 | A Corrida PT 2

30 3 2
                                    

Uma vez ouvi dizer que o amor incondicional que as mães sentem ao segurar o bebê, nada mais é do que uma elevada carga de ocitocina pós parto, carga esta, necessária para apojadura

Hoppla! Dieses Bild entspricht nicht unseren inhaltlichen Richtlinien. Um mit dem Veröffentlichen fortfahren zu können, entferne es bitte oder lade ein anderes Bild hoch.

Uma vez ouvi dizer que o amor incondicional que as mães sentem ao segurar o bebê, nada mais é do que uma elevada carga de ocitocina pós parto, carga esta, necessária para apojadura. Sem o leite, o filho não poderá viver. Esse é o mecanismo da natureza para a sobrevivência. Descobri Isso foi tão... Libertador! De repente tudo fez sentido. Eu não precisava mais dessa coisa idiota que as mães tinham que sentir, isso não era nada além de uma mulher respondendo aos estímulos mais primitivos do cérebro.

O amor é apenas um monte de homônimos, drogas no cérebro. Goste ou não, isso é um fato. O amor, não existe!

No fim tudo é hormonal, tudo se resumo ao quanto de ocitocina você consegue liberar em um cérebro. O toque é a principal forma de liberação desse hormônio. Isso explica por que pessoas evitativas emocionalmente como eu, nunca amam alguém. Não digo isso com pesar e sim com alívio. O único sentimento que eu conheço é a raiva.

Encaro o olhar descontentado do meu pai, a essa altura cada palavra que me vem à mente parece péssima. Tudo ao meu redor parece em preto e branco, como naqueles filmes antigos. Sinto que olha-lo é ter que ver ela... Ver Emily, ver que não posso atuar como tenho feito nesse ultimo mês.

— Não vim pedir misericórdia, pai. Muito menos perdão. Apenas me diga, se isso é uma das suas obras de falsificação. — Digo. Nem mesmo em nossos momentos mais difíceis, ele me lançou um olhar tão frio. Seguro a corrente na ponta dos dedos. Os olhos dele saltam, mas rapidamente ele se recompõe. — É verdadeira ou não? Depois pode ir embora, aposto que deva está cheio de trabalho. Mais pedras para falsificar.

Meu pai retira os óculos, colocando-os sobre a mesa e esfregando os olhos logo em seguida. A mão de pele levemente enrugada sobe pelo cabelo colorido de castanho, voltando a pousar sobre a perna cruzada.

— O que está acontecendo, Jade? Sai de casa sem dá notícias para ninguém. Age como se tivesse morrido e agora me pede para encontra-la aqui? Me enchendo de perguntas. — A voz dele é mais branda do que o rotineiro, porém posso sentir a raiva a se arrastar do seu âmago.

— Não estou te enchendo de perguntas, te fiz uma única pergunta. É ou não?!

Engulo em seco, em quanto nos encaramos. Os gritos de comemoração enchem o salão quando um dos cavalos ocupa uma melhor posição. De longe posso ver o Irlandês e Harry me observando. Do outro lado da sala, está Lizie igualmente atenta.

— Quem te deu esse colar, Emily? Onde andou metida? — Ele apoia os braços na mesa. A voz está sutilmente mais alta, mas ainda abafada pelo som alto.

Ao perceber que não vou falar, meu pai bate contra a mesa, fazendo-me apertar os olhos e sei que algumas pessoas estão olhando. E ele volta a falar, agora mais alto ainda:

— Fala, Emily! Por que se você não falar, eu juro que vou chamar a policia e não vai ser para mim que vai contar. — Uma longa pausa se faz em meio a minha apreensão.— FALA EMILY! — Ele bate contra a mesa mais uma vez. Apertar os olhos certamente, não é o que me livrará desta situação.

CHELSEA - A Ascenção De Um Narco (H.S)Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt