19 | Apenas negócios

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Cap sendo editado

(...)

As luzes vermelhas e azuis que piscam iluminam a frente da casa no subúrbio de Chelsea, os vizinhos que ocupam a rua cochicham sobre os dois garotinhos sentados no meio fio. Os bombeiro correm para fora da casa e a policia recolhe os depoimentos sobre a trágica família. A primeira maca sai e o pequeno braço pálido e arroxeado da criança apagada balança à caminho da ambulância. Uma pena, uma grande pena, todos sabiam que uma pessoa desiquilibrada jamais poderia cuidar daquelas crianças.

— Preciso fazer algumas perguntas. — Uma mulher de roupa social se abaixa próximo ao meio fio e o garotinho de cabelos negros levanta a cabeça. Seus olhos cor de água estão fixos em seu irmão no balão de oxigênio. Sua responsabilidade desde a primeira vez que ele pegou aquele bebe barulhento nos braços. — Qual o seu nome? — Um sorriso gentil toma os lábios da mulher e seu coração se aperta. O outro garoto de pijama amarelo e cabelos loiros chora e segura a mão do irmão que mantem seu olhar alí fixo e a segunda maca sai.

— David... — A voz é doce e suave e as luzes vermelhas refletem em seu rosto pálido. —Esse é meu irmão Jhon.

— Foi você quem achou os corpos, David? —Ele acena. Ao contrario de John, embora o seu peito se apertasse e a culpa o consumisse nenhuma lágrima é derramada quando a porta da ambulância se fecha levando seu irmão mais novo.

— Preciso que me diga a idade de vocês. — A segunda porta se fecha e a ultima ambulância se vai levando as luzes vermelhas embora. Seus finos dedos se levantam formando um nove e a mulher suspira. Isso é tão triste.     — Tem alguém para quem possamos ligar, David? — O silêncio se faz e os vizinhos se aproximam para saber sobre a nova tentativa de suicídio de Nancy. — Não? Ninguém? Sou da assistência social, vai ficar tudo bem agora, David.

(...)

O barulho dos sapatos engraxados de David ecoam pelo corredor longo e estreito, mal iluminado e de paredes cor de creme. Sua mão repleta de anéis estão agitadas ao lado do seu corpo e ele canta uma música em quando segue os dois homens armados em sua frente. Seu primo Justin caminha ao seu lado em quanto mastiga um palito de dente. O jovem de cabelos castanhos e olhos cor ambar sinaliza para David que leva a mão até sua cintura pronto para agarrar a arma quando se aproximam da grande porta no fim do corredor.

Rabinos filhos da puta! Para David um judeu criminoso era o ápice da hipocrisia humana. Por que cristo os perdoaria, mas lançaria todos os outros no inferno?

Um tiro é soado de dentro do cômodo e eles param quando a grande porta se abre, um homem alto e forte sai arrastando uma mulher loira semi nua pelo braço, seus cabelos estão bagunçados e sua maquiagem borrada, ela chora passando por David e Justin que suspiram juntos ao adentrarem no escritório de Ezra.

A face de David toma uma expressão de nojo ao sujar seus sapatos brilhantes com todo aquele sangue e massa encefálica no chão e na parede; Ele funga com o cheiro metálico no ambiente. Como um lobo por trás da neblina Ezra se move entre a fumaça de cigarro indo até cadeira atrás da mesa como de costume e ele limpa sua pistola prateada com pano de camurça.

Um velho gordo da cabeça fodida que gosta de explodir miolos por qualquer razão incrivelmente estupida. Harry certamente o pagaria por deixa-lo com a pior parte.

— Parece que alguém teve um dia ruim. — Diz David ao encarar o rosto do rapaz morto no chão. Ele não deveria ter mais de dezenove.

— Ele terá o descanso eterno. —Ezra coloca o revolve contra a mesa e encara os dois Peckham's em sua frente, em pé e vigilantes. — Já eu por outro lado... Tive um prejuízo de quarenta mil libras hoje. Com certeza um dia de merda.

CHELSEA - A Ascenção De Um Narco (H.S)Where stories live. Discover now