13 | Fumaça

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O estrondo vindo de baixo faz meu corpo saltar, como de costume desde à um ano atrás, como se eu ouvisse aquele zumbido, como se meu corpo automaticamente reconhecesse cada milímetro de movimento decorado

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O estrondo vindo de baixo faz meu corpo saltar, como de costume desde à um ano atrás, como se eu ouvisse aquele zumbido, como se meu corpo automaticamente reconhecesse cada milímetro de movimento decorado. Minhas mãos tremulas tateiam rapidamente o criado mudo até encontrar a gaveta e agarrar o metal gelado da arma.

Minha respiração ofegante faz o ar que entra em meus pulmões parecer mais denso, como fumaça.

Coço meus olhos para que minha visão turva possa se certificar que tudo está em plena ordem. Mais uma vez o barulho volta, juntamente com a voz da minha mãe vinda de baixo e fecho meus olhos para tomar novamente controle da minha respiração; Minhas mãos soltam a arma e sinto que posso relaxar.

── Tudo bem... ── Falo para mim mesmo.

Sinto meus batimentos desacelerarem a medida que minha respiração vai se tornando mais profunda, me deito novamente e encaro o tempo nublado através da clara boia. Hoje será um dia longo e tenho pouco tempo para distrações.

O lençol fino é remexido pelo corpo debruçado e desajeitado de Jade, que dorme pacificamente agarrada ao travesseiro. Esfrego o meu rosto e volto à encara-la, os cabelos negros cobrem o rosto amassado, mas posso ver os lábios entre abertos que babam minha cama. Já faz tempo que não tenho companhia por muito tempo, me sinto estranho só de olhá-la, como se esta fosse uma intrusa, e ela é.

Me levanto da cama depois de alguns segundos e recolho os travesseiros que ela joga no chão todas as noites, levando-me a crer que ela fez a pequena barreira apenas desfaze-la em quanto dorme. Mal sabe ela que o motivo de minhas noites mal dormidas são os pequenos pés gelados em minhas costas, pois todo o calor do quarto parece insuficiente para ela.

Toco a pele pálida e macia do ombro descoberto, para acorda-la e apenas isso. Bem... É o que digo para mim, mas logo desisto e minha mão desliza pela pele gelada e arrepiada, que delata o frio. Estou relutante em deixa-la sozinha no meu pequeno espaço pessoal, tenho receio quanto a pequena garota esperta em minha frente.

Tão pouco gosto da ideia de sentir o remorso, mesmo que esta recai sobre meus ombros por entrega-la como uma moeda de troca para alguém que até a minha sombra foge ultimamente. Entretanto. Abrir a porta para esse meu sentimento repressivo e julgador, certamente me fará entrar em um questionamento sobre meus julgamentos morais, isso será a coisa mais paralisante que poderei fazer e por agora não posso me dar a gentileza de cultivar um pensamento tão crítico.

***

Desço as escada até o primeiro andar, onde se situa a pequena reunião familiar que me aguarda, dessa vez com mais uma integrante familiar, que fala ao telefone.

CHELSEA - A Ascenção De Um Narco (H.S)Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz