Capítulo 21

85 13 52
                                    

nota da autora: escutem a musica enquanto estiverem lendo para uma melhor experiencia, tenho certeza que vão gostar, aproveitem o capitulo de hoje!!

depois do café applehead deu a ideia de um passeio pela capital e alguns pontos turisticos da cidade, Chris estava empolgado sem duvidas e apesar da minha leve dor de cabeça eu não tinha intenção de apenas ficar deitada na cama esperando as horas passarem, mesmo que o fuso horario pareça uma loucura, enquanto está de dia está de noite em Los Angeles e não sei se sigo o tempo ou a hora do meu relogio que ainda não conometrei para o horario da nova zelandia. mas procuro ficar mais animada, mesmo que meu corpo implorasse para voltar para cama eu estava entusiasmada demais para dormir e eu queria explora o máximo de lugar possivel da cidade, e enquanto Mike e meu irmão me esperavam na sala corri para o quarto e escolhi uma roupa bem quente no guarda roupa, já que estava uma manhã bem fria, ajeitei meu cabelo e calçei uma bota de veludo e coloquei luvas.

Michael tinha tudo pensado para um passeio turistico e em seguida iria nos levar para comer em um restaurante e só havia um problema: era tudo composto por carne!

os pratos mais famosos da nova zelandia tinham carne, absolutamente nada ficava de fora, porém descobri que eles são grandes admiradores do kiwi e então na hora do almoço esse foi o meu pedido, salada de kiwi com rabanete e de sobremesa pavlova e confesso que jamais comi nada igual. eu estava encantada com a beleza daquele lugar, comida e as roupas era uma outra vida que eu tinha e conforme andavamos apreciavamos a paisagem, e no meu coração eu sentia ela um pouco mais proxima, minha mãe nao podia sair do hospital, sua saúde estava frágil demais e qualquer vento forte ou ficar molhada por muito tempo podia resultar em uma pneumonia, então sonhos distantes como viajar para Nova Zelandia era algo impossivel, então Chris e eu queriamos realizar o sonho dela e aqui estavamos, vivendo cada momento como se fosse único. chegou um momento do passeio que perdemos applehead de vista, mas sei que ele não está muito longe, e eu queria esse momento com meu irmão. demos o braço um para o outro e observamos a paisagem e pessoas fazendo caminhadas matinais.

- porque essas pessoas estão correndo em uma temperatura de menos 10 graus? Chris perguntou incredulo.

- algumas pessoas gostam de formas de tortura diferentes, não podemos julgar suas formas de vidas, mesmo que sejam formas estupidas. - eu zombei.

- se não fosse seu espirito aventureiro eu estaria dentro do chalé tomando um chocolate quente.

- e que graça teria se voce não vinhesse com a gente?

- eu não imaginei que aqui fosse tão frio. - Chris disse rangendo os dentes.

- voce quer voltar? - perguntei para meu irmão que acenou com a cabeça sem nem pensar duas vezes.

- mas não precisa ir comigo, eu lembro o caminho, afinal não estamos longe, só tome cuidado e procura o Michael pra ficar com voce, estamos em um país desconhecido e todo cuidado é pouco.

- calma! eu não sou criança adoravel irmão. - eu disse em tom de deboche mas Chris parecia falar muito sério e pegou minha mão para repetir o sermão:

- Ayla, é sério, não quero que voce fique sozinha na rua, vai atrás do seu amigo e não se afaste dele.

Chris depositou um beijo na minha testa e se afastou, eu lembro que Michael queria entrar em uma loja, disfarçado é claro, mas quando fui em seu encontro ele não estava mais lá, então andei por ali perto mas não consegui localiza-lo até ve-lo sentado em um banco na pracinha e fui correndo até ele, eu estava sem ar me sentindo em uma maratona correndo no frio, era como se o ar estivesse rarefeito.

- applehad! - eu o chamei - quase que voce me dá um infarto, voce sumiu tão derrepente. - mas Michael estava calado, pensativo e distante.

- perdoe pelo sumiço. - ele respondeu rispido olhando para sua mãos.

- Mike? - sentei ao seu lado e toquei seu rosto - voce está bem?

- eu entrei em uma lojinha pra comprar um presente para voce, ai... eu...

- está tudo bem, sabe que pode me contar qualquer coisa.

- eu vi meu reflexo no espelho, e percebi que nunca posso ser eu mesmo, sempre preciso de uma fantasia, se as pessoas descobrem que sou eu tudo desmorona, uma pessoa vem em cima, depois outra e outra, ai eu olhei para minhas mãos e vi as manchas, estou notando elas cada vez que olho para meu corpo e quando tomo banho, quando o medico sugeriu um tratamento para clarear eu me senti horrivel, não sou assim, eu sou um homem preto, mas ao mesmo tempo não quero ser mesclado, como um monstro que meu pai acha.

- applehead, voce não é um monstro, seu pai que é por dizer essas coisas para o proprio filho, ah, como eu queria que voce se visse como eu vejo.

- e como voce me ve? - ele perguntou.

- voce é lindo! uma pessoa maravilhosa e meu melhor amigo!

- só isso? - ele perguntou erguendo uma das sobracelhas, uma pergunta um pouco estranha e eu não entendia o que Michael queria dizer com só isso?

- olha estou ao seu lado sempre, jamais se esqueça! mas agora me diz - eu disse abrindo um sorriso e chegando mais perto dele - o que voce comprou para mim? 

Michael deu um sorriso e tirou uma caixinha do bolso, eu me arrepiei no momento porque a ultima vez que vi ele retirando uma caixinha do bolso da calça era para se declarar para Diana o que falhou miseravelmente, ele não poderia estar pensando nessa possibilidade! como um segundo plano, eu não queria desaponta-lo mas não faria sentido ele me amar e me ajudar a encontrar Jordan, e pensei em várias formas de recusa-lo sem magoar seus sentimentos, mas se ele me ama como poderei recusar sua declaração?
e então ele abriu a caixinha, e dela retirou duas pulseiras douradas com a inicial dos nossos nomes.

- eu juro que foi coicidencia, só me veio nós dois na cabeça e talvez voce pudesse gostar.

ele pegou meu pulso e colocou a pulseira e acariciou minha mão, ela era perfeita, a típica bijuteria comprada em uma lojinha de esquina mas que significa uma pedra de rubi para mim, como a coisa mais valiosa do mundo pois foi um presente de Michael e ele pensou em mim para comprar.

- ela é preciosa Mike! é maravilhosa!

- eu pensei que voce fosse gostar - ele colocou a pulseira eu seu pulso e tocou meu rosto - o simbolo da nossa amizade, é assim que eu quero me lembrar da gente, sentado no banco de uma praça com a boca rangendo de frio e usando pulseira com a inicial dos nossos nomes, obrigada por nunca desistir de mim eu amo... eu amo esse momento nosso.

- como melhores amigos!. - respondi emocionada.

- é... melhores amigos. - Mike respondeu mas parecia estar triste em sua voz, beijou minha mão e deu um sorriso fraco e me puxou para um abraço e me aconcheguei no seu peito enquanto ele acariciava meus cabelos, era otimo essa sensação de restar apenas nós no universo, as pessoas passavam e sussurravam, mas oras, quem se importa! nunca em 1 milhão de anos elas vão ser capazes de conhecer alguém como meu applehead.



um capitulo meio tristinho para vcs! até eu me sinto mal pelo Mike estar na friendzone, mas logo Ayla vai reconhecer que o applehead não sente apenas amizade por ela.

Michael & meWhere stories live. Discover now