The Sweetest Taste - Soonhoon

Capítulo 14

Quando Soonyoung acordou naquela manhã, sentiu que algo estava diferente. Seu corpo e sua mente pareciam um pouco mais leves, como se tivesse dormido tão bem depois de anos enfrentando noites terríveis de sono e muitos pesadelos devido ao estresse diário que carregava consigo.

Dessa vez, o príncipe até mesmo deixou um sorriso surgir ao perceber como tudo estava diferente nos últimos dias. Seus sonhos pareciam mais doces também. Pensando nisso, sabendo que não conseguia mais controlar o que se passava consigo e sem ignorar seus sentimentos, ele se lembrou do quanto ficou alegre e satisfeito no dia anterior, quando provou os cupcakes que Jihoon o mandou.

Havia comido no escritório mesmo, sendo até contrário aos modos de se portar diante de uma refeição quando não se importou de se lambuzar com a cobertura do doce e deixou sua língua fazer o trabalho de limpar tudo. Estava parecendo uma criança e não se arrependeu de ter aproveitado aqueles cupcakes como queria.

E pensar que Jihoon tinha mandado aqueles cupcakes para lhe fazer se sentir um pouco melhor em seus dias estressantes no trabalho... Poxa, aquilo fazia coisas no coração de Soonyoung que nem sabia que poderia acontecer. Ficou agradecendo mentalmente o menino de cabelos loiros rosados por seu ato gentil que nem percebeu que passou o resto do dia com ele na cabeça.

Seria isso uma coisa ruim? Não para Soonyoung, que apenas conseguia lembrar o quão legal ele era, além da parte de ser incrivelmente bonito.

Queria o agradecer de forma mais clara do que apenas recados pela irmã, e mesmo que tivesse uma reunião importante pela parte da manhã, não deixou de pensar na possibilidade de ir pessoalmente vê-lo. A manhã passou rapidamente, enquanto sua reunião de duas horas lhe ocupava a mente até o seu fim, e ver que sua agenda estava livre pela parte da tarde e a sua mãe não tinha ido lhe ver para colocar as reclamações sobre Yeji em dia, viu uma oportunidade perfeita para ir até àquela confeitaria com um garçom, quer dizer, doces tão bonitos.

Deixou um recado ao senhor Choi sobre sua saída, sabendo que o mais velho iria compreender sua vontade de ir até Jihoon. Achou melhor não comentar nada com Yeji por enquanto, pois imaginava que ela fosse surtar e deixar o castelo inteiro saber para onde estava indo e, principalmente, quem estava querendo encontrar.

Contudo, dessa vez precisou ir com um motorista, como o mordomo havia o aconselhado para não causar mais preocupação. Ficou aliviado por não ser o motorista de confiança de seu pai, pois o rei era a última pessoa que Soonyoung queria que soubesse para onde estava indo.

Quando chegou na confeitaria, mais uma vez atraiu os olhares dos plebeus que estavam ali. Cumprimentou todos brevemente, enquanto procurava pelo Lee. Encontrou o loiro do outro lado do balcão, ao lado de um homem e uma mulher mais velhos. Rapidamente pensou que eram os pais de Jihoon. Eles o encaravam surpresos e só piorou quando o menor andou um tanto animado em sua direção para falar consigo.

— Soonyoung! O que sua ilustre presença faz aqui? — perguntou animado, com o seu famoso e inesquecível sorriso que fez o corpo do herdeiro enrijecer-se quase que de imediato. — Venha, vou te levar para um lugar mais reservado — se referia aos olhares mais inquietantes que os consumidores lhes tinha a atenção, puxando o Kwon pela mão suavemente até a sala dos fundos, onde poderiam se esconder de todos, e até de seus pais ainda embasbacados pela enorme honra de ter alguém da realeza (sem ser Yeji) em sua confeitaria.

O príncipe ficou um pouco sem reação ao receber aqueles olhares, enquanto era levado para um espaço mais vazio por Jihoon, que não se importou de agarrar sua mão na frente dos pais dele.

— Pensei que vocês estivessem acostumados a ver alguém da realeza aqui, mas parece que todos ficaram assustados comigo.

— Encontrar Yeji já é de costume aqui, mas você, com o seu título de "o próximo rei de Safira", aqui na nossa confeitaria humilde é novidade — deu de ombros, como se não se importasse com isso, completamente diferente de todos os outros fora daquele minúsculo quartinho onde estavam.