The Sweetest Taste - Soonhoon

Prólogo

O céu ainda não havia clareado completamente quando o príncipe Kwon Soonyoung despertou naquela manhã. Havia adquirido o hábito de levantar muito cedo desde pequeno, quando se irritava bastante com alguma criada que batia na porta de seu quarto para o acordar e o ajudar a se vestir. Com o passar do tempo, o jovem passou a definir seu próprio horário, despertando tão cedo quanto seus súditos do Reino de Safira.

Ainda que cedo, Soonyoung já sentia que aquele seria um dia gélido, assim como os dois últimos dias. Era uma rotina que desde pequeno tinha. Se debruçou no parapeito da pequena sacada que havia em seu quarto, e permaneceu olhando para o reino que futuramente estaria sob as suas responsabilidades. Ele não negaria, amava incondicionalmente a cidade em que morava, mesmo que nunca tenha trocado mais de duas frases com a população que habitava ao seu redor. Gostava de acordar cedo para ver aqueles que tinham a disposição para trabalhar, tão arduamente, para ter a renda que precisava para conseguir se manter naquele reino tão bem desenvolvido quanto aos países de primeiro mundo. Era uma motivação a mais para um bom começo de dia.

Enquanto caminhava pelos largos corredores a fim de tomar seu divino café da manhã, pensava e planejava como seria o seu dia. Sem dúvidas, os estudos estavam ocupando a maior parte do tempo, mas não que isso fosse uma obrigação. Soonyoung às vezes exagerava na dose! Sua mãe, ainda que orgulhosa de seu herdeiro, lhe exigia que saísse mais para não se estressar com os estudos, mas ele realmente era dedicado e não media esforços para conseguir ouvir um dia, de sua população, que era um bom monarca.

Pensava muito sobre como sua imagem soberana seria vista assim que tomasse o trono. Queria que, no futuro, sua figura representasse um símbolo muito mais além do que apenas um rei usando uma coroa de safiras. Sua linhagem sempre foi muito bem vista, principalmente em atividades diplomáticas.

Buscava seguir os costumes da família, sempre aprendendo lições com seu professor para estar ainda mais próximo de um verdadeiro monarca. No entanto, também buscava entender melhor as mudanças que não deixaram de afetar seu povo. Não podia ignorar que precisava estar perto de suas questões sociais e era por isso que o príncipe se dedicava tanto.

Quando chegou à sala de jantar real, suspirou. Não havia ninguém ali, tirando alguns dos tantos empregados que trabalhavam no grandioso castelo. Apesar de gostar de sua própria companhia a maior parte do tempo, gostava e apreciava um pequeno tempo com seus pais diariamente. Sentou-se em seu lugar de sempre e logo o chefe veio até si, engolindo a seco. Aquilo não era um ato muito comum do homem, já que está a tanto tempo no cargo que não deveria estar com todo esse nervosismo. Mas Soonyoung logo soube do motivo. Ele o havia servido um prato bem feito e farto de panquecas doces com uma calda de Maple Syrup por cima. O herdeiro não gostava do prato e todos ali sabiam, inclusive o cozinheiro.

Soonyoung olhou para o cozinheiro real frustrado, porém, ele apenas se pôs a fazer uma reverência com as pernas trêmulas e rapidamente se retirou dali. O príncipe comeu, mas com uma cara feia como todos ali previam.

Se sua avó ainda estivesse viva, ele receberia uma bronca feia por sua atitude egoísta. E Soonyoung tinha ciência disso.

O príncipe sabia muito bem se expressar com elegância na frente daqueles que lhe serviam, mas sempre havia aquela indignação quando as coisas não saíam como ele esperava. Um exemplo disso era tomar um simples café com sua família, mas cada um parecia haver um compromisso mais sério. Esconder seu semblante deprimido era mais um dever diário.

Soonyoung mantinha a postura correta de um membro da realeza, não deixando que suas frustrações atrapalhem os deveres de seus pais e tudo o que eles fizeram durante todos os anos de reinado. A atenção que recebia não era apenas como filho, mas também como a futura figura real que vai fazer de tudo pelo seu povo. Não gostava de falar dos outros motivos de preocupação acabavam o deixando ainda mais solitário.