- Não, não, por favor não. - A menina repetia enquanto se afastava de um cientista qualquer. O homem se aproximava cada vez mais de Morg, segurando um estranho aparelho pontiagudo, e a morena sabia exatamente o que ele iria fazer. Corta-la. Onde? Não era como se o cientista se importasse.

O homem tinha um sorriso em seu rosto, um sorriso maligno, como se machucar uma garotinha o fosse fazer feliz, e realmente iria. O desespero atingiu Morg, reviver seu passado não estava no topo da cadeia alimentar quando se tratava de experimentar algo ruim de novo, mas pelo visto a cadeia dos animais pode sempre dar reviravoltas.

Seria seu fim? Era isso que Vecna queria? Matar Morgan Carter do jeito mais doloroso possível? Isso claro, depois de lhe dar um chá de memórias nada boas. Bem, se esse era o plano do feiticeiro, ele estava dando certo, pois a bruxa não via saída daquele lugar.

Dando graças à qualquer divindade que a tenha ajudado a mover suas pernas e a se retirar de lá, a garota rapidamente correu para abrir novamente uma outra porta. Dessa vez, Morg se encontrava não em uma sala, mas sim em um corredor, talvez estivesse próxima da saída?

Oh Morg, como você estava enganada.

Cada passo que Morgan dava pelo corredor era um corpo, banhado de sangue e morto, de um cientista que aparecia próximo de si, e a garota antes que pudesse prestar atenção em sua falha respiração teve de se preocupar com onde estava andando, afinal tropeçar em um cadáver não era lá uma meta ou algo do tipo. De qualquer forma, a garota estava com um firme pensamento em sua cabeça de que, ser machucada por algo morto, não devia ser nada bom.

As luzes do corredor, por nenhuma razão, decidiram que iriam piscar. Os corpos começaram a aparecer com maior velocidade, e quando Morgan olhou para trás, ela viu centenas de Demodogs correndo em busca do sangue fresco de todos aqueles corpos derramados.

Merda.

Carter passou a correr mais rápido que suas pernas permitiam, e, assim que viu uma porta, abriu ela com o máximo de força que conseguiu. Ela sabia que não estava a salvo, afinal em nenhum lugar nesse laboratório ela estaria, mas ela não sabia como fugir. Afinal teria ali, uma saída?

Quando a menina percebeu que a sala estava vazia, ela se encostou na parede fria, deslisando até sentir suas pernas tocarem o chão, assim, soltando todo aquele ar que seu pulmão prendia. Suspirando, Morgan começou a chorar. Sua respiração estava completamente acelerada, e mesmo com toda a velocidade, ela não conseguia sentir o ar percorrer pelo seu corpo direito. Suas pernas e mãos tremiam como se fossem feitas de papel e o vento, que nem era existente na sala, agisse como se estivesse prestes a levar Morgan para um outro mundo.

- Eu não quero morrer. - Murmurou a menina levando sua mão até seu peito, sentindo seu coração bater mais rápido do que de costume. A visão da garota estava querendo vacilar, mas ela não podia desistir, não podia desmaiar.

Levantando seu olhar, Morgan percebeu que as paredes, antes brancas, agora estavam repletas de sangue, e olhando mais para cima, avistou Henry Withe segurando um coelho queimado, logo o jogando para o lado.

- Você é a culpada. - Dizia com a voz firme. - É sua culpa. - Um passo foi dado na direção da menina. - Culpada! - Um cientista havia entrado pela porta próxima a que Morgan estava, e logo agarrou o braço da menina. - Você é tão estúpida Ten. - Disse o mais velho dando outro passo para perto da menina, mas ela já não sabia se ligava tanto para ele, já que estava tentando se soltar do aperto de sua mão. - CULPADA! - Falou com sua voz ficando mais grossa e dando um passo, ficando mais próximo da garota.

JUST STAY HERE - mike wheelerWhere stories live. Discover now