JUST STAY HERE - mike wheeler

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BOB NEWBY, SUPER-HERÓI

OS ALARMES NÃO PARAVAM DE TOCAR, ASSIM COMO A CABEÇA DE HENRY, QUE NÃO PARAVA DE FUNCIONAR. O homem sabia que algo em seu plano talvez não fosse mais dar certo, pois os andares a baixo, não pareciam estar funcionando bem como anteriormente. Como se uma lâmpada se acendesse em seu cérebro, Henry rapidamente pensou que o motivo pelo qual os alarmes estavam tocando, vinha de um lugar mais profundo, mais sombrio e a solução para esse problema, era colocar seus únicos experimentos vivos, em prática. Sabia que talvez o seu plano de ataque teria que ser antecipado, mas para ele, aquilo não teria problema algum. Por isso mesmo, o homem rapidamente desceu as escadas do laboratório, e foi em direção a aquele que queria ter uma vasta conversa.

(...)

- Temos que fazer Will dormir. - Disse Mike assim que voltaram para o quarto hospitalar - Ele é um espião, se ele sabe onde a gente está, o mostro das sombras também sabe. - Mike ia aumentando seu tom de voz, pois Will começou a gritar usando todo o ar presente em seus pulmões, que, aquilo que o amigo dizia, era mentira. - Ele matou os soldados, vai nos matar também!

O garoto de cabelos castanhos tentava se soltar do aperto de Joyce enquanto permanecia sua gritaria sobre a tal da mentira. Barulhos de tiros foram o escutados por todos, o que fez com que Morgan ficasse mais preocupada. As armas estarem ativas significava que o pior estava por vir, e a menina não queria ver aquilo.

Quando Joyce perguntou para Will quem ela era, fazendo o garoto parar de gritar, percebeu que sei filho estava diferente, já que demorou para responder quem ela era e também pelo seu olhar não estar mais doce como costuma ser. Sendo assim, Joyce pegou a seringa das mãos de Mike e, preenchendo a mesma com um líquido incolor, injetou o mesmo no braço de seu filho, que posse a dormir imediatamente.

De repente, a porta da sala foi aberta por Hopper e Sam, o que fez com que os barulhos de tiros ficassem apenas mais altos. Além disso, um barulho sinistro que se aproximava ao qual Dart costumava fazer, invadiu os ouvidos de todos eles. As portas de madeira que ficavam em frente ao quarto estavam se desfazendo, o que obrigou com que todos saíssem correndo daquele quarto e se mudassem para outro.

Hopper, que havia pegado Will em seu colo, tomou a liderança. Porém, sair do quarto e andar pelos corredores não parecia ser uma boa ideia, já que os barulhos de tiros e estranhos animais perambulavam pelo laboratório atacando quem aparecesse na frente. A situação obrigou o grupo a entrar na sala das câmeras, cuja era a mais próxima da onde eles estavam naquele momento.

As imagens reveladas pelas câmeras apenas apavoraram mais á Morgan. Tudo que a menina via eram animais, os quais Mike havia dito para Morgan que eram como Demogorgons, e corpos de cientistas, médicos ou soldados jogados e espalhados pelo chão. A visão de tal situação fez com que Morg segurasse uma das mãos de Mike, já que a companhia do menino lhe dava uma sensação de conforto independente da situação.

De repente, as luzes começaram a piscar e em seguida se apagaram. Estavam sem energia. A escuridão rapidamente aumentou o medo de Morgan, o que fez a menina criar orbes de fogo em suas mãos para que a sala fosse iluminada, sem pensar nas consequências do uso de seus poderes.

- Sem perguntas, por favor. - Falou Morgan começando a procurar uma lanterna com sua mão livre, e quando a achou, jogou a mesma para Hopper.

Já que a luz vinda da lanterna já era suficiente para iluminar a sala, Morgan apagou a orbe de fogo e limpou seu nariz que agora se encontrava sangrando. Owens pegou um mapa do laboratório enquanto falava onde ficava a saída mais próxima do local o qual eles estavam. Porém, o problema de chegarem até lá, seria que nenhum deles conseguiriam sair, já que as portas são aprova de falhas. O doutor também disse, após uma pergunta vinda de Bob, que seria possível destrancar de longe com um computador, o qual se localizava no porão.

- Ei, aonde você vai? - Perguntou Bob á Hopper enquanto o mais alto se direcionava para a porta.

- Armar os disjuntores. - Respondeu o policial.

- Tá bom, e depois? - Continuo Bob.

- Depois a gente da o fora daqui.

- Não, depois a energia vai voltar. - Respondeu Bob - Pra poder destrancar as portas, tem que renunciar completamente o sistema e cancelar a trava de segurança com um comando. Só da para fazer isso caso vocês souber BASIC.

Hopper não sabia o que era BASIC, por isso Mike foi o primeiro a falar que aquela era uma linguagem de programação a qual não tinha como ser ensinada para qualquer um nesse exato momento. Sam também não conhecia BASIC, muito menos Joyce ou Morgan, o que fez com que Bob fosse aquele que iria armar os disjuntores, já que era o único que sabia BASIC.

- Vai ficar tudo bem. - Falou Bob para Joyce - Lembra, Bob Newby, super-herói.

- Eu vou junto. - Falou Morgan antes de Bob e Hopper se retirarem da sala.

- Não, você não vai. - Respondeu Hopper, e antes que a menina pudesse acrescentar um "mas" Hopper acrescentou. - É perigoso, sei que quer ir porque acha que pode proteger Bob, mas isso colocaria os dois em risco, você nunca lutou contra uma coisa dessas antes, acredite, não são fáceis de matar como um gato qualquer - As palavras do homem faziam com que Morgan estremecesse, e por mais que soubesse que o mais velho tinha razão, também sabia que Bob precisava de proteção - e quanto menos de nós fora daqui enquanto está escuro, melhor será.

A menina suspirou um pouco triste por não poder salvar Bob caso algo acontecesse com ele, mas também se sentiu aliviada por não ter de se meter com aqueles monstros por hora. Morgan se sentou na mesa ao lado de Mike, apoiando sua cabeça no ombro do mesmo enquanto esperavam Bob dar algum sinal pelo Walk Talk ou então a energia voltar. Alguns minutos se passaram e nenhum sinal de Bob, o que fez com que Morgan se levantasse e começasse a andar de um lado para o outro, porém logo quando a menina estava prestes a se retirar da sala para poder ir procurar Bob e ajuda-lo, a energia voltou.

- Ele conseguiu - Disse Mike fazendo Morgan soltar o ar que nem sabia que estava segurando, e voltar a se sentar ao lado do menino enquanto Bob trabalhava no resto da programação para que as portas pudessem ser abertas novamente.