Wall Street, 254 - 10:15 da manhã

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As 22:15 o telefone de Beatrice notificou a chegada de uma mensagem de texto, acompanhado de uma foto.

"Wall Street, 254 - as 10:15 da manhã"

Beatrice olhou a foto da pessoa que deveria matar aquela manhã, percebeu que deveria ela deveria ter mais ou menos sua idade, no máximo 22 anos

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Beatrice olhou a foto da pessoa que deveria matar aquela manhã, percebeu que deveria ela deveria ter mais ou menos sua idade, no máximo 22 anos.

Pela primeira vez teve a curiosidade de saber o que aquela mulher com rosto angelical teria feito para morrer as 10:15 de uma manhã de sábado.

Apesar da curiosidade, Beatrice não cedeu e ignorou sua vontade de buscar informações sobre seu trabalho do dia seguinte, bloqueando a tela de seu celular.

A mulher de cabelos lisos, pretos e olhos puxados, pegou sua jaqueta preta em cima do sofá, e saiu de seu apartamento, indo para um bar próximo a seu prédio.

Beatrice levava uma vida dupla. Ela era arquiteta nas horas vagas, para manter as aparências enquanto não estava matando pessoas pelo mundo.

Os serviços do escritório de assassinos para o qual Beatrice trabalha, aceita trabalhos em qualquer lugar do mundo, uma das razões pela qual Beatrice conhecia vários países.

-Olá, amigos! - Beatrice disse ao encontrar com Mary e Shanon, suas colegas de trabalho no escritório de arquitetura.

-Finalmente, hein?! - Mary disse olhando o relógio em seu punho.

-Podemos saber o que a senhorita estava fazendo que demorou tanto a aparecer? - Shanon perguntou curiosa.

-Trabalhando em casa. - Beatrice diz rapidamente, para que suas amigas não imaginem que ela estivesse com alguém e dando bolo nelas. - Amanhã não irei para o escritório, meninas. Tenho trabalho externo.

Mesmo que não fosse necessário, Beatrice gostava de dar satisfação a suas sócias, afinal, ela precisava de um álibi, caso alguma coisa fugisse de seu controle, por isso, trataria de marcar uma visita com cliente assim que o dia amanhecesse.

Depois de curtir a noite com as colegas de trabalho, Beatrice as avisou que estava tarde e precisava ir. Não queria estar tão cansada quando o dia amanhecesse para

-Sem problema nenhum, cara sócia. Amanhã é sábado, por mim, também não iria, mas pela Mary ela abriria aquele escritório até aos domingos. - Disse Shanon abraçando Beatrice.

-Você precisa trabalhar menos, Bea. Pra que trabalhar tanto? Arranja uma namorada, beija na boca, aproveitar a vida. - Mary ficava inconformada pelo fato de Beatrice nunca manter um relacionamento com alguém, nem mesmo ficar com alguém. Pelo menos não na frente delas.

-Olha quem fala que eu deveria trabalhar menos. E quem lhe disse que eu não beijo na boca, Mary? Eu só não gosto de exposição, mas pode ter certeza que eu aproveito muito bem a minha vida. - Beatrice deixou Mary encasquetada com a informação que tinha acabado de receber.

-Você? Custo a crer! - Mary tentaria arrancar informações de Beatrice.

-É, eu. - Beatrice ria do fato de Mary não conseguir tirar informações dela.

Shanon e Mary correram para o meio da boate quando começou a tocar uma música que elas gostavam. As duas namoravam desde a faculdade e estavam de casamento marcado.

Beatrice permaneceu sentada, observando as pessoas ao seu redor. Quantas pessoas ali sentadas seriam capazes de manter uma vida dupla como a dela? Quantas pessoas ali, poderiam matar pessoas a quilômetros de distância como ela?

Mary e Shanon sequer imaginavam que trabalhavam ao lado de uma das mulheres mais perigosas dos Estados Unidos. Uma das assassinas mais procuradas daquele país, e procurada pela Interpol, mesmo que eles jamais tenham tido uma imagem sequer que os pudesse ajudar a encontrá-la.

Quando a música que as duas dançavam acabou, o casal voltou ao lugar onde Beatrice as esperava para se despedir.

-Garotas, tenho que ir. Amanhã tenho cliente e não quero a deixar esperando. Vocês também já deveriam ir embora. Amanhã trabalham cedo. - Beatrice tomava sua última cerveja enquanto se despedia.

-Ah, não, Beatrice. Ainda está muito cedo. Fica um pouco mais, anda. - Shanon pedia, mesmo sabendo que sempre que Beatrice se despedia, era pra valer.

-Lamento, mas tenho que ir. -Beatrice colocou o copo em cima da mesa, quando uma amiga de Mary e Shanon apareceu.

-Meu casal favorito está aqui! - Camilla abraçou as duas amigas.

-Deixa eu te apresentar, Beatrice. Essa é Camilla, uma grande amiga nossa. Ela trabalha com crianças com deficiência.

-Olá, Camilla. É um prazer conhecer você. É uma pena que já estou de saída. - Beatrice disse beijando o rosto da menor.

-Camilla, essa é a Beatrice. Ela é a outra arquiteta que trabalha com a gente. Nossa! Nem acredito que já faz tanto tempo e vocês nunca tiveram a chance de se conhecer. Mesmo com a gente sendo tão próximas. - Shanon nunca tinha se dado conta disso antes.

-Pois é. Precisamos nos ver mais vezes. Vocês só trabalham. - Camilla sempre reclamava as amigas por trabalhar demais.

-Eu realmente tenho que ir, Camilla, meninas. E sim, precisamos marcar algo mais cedo da próxima vez. Eu vou adorar conversar com você sobre o seu trabalho, Camilla. Sempre gostei muito dessa área voltada a inclusão.

-Amanhã teremos um evento na Wall Street. Se você puder ir, será maravilhoso. Não vai demorar muito. - Camilla lançou o convite.

-Só a Beatrice? - Mary perguntou.

-Eu sempre chamo e vocês nunca vão, mas se quiserem comparecer, ficarei feliz. Vou mandar o endereço para vocês e vocês mandam para a Beatrice. - Camilla se animou com a possibilidade das três se fazerem presentes no evento.

Beatrice era uma arquiteta brilhante. Se dedicou a profissão desde que saiu do ensino médio. Desde criança, Beatrice frequentava escolas de lutas, onde conheceu sua mentora, Suzanne , que a instruiu durante anos, até a iniciar como assassina, como sua sucessora.

A mulher não tinha mais idade para continuar na ativa, e assim como os demais, precisava encontrar alguém a altura de lhe substituir. Por mais que Suzanne fosse boa no que fazia, Beatrice conseguia ser superior a sua antecessora, jamais fracassando em uma missão, desde a primeira, aos 17 anos.

Beatrice tinha um talento nato com as armas e os mais diversos tipos de lutas. Sempre esteve a frente de seus colegas nas atividades que se propunha a praticar.

Avatrice - Assassina De Aluguel Where stories live. Discover now