affective

638 74 6
                                    

╰•★★ ʂıƙıʑų ★★•╯

— Felix, volte aqui seu pestinha!

Changbin corria atrás do loirinho, tentando não esbarrar nos móveis da casa e recolhendo qualquer coisa que o pequenino desastrado derrubasse no caminho.

Vocês devem estar se perguntando que caralhos está acontecendo. Mas se quiser saber, preste atenção! Aqui não é caridade para doar informação.

Apenas saibam que será necessária muita atenção e determinação para as próximas linhas. Se um surto vier, não digam que houve uma falta de um aviso prévio e necessário.

Boa sorte.

E com sorte, também digo de má, pois assim como Changbin fervia em raiva e ao mesmo tempo ria daquela desgraça, vocês estarão sujeitos a rir enquanto lágrimas raivosas vazam de seus glóbulos oculares.

Voltando ao foco principal, eu diria que Felix até se divertia, mas o medo de ser mais lento e acabar nas mãos furiosas do seu namorado musculoso o incentivava cada vez mais a correr para longe.

Cada vez mais rápido, aos poucos com mais riscos e a mente cada vez mais confusa.

Ao bater a porta do quarto atrás de si e se trancar o mais rápido que sua tremedeira permitia, Felix sentou no chão de seu quarto, desesperado.

Ele já tinha perdido a vontade de comer. Muito pelo contrário, seu estômago se contorcia, irritado e enjoado da quantidade exuberante de chocolate que havia ingerido nos últimos dez minutos, cinco minutos antes do rato maromba encontrar a criança comendo seus chocolates que havia guardado, escondido, para quando precisasse encher-se de açucar.

— Felix, abra a porta — o mais velho pedia, com a voz num tom raivoso, mas sem sequer intenções de machucar o menino, apenas estava alterado, mas tentava se acalmar.

— N-não... — resmungou começando a chorar — Lilix vai ficar dodói.

Reclamou, apertando as mãos umas nas outras enquanto os seus olhos piscavam freneticamente, inquieto com a vontade de chorar. Seu coraçãozinho batia mais forte do que nunca e o suor frio escorria pela testa.

— Como assim, amor? — Bin perguntou, sem entender a repentina mudança de humor. Ele pensava que estavam apenas brincando. E era para ser isso, não era?

Com o coração aflito e os pensamentos borbulhantes, Changbin foi para seu quarto procurar pela chave mestra que havia providenciado após os dias complicados que Felix havia passado.

— Felix, amor, eu vou entrar — a chave colocada na porta destrancou, mas ainda havia um peso contra a porta, o corpo do menino medroso que ali estava — Me deixe entrar, Lixie.

Felix resmungou e saiu de trás da porta, indo se esconder debaixo da escrivaninha enquanto abraçava a pequena Berry e choramingava, sentido e aflito com medo de ter mais marcas escuras rodeando seu corpinho delicado.

Mas aquela não era mais a sua realidade. Aquilo já fazia muito tempo. Estava agora com pessoas incríveis que o amavam demais.

— Meu anjo, o que foi? — Binnie se agachou, procurando o olhar do garotinho — Venha aqui... o que aconteceu?

— Lilix tem medo... — fechou os olhos com força, enfiando o rosto delicado na pelúcia na qual abraçava intensamente.

— Medo de que? Papai não vai fazer nada com você — Changbin arrastou a cadeira para longe, se sentando no chão em frente ao loirinho.

— Num vai? Mas Lilix fez coisa feia, comeu todo chocolatinho do papai... — sua carinha chorosa tinha as bochechas infladas, um biquinho delicado nos lábios e os olhos cabisbaixos que analisavam os próprios pés. 

— Mas foi apenas um errinho... Eu não estava bravo, só quis brincar. Mas quando você quer algo tem que pedir que papai vai te dar.

Com a maior calma que o mundo lhe permitia, as mãos quentinhas seguraram o rosto fino e delicado que insistia em franzir o cenho e recuar com o toque.

Mas com a notícia de que aqueles toques apenas indicavam um carinho imenso pelo pequenino, Felix se permitiu olhar nos olhos do outro, aceitando o carinho e finalmente se aproximando e sendo bem recebido no abraço que o confortava novamente.

— Desculpa por te assustar — beijou-lhe na testa, ninando o mesmo em seu colo — Quer fazer alguma coisa enquanto Hyunnie não volta?

Felix mexia na camiseta que o outro vestia, levantando e cheirando a barra, sentindo aquele aroma doce e amadeirado que o mais velho tinha.

— Vai ter chuva?

— Uhm... acho que não. Por que? — arrumou os cabelos loiros para fora do rosto do pequeno.

O menor parou por uns segundos, se levantando e pulando, o dedinho apontando para a janela que dava para o jardim.

— O que você quer? — levantou-se e procurou o que o menor desejava

— Ehm... marshmallow! Com foguinho — ele falou, continuando a pular e indo até o mais velho — Binnie, pufavo.

— Mas é claro, meu anjo — beijou-lhe a testa, adorando a ideia diferente do loirinho — Quer chocolatinho também? Podemos fazer s'mores! Você gosta, não gosta?

— Uhum...

Ele sorriu fofo e grudou nos braços do outro, sendo levantado e ficando no colo do mesmo.

Changbin o levou para fora, sentando-se confortavelmente na rede e ficando ali com o mais novo.

— Você não prefere esperar o Jinnie? Aí podemos comer marshmallows todos juntos, uhm? — afastou os cabelos da testa do outro, beijando-lhe ali e sorrindo.

Felix estava extremamente carente, mas não entendia ao certo o por que. E sequer queria sair do abraço quentinho.

O mais novo levantou-se, ainda sentado no colo do outro, segurando na barra do moletom do mais velho e a levantando o suficiente para colocar a cabeça e esconder-se ali.

Sem dúvidas o mais velho ficou surpreso, sentiu sua pele formigar e as famosas borboletas brincarem de pular corda em seu estômago. A última vez que sentiu-se assim foi quando Hyunjin o viu nu pela primeira vez.

A situação não era tão parecida, mas ainda assim a sensação conseguia vir com ainda mais força.

O formigamento se tornou numa sensação de calor e logo depois em calmaria quando sentiu os lábios macios procurarem o que beber nos mamilos do mesmo.

— L-lixie, meu bem, o que está fazendo?

Mesmo que já tivesse visto Hyunjin na mesma situação com o loirinho, os arrepios que sentia o fizeram questionar as reais intenções. Ele queria ir além ou apenas precisava do corpo do outro próximo como carinho?

— Lix num podi? — ele se afastou devagarinho, franzindo a testa e fazendo menção de querer chorar.

— P-pode. Pode sim, desculpa meu anjo... — segurou as mãos frias com firmeza, fazendo o loirinho olhar para si — Eu só fiquei surpreso, ok? Mas pode, eu quero...

O sorriso terno deixou o menino mais calmo, voltando a esconder-se debaixo do moletom fofinho e sugando a pele clara. Enquanto isso Changbin acariciava as costas do garotinho, ninando o mesmo e permitindo que ficasse ali o quanto quisesse.

(づ。‿。)づѕтααα

𝐫𝐚𝐢𝐧𝐛𝐨𝐰𝐬 ♥ 𝐜𝐡𝐚𝐧𝐠𝐡𝐲𝐮𝐧𝐥𝐢𝐱Onde histórias criam vida. Descubra agora