MOMENTO DE CORAGEM

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E lá vamos nós para mais um capítulo...

Como de costume, segue a curiosidade da vez:

O "Kah" que a Mon fala em alguns momentos(as outras personagens também, mas o da Mon é mais notado), ele só é usado por mulheres e recomenda-se que seja usado sempre no final de fraes, deixa inclusive tudo mais formal, podendo não ser dito, quando se fala entre amigos, de maneira mais iformal. Para os homens segue a mesma regra, porém com o "Krap".

Por exemplo:

Olá! => Sawat dee kha (mulheres) / sawat dee krap (homens)

É isso, vamos ao que interessa.

Boa leitura!

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POV BECKY

Estava quase amanhecendo e ainda não tinha conseguido dormir, ao contrário da Freen, que estava tão cansada que capotou. Só conseguia pensar em como ela devia estar mal e confusa com tudo que estava acontecendo, essa situação com os pais dela estava passando dos limites. Será que eles ainda não se deram conta de que a Freen não é mais uma criancinha e não vai aceitar que eles passem por cima das vontades dela? Continuei fazendo cafuné nela por mais alguns minutos, até que ela acordou.

- Que horas são? – perguntou ela.

- Pode voltar a dormir, ainda não amanheceu. – respondi.

- E você? Não vai dormir?

- Não consigo.

- Vem cá. – ela saiu de cima de mim e me puxou pra mais perto dela. – Tá tudo bem?

- Unhum...

- Me diz a verdade, por que você não consegue dormir? – falou, olhando em meus olhos.

- Eu tô preocupada, Freen. Não gosto de ver você assim e seus pais...

- Calma, tá? Vai ficar tudo bem, eu já estou bem melhor, tô pensando até em aparecer por lá hoje.

- Tem certeza? Não quero que eles te machuquem de novo.

- Isso não vai acontecer, vem cá, vamos esquecer disso um pouco.

Ela passou a mão em meus cabelos, parando na minha nuca e me puxou para um beijo, calmo e suave, mas um pouco mais demorado. Depois do beijo, deitei minha cabeça sobre ela e ficamos assim, em silêncio. Adormecemos e, quando acordei, por pouco não havia perdido a hora da aula. Freen se desculpou por ter me feito perder a hora, mas não era culpa dela, só não tinha dormido tanto e quando dormi já estava tarde. Descemos para tomar café, porém não estava com fome, então coloquei apenas um pouco de chá com leite em um copo e tomei.

- Bom dia, meninas. – disse meu pai, entrando na cozinha.

- Bom dia, pai. Não vai trabalhar hoje? – perguntei.

- Bom dia, senhor Patrick. – Freen o cumprimentou.

- Vou sim, filha, mas hoje vou mais tarde. E vocês, como foi a noite? Dormiram bem?

- Unhum... – respondemos ao mesmo tempo.

- Tenho que ir, obrigada por ter me deixado dormir aqui.

- Imagina, Freen. Não quero ficar entre você e seus pais, mas você é praticamente uma filha pra mim, não dava pra negar um pedido desses.

- Eu também estou indo, não quero me atrasar, então tenho que correr, pois daqui a pouco o sinal vai bater. – falei.

- De novo, obrigada e bem, você pode ir comigo, já chamei o táxi, deve estar chegando. Assim não se atrasa. – ela, como sempre, cuidando de mim.

Ainda vou te encontrar - FREENBECKYOnde histórias criam vida. Descubra agora