Ainda vou te encontrar - FREENBECKY

DÚVIDAS

Então galera, segue mais um capítulo.

A curiosidade da vez é que, coloquei a Becky pra chamar a Freen de Sarocha, em alguns momentos no capitulo anterior. E bom, pra quem já viu as lives, entrevistas e outros, onde a Becky chama a Freen assim, deve ter prestado atenção que ela fala "Salocha". Isso é porque na Thailandia é mais comum trocar o "r" pelo "l" igual nas falas do cebolinha. Não é sempre que isso ocorrre, mas acontece bastante.

Espero que gostem do capítulo, a história está começando a pegar fogo, em todos os sentidos, será que a gente vai aguentar???

Boa leituraa!

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Quinta, 20 de junho de 2019

POV FREEN

Já estava no fim de tarde do terceiro dia seguido que não assistia as aulas da faculdade, segundo que estava fora de casa. Estranhamente, meus pais não vieram me procurar, nem me enviaram mais nenhuma mensagem. Esse silêncio estava me assustando, principalmente, o do meu pai. O doutor Klahan é um homem muito educado, é verdade, porém quando algo sai fora do planejado todos ficam diante de uma das suas piores versões, é nesse momento que ele mostra o tirano que é. E ignorar um pedido dele é o suficiente para que sua fúria venha toda sobre mim, ainda mais esse pedido, envolvendo os tão preciosos negócios dele. A essa altura, ele já estaria cavando buracos pra me achar. Não sei o que é pior, lidar com sua ira ou com essa calmaria inesperada.

Até pensei em voltar, mas estava um tanto aflita sobre tudo que poderia acontecer, de como isso chegaria na Becky, não me perdoaria se eles fizessem alguma coisa com ela. Acho que, nisso tudo, ela era a única coisa que me fazia ter medo, pois não me importava se ele iria me bater como minha mãe, se iria impor algum castigo ou se me forçaria a sair com o Filip, com alguma de suas artimanhas. Qualquer coisa que fizesse contra mim seria suportável, já estava acostumada, agora com a Becky, não sei como ficaria, como ela iria lidar com isso. Decidi ficar mais tempo, faltavam só dois dias para o fim de semana, talvez fosse bom terminar a semana longe, reorganizar a mente e até dar um descanso disso tudo, pra aguentar a volta pra casa.

Grrrr... grrrr... grrrr...

- Oi... – falei.

- Como você está, meu bem? Tá melhor? Mais calma? – senti a preocupação no tom de voz da Becky.

- Vou ficar, amor, vou ficar... – respondi.

- Quando você volta?

- Não sei, acho que no sábado, não quero ter que encarar meus pais tão cedo.

- Vem ficar comigo hoje, eles não precisam saber que você está aqui. – pediu ela.

- Se minha mãe for te procurar de novo, vai ver meu carro e não ser bom pra você se isso acontecer. – não sei se disse isso, por não ter pensado direito ou se, realmente, só estava dando uma desculpa pra continuar sozinha.

- Deixa o carro aí, vem de táxi, ninguém vai ter como saber. – ela insistiu.

- Tá bom, meu amor. Vou ajeitar umas coisas por aqui e chamo um táxi, devo chegar depois do jantar. – respondi.

- Tudo bem, vou deixar comida, pra quando você chegar. Te espero.

- Obrigada, meu amor e desculpa por estar tão distante esses dias. Agora, vou cuidar, pra não ir tão tarde. Até já, beijo.

- Até, beijo.

Fiquei pensando se tinha tomado a decisão certa, mas estar com ela sempre me deixava bem. Talvez estivesse precisando mesmo de um tempo com ela, pra ficar melhor, talvez me desse coragem de encarar tudo de uma vez. Subi pro quarto, deixei a cama feita, tomei um banho rápido, coloquei duas peças de roupa na mochila e desci. Conferi se não haviam restos de comida pela pia, peguei uma caixa de chocolate que tinha começado a comer mais cedo e chamei o táxi. Uns trinta minutos depois, o táxi chegou, então fui em direção a casa da Becky, pra minha surpresa, era uma mulher que estava dirigindo. Não era algo comum por aqui, na verdade, era a primeira vez que uma mulher dirigia um táxi pra mim. Apesar da curiosidade sobre como entrou nessa profissão, entre outras perguntas que surgiram na minha mente, logo meus pensamentos se voltaram aos meus problemas atuais e também ao fato de que logo estaria com a minha Becky.