Sem tirar a roupa

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Abri a porta do quarto com dificuldade, enquanto Wendell não largava a minha boca. Assim que entramos, ele fechou a porta, colocou a garrafa de vinho aberta em cima do móvel e me empurrou contra a parede, baixando o zíper do meu vestido com uma das mãos, enquanto a outra apertava minha cintura contra o abdômen dele.

Sua boca tinha um gosto forte de vermute e laranja, misturado com vinho, parecendo me deixar embriagada. Mas eu sabia que eu estava completamente consciente do que estava fazendo. O drink, a dose de uísque e a taça de vinho não eram suficientes para me embebedar.

Wendell parecia igualmente sóbrio, o que me assustava ainda mais. Conhecia ele suficientemente bem para saber que não era um cara impulsivo e inconsequente.

Mordi o lábio inferior dele, me desvencilhando da sua boca pela primeira vez desde que entramos no quarto. Peguei a garrafa de vinho de cima da cômoda e caminhei até a cama enorme, as alças do vestido aberto caindo sob meus ombros, revelando parte do meu sutiã, tirando os sapatos de salto no caminho.

- Caraca - ele disse, finalmente prestando atenção na suíte onde estávamos - seu quarto é muito mais legal do que o meu...

Eu ri, de joelhos em cima da cama, bebendo um gole longo da garrafa de vinho, que desceu queimando pela minha garganta. Ainda encostado na parede, Wendell me encarava, os olhos brilhando de prazer.

Fiz sinal com o dedo para ele se aproximar, esticando a garrafa de vinho na direção dele. Enquanto caminhava até mim, Wendell tirou a camiseta e o cinto, largando-os no chão. Fiquei perdida algum tempo no seu abdômen forte e definido e nos braços grandes, que antes estavam escondidos pela camiseta justa.

- Você andou se matriculando de novo na academia... - falei, rindo, o que arrancou um sorriso prazeroso dos lábios dele.

Assim que chegou na cama, ele pegou a garrafa da minha mão, bebendo também um gole demorado.

Wendell colocou a garrafa no chão e voltou a me encarar, sedento. Seus lábios estavam tingidos de vermelho por causa do vinho, e eu tinha certeza que os meus também estavam. Ele se aproximou, passando o dedo pela minha boca, devagar. No segundo seguinte, senti a mão dele na minha nuca, puxando meu cabelo e grudando, mais uma vez, sua boca na minha.

Ele não perdeu tempo. Puxou meu vestido para baixo e arremessou-o para fora da cama, se livrando, no instante seguinte, da própria calça. A mão dele passeava pelas minhas coxas e pelo meu abdômen, me causando arrepios de prazer.

Com toda habilidade do mundo, Wendell abriu o fecho do meu sutiã e baixou as alças, fazendo com que ele caísse em cima da cama. Com um sorriso no rosto, ele passou a beijar o colo do meu pescoço, descendo a boca, devagar.

Ele deu um chupão com força entre meu seio direito e meu pescoço, fazendo eu soltar um gemido baixo. Eu queria me fazer de difícil, mas não conseguia esconder que ele me derrubava fácil.

- Vai ficar marcado, seu doido - eu falei, quase arfando, enquanto ele mordiscava meu peito, devagar.

Ele levantou o olhar em direção ao meu, sorrindo.

- Não se faz de boa menina... Você nunca foi. Vai brigar comigo por um chupão bem dado? - a voz carregada e cheia de tesão dele me arrancou um suspiro.

Mordi o lábio, o sorriso cheio de malícia. Cravei minhas unhas nas costas dele, puxando seu rosto pra perto do meu.

- Admite pra mim - sussurrei, sentindo minha respiração falhar - você nunca me esqueceu - mordi a nuca dele, enquanto Wendell soltava um gemido alto.

- Maraisa, não me provoca... - ele arfou, em tom de súplica.

- Fala, Wendell - eu repeti, encostando meus lábios de leve nos dele. Quando ele fez menção de me beijar, afastei minha boca, em sinal de provocação.

Encontro com o passado - MADELLWhere stories live. Discover now