Capítulo 82

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Maia Alencar 📍



* Pode conter alguns gatilhos*



Já perdi as contas de quantas vezes estou respirando devagar só pra conseguir estabilizador a mim respiração e o coração ao encara-lo.

— Eu tenho pensado em muitos motivos pra você ter fugido de lá Maia, mas nenhuma dela eu acho convincente. — abaixo o olhar perdida ao ver o meu tio na minha frente com suas roupas habituais de padre.

Minha tia estava trabalhando, nem eu sabia se ela imaginava que ele estava na sua casa, se tinha dado permissão ou não, as coisas da última vez com eles dois não estavam nada boa, ela não queria nenhum contato, mas bom, era o irmão dela, talvez ela tivesse o perdoado.

— O que está fazendo aqui ? — encaro Ele.

— Eu tô aqui atrás de você — ele começa a retirar a sua batina — Eu sou seu tio, te criei a vida toda mesmo não tendo nenhuma obrigação — as roupas por baixo eram escuras, Alfredo dobra a sua batina com cuidado e coloca sobre a mesa — A melhor escola, melhor ensino, te dei um teto, uma comida boa e uma cama.

Ele joga tudo na minha cara.

" Não vou demorar, marca dez q eu passo aí na tua tia." — a mensagem do Juan chega.

— Mas mesmo assim isso não te ajudou a fazer boas escolhas, se tornou decepcionante Maia — ele gostava de dizer isso, gostava de jogar baixo com as palavras me fazendo ser a pior pessoa.

— Decepcionante só porque não sigo mais as suas ordens ? — ele não ia me abalar de novo — Isso vai ser perda de tempo, não vou embora daqui, é melhor você voltar pro seu lugar e me deixar em paz como nesses últimos meses!

Vejo a raiva tomar seu rosto, ele da uma risada irônica, não quero escutar áudio desculpas, suas chantagens e nem nada do tipo, por isso que me viro pra ir embora.

— Vai lá e foge de novo, a garota medrosa que sempre foi, não vai conseguir fugir das consequências de escolher errado — escuto de costas, me viro pra ele.

— Consequências ? — meu coração acelera na medida em que vou falando com ele — Consequências por ter me apaixonado por um cara que é todo errado, que pra você é tão sujo quanto os outros ? — me aproximo me excedendo a essa discussão que tava se iniciamos — Você é tão pior que ele tio.

Ele me escuta, não diz nada, mas vejo que tava por um fio mostrar quem ele sempre foi.

— Se esconde atrás de um batina, de uma religiosidade que você mesmo criou só pra esconder o caráter sujo que teve. Eu não quero você perto de mim, não quero essa conversa, nada que você diga vai me fazer voltar pra aquele lugar e me deixar presa como sempre fez.

Eu sentia minhas mãos suando assim como a respiração desregular, o que estava acontecendo comigo ?

— Eu realmente não quero escutar nada — não ia esperar o Juan, ia direto pra casa, minha garganta parece travar assim como meu corpo não tava reagindo bem ao ficar na presença dele, eu preciso ir pra casa e ficar mais longe o possível.

Sigo saindo da cozinha.

— Você não vai embora ! — ele puxa meu braço assim que a gente entra na sala — A gente vai conversar.

— Eu não quero escutar nada do que diga.

— Eu já falei que a gente vai conversar ! — ele grita, me encolhi de medo quando ele arranca as bolsas da minha mão acertando do outro lado da sala que derruba o vaso quebrando.

MEU PECADO (MORRO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora