Capítulo 80

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Juan César 📍





Eu fico impressionado com o que vejo, já era pra ter me acostumado, mas sempre sou surpreendido.

Lucas subia a rua montado no cavalo correndo, atrás dele tinha uma carroça onde mais garotos novos estavam, escuto a gritaria e até paro só pra olhar mesmo se estava acontecendo ou se era alguma miragem minha, poderia dizer que isso era efeitos da drogas que já usei, mas tem tanto que não uso que é verdade o que eu estou vendo.

— Ele não pode ser normal — Vitor diz ao meu lado parado encarando a cena, tinha até crianças seguindo atrás.

— Ele não é!

Quando Lucas vê nós dois juntos ele vem com o cavalo na nossa direção.

— Porra ele vai matar a gente — Vt se afasta assim como eu quanto chega perto.

— Opa, quietinho — ele fala com o cavalo da cor caramelo que não parecia manso.

— Tu vai cair dessa merda aí — aviso.

— Vou nada, olha como é calma que nem você, uma gracinha — Lucas sorri me olhando — Gostoso.

— Qual o motivo de tu tá nesse cavalo a esse horário ainda ? — Vt pergunta.

— É meio dia pô — tinha que ir pra casa acordar a Maia que certeza que estava hibernando, deve nem ter comido e ainda assim tinha que fazer um monte de coisa de acordo com ela — Camará pediu pra tirar lá da rua, eles estavam entrando no meio da rua atrapalhando a passagem.

— Aí você decidiu que montar sem nenhuma proteção necessário é o mais inteligente ? — pergunto.

— Sim — não se importa — Sou de raça pô, nada me abala — Lucas respondeu.

Nego com a cabeça com esse doente, se batesse a cabeça não ia ficar pior do que já é.

— Olha aquilo ali — Mindinho aponta, vejo Letícia subindo dirigindo sua bis preta — Como é que tu dá uma moto pra aquela maluca, olha como ela tá dirigindo rápido e sem capacete — um pior que o outro.

— Mas eu dei capacete pra ela — e eu tinha dado.

— Letícia !! — ela passa voada do nosso lado e ainda sorri acenando, a garota acelera mais ainda — Porra... — ele diz desesperado, ele bate na bunda do cavalo que começar a andar rápido atrás dela indo em direção a minha rua.

— Tudo tranquilo com a Maia ? — volto a minha atenção pra ele.

— Deve tá indo, se quiser pode ir e acorda ela agora.

— Bora então — voltamos a andar — Tu sabe que eu não apoiei essa sua aproximação dela no início...

Ele começa a falar, não julgo e muito menos vou interromper sua fala, eu reconheço que fui muito otário com ela no início e me arrependo.

— E pra ser sincero não acredito que você é o cara de se envolver em relacionamentos, te conheço faz tempo, me lembro quando tu se envolveu com a Bárbara, me lembro quando tu foi parar no hospital quando ela morreu e me lembro de como tu mudou depois disso.

— Vitor...— respiro fundo coçando a sobrancelha.

— Eu já falei isso e vou repetir, Maia rpa mim é como se fosse minha irmã, não quero que ela passe por nada de ruim de novo e nem que você...

— Eu não pretendo fazer nada com ela — interrompi ele — Maia apareceu do nada minha vida, sem eu querer ou precisar ela já estava lá sem perceber, mesmo eu querendo negar e tentando afastar não obtive nenhum sucesso — me viro entrando na rua, de longe consigo ver a moto da Letícia e o Lucas em pé ao seu lado falando alguma coisa, apertei os olhos vendo o que não tava gostando.

MEU PECADO (MORRO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora