Capítulo 10

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| Maia Alencar 📍|




Sentia o vento fresco bagunçando minha franja, não estava frio, mas o vento gostoso da noite ajudava o clima aqui em Belford Roxo.

Vitor estava andando ao meu lado me acompanhando até sua casa, não sabia o caminha de cabeça, então estava prestando bastante atenção e fazia questão de gravar para da próxima vez eu caminhar sozinha até a casa deles.

— Namoral Maia, não sei porque eu disse que ia te trazer — reclamou ao meu lado — Que caralho cara... Era melhor eu nem ter me oferecido — prendo o riso, porque sabia que ele estava com raiva de mim só porque fiz ele deixar a moto lá em casa e caminhar.

— Não é pra tanto — falo — A noite está linda, podemos conversar enquanto vamos andando.

— Conversar o quê ? — me olhou — Que tu é medrosa ? — eu só queria me prevenir — Olha só como eu tô cansado, eu nem consigo respirar de tanto que já andei — olho pra ele rindo que leva a mão ao coração e fingi que tava com falta de ar.

— Que drama ! Só estamos andando tem uns dez minutos — olho no meu celular.

— Porra isso já é coisa demais, tu aprende o caminho que dá próxima vez que tu negar ir de moto, vai sozinha filhona.

— Eu não me importo de fazer exercícios — digo me lembrando de quase toda hora no colégio subo e desço escadas, já estou acostumada a usar minhas pernas — Não faz nenhum exercício e fico assim, parecendo que andou por oito horas — cochicho quase rindo.

— Falo nada — assim que ele diz isso começa a andar mais rápido com raiva, corro atrás ele rindo.

Em questão de minutos chego em sua casa.

Ele entra na frente e vou seguindo ele, já consigo escutar o barulho da música na casa, assim como cheiro das carnes. Minha barriga já dá sinal de vida indicando fome, pode ser que talvez eu não tenha comido nada só pra comer bastante agora.

Na parte de baixo não se encontrava ninguém, subimos até a laje grande que ele tinha, travo no lugar assim que vejo o tanto gente.

Ela disse que seria apenas cinco pessoas... CINCO !

— Bora, tá parada aí por qual motivo ? — trago os meus até o Vitor que para na minha frente.

— Não era pra ser poucas pessoas ? — sussurrei olhando em volta, como cabe esse tanto de gente aqui ?

— São poucas pessoas.

Não, não era !

— Vem que a Katy tá ali — aponta pra mesa com várias pessoas sentada em volta.

Mexo compulsivamente na franja, nervosa demais, como uma tentativa de arrumar pensando que está bagunçada enquanto andava até aquela mesa.

Pensava em mil maneiras que daria tudo errado e passaria algum tipo de vergonha. Coração acelerava ao ver tanto de homem naquela roda assim como as mulheres.

— Sua franja está arrumada — segura a minha mão — Tá bonita pô — Vitor passa o braço envolta do meu pescoço e sorrir, como se tentasse me acalmar, cruzo os braços e vou até lá com ele.

Vamos lá Maia, não é algo difícil de se fazer conversar com várias pessoas, mesmo que você não tenha feito isso, não é um bicho de sete cabeças, me encorajo.

— Fala aí pessoal — se solta de mim e vai comentar as pessoas, pera aí o que eu faço ?

As mulheres que estavam me encaram.

MEU PECADO (MORRO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora