MEU PECADO (MORRO)

Capítulo 7

Escorpião 📍

A minha casa em que morava antes de tudo acontecer tava do mesmo jeito, parece que nesse tempo Verá cuidou maneirinho da casa. Chamei alguém pra arrumar a casa durante a manhã, ela não tão espaçosa, mas também não era algo tão grande igual a última casa onde morei com ela.

Dois quartos, sala, cozinha tudo no mesmo andar, tem uma pequena parte atrás com uma hidromassagem já que não cabia uma piscina muito grande e uma churrasqueira.

Agora tudo organizado e limpo do jeito que eu gosto fico até uma paz, uma parada que eu odeio é bagunçar as minhas coisas, porra me deixa puto em nível... Saio do banheiro colocando a corrente no meu pescoço, procuro uma blusa no guarda roupa e cheiro pra ver se tava boa já que tinha levado algumas também, coloco a roupa e já vou descendo pronto.

— Se liga que essa roupa deve ter ficado melhor em mim do que em você — Mindinho aparece no meu campo de visão.

— Tu vai andando sozinho pro baile.

Hoje Camará vai dá um baile porque tô de volta, não pedi nada pra ele, mas ele quer e eu não vou negar. Bebida de graça, mulheres e maconha, tudo o que eu tava precisando depois desses anos.

— Ih sei nem andar nisso aqui direito — caminhei até a cozinha pra beber um pouco de água.

— Problema é teu filho, tu vai dá o teu jeito — bebi tudo de uma vez só — Vou passar em lugar antes de ir.

— Vai pra onde ? — perguntou interessado, nem entendi.

— Se vira pra chegar lá — fui saindo de casa deixando o cara reclamando sozinho, qual foi tenho que dá explicação pra onde eu vou não.

Subi na moto indo direto passar na casa da Verá rapidinho, tinha falado pra Júlia que ia esperar por ela quando chegasse da escola e nem fiquei, meti o pé pra boca e fiquei o dia inteiro resolvendo um monte de parada.

Chego lá e já estaciono a moto e vou entrando de casa.

Do corredor mesmo já posso escutar as gritarias dentro de casa, tá maluco cara, viver com essas três e pedir pra ficar maluco em poucos segundos.

— Tira a mão — Letícia grita com a Júlia assim que abro a porta da sala, porra essas duas parecem gato e rato.

— Eu quero assistir — Júlia puxou o controle da telefone da sua mão.

— Se você não me devolver eu vou entrar no seu quarto e rasgar suas cartinhas ! — falou puta da vida.

Agora me pergunto a necessidade da Letícia ser assim com a Júlia, a garota sabe que a caçula tem problema, mas não alivia pro lado dela, é extremamente grossa e ignorante com ela e nem sei o motivo.

Júlia começou a gritar.

— Porra, namoral, se não calarem a boca vou trancar as duas nos quartos — parece que finalmente chamei a atenção das duas.

— Você não é meu pai — Letícia falou rindo.

— Juan — Júlia se aproximou querendo chorar — Ela não deixa assistir o desenho que eu quero.

— Porque é chato Júlia ! — aumentou a voz com ela.

— Abaixa o teu tom Letícia, tá achando que tá falando com quem — ela revirou os olhos cruzando os braços me olhando cínica — Vai assistir teu desenho Júlia.

Quando vi que a Letícia ia contestar já fui andando até ela a puxando com força até a cozinha. Apertei o braço dela só de sacanagem também, ia ficar marcado, mas foda-se quer ficar de gracinha fica com os amigos dela, aqui em casa não.