Capitulo Catorze

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Bônus Enzo

      Olhava para minhas mãos trêmulas sentando em minha cama, aquela noite não quis ficar no dormitório e preferi que seria melhor passar a noite em casa, para um portador de TEI ( transtorno explosivo intermitente) sentir  uma crise começa em um local cheio de pessoas nunca é bom o suficiente. Meu quarto era grande, mas ainda podia me lembrar a primeira vez que pisei no local ainda novo, cada explosão levando ao chão abajur, computadores, celulares. Isso se repetia várias e varia vezes me fazendo sempre ao fim acabar chorando arrependido. Jéssica minha irmã conseguia ser insavisa quando queria e estava demorando até que ela entrou em meu quarto com sua roupa de dormir.

-Vim assim que soube, mas pelo jeito não quebrou nada ainda

      Ela disse se jogando na minha cama se arrastando até que pudesse alcançar minhas mãos, Jéssica esfregou a mesma e deu um pequeno beijo nelas.

- Não precisava vim, mamãe está aqui - Eu disse a ela tentando manter a calma.

-Família é família e aqui estou - novamente senti seus lábios em minha mão- Você não era assim nervoso sabe seria aquela menina loira?

-Maya, não ela não tem nada haver - Limpei minha garganta rapidamente.

-Que bom, pois ela me odeia.

-Ela não te odeia, ela somente odeia tudo que você criou com a situação Matthews.

-HEY - sua voz era alta e estridente - Não causei nada, quando conheci ele eu sabia da promessa do jogo longo, mas Josh também sabia e ele me disse que isso não o impedia tá bom? eu nunca causei nada ela criou isso na cabeça dela, mas eu não conhecia ela

-Ter compaixão por quem não conhecemos é bom, você sabe que podia evi....

-Não termina, não vamos brigar eu não podia evitar algo que eu queria, Josh me disse que só ficaria com quando fosse de maior eu nunca entraria no meio disso se estivessem perto de está junto. -Jéssica se sentou -Você é tão observador quanto eu, Josh sempre quis ser inteligente e ser descolado e isso o torna burro a maioria das vezes assim como foi o lance da idade e eu ser julgada sempre pelo olhar do grupo dela não me favorece pois eu não errei

     Respirei fundo meu coração estava acelerado e ela tinha razão, mas não era o momento de ficar falando naquilo eu não queria ser explosivo.

-Só não falaremos disso - disse baixo.

-Você tem uma quedinha nela, deixa eu adivinhar você se vê nela com essas paradas de tentar achar seu lugar

-Você não cala a boca mesmo em - respondi um pouco mais ríspido- Eu não tenho uma quedinha por ela ou pensamentos sobre se encaixar, talvez sobre se encaixar eu quero ajudar pois eu sei quanto é ruim crescer e não saber lidar com tudo

-Você sabe lidar com as coisas, você tem se controlado se for sobre a raiva você tem lidado bem com ela - senti então seus lábios em minha mão, ela se sentou olhando eu meus olhos - Você não tem que se aproximar sempre de alguém pra resolver o mundo delas sabia

-Eu sei  - desviei o olhar.

-Amanhã tudo isso vai passar, deveria dormir um pouco.

      Concordei com ela, Jéssica se levantou e eu me deitei puxando as cobertas para cima de meu corpo enquanto minha irmã sentava ao lado deslizando as mãos em meu cabelo.

-Eu conversei com um amigo dela, aprendi algumas coisas sobre ela.

-Zay, certeza ele é fofoqueiro - Jéssica respondeu rindo.

-Ela é bem fascinante a história dela a forma que cresceu, o que lidou com o pai a paixão pelo amigo da amiga, se perde no caminho, ser adotada por um fotógrafo a paixão pela arte - parei fechando os olhos - Tao comum, mas tão único sabe.

-Eu sei, idiota pensar que tudo isso faz ela especial aos meus olhos, mas aos seus isso faz diferença não é?

-Faz muita

-Seu livro favorito sempre diz que a beleza da rosa era única não é? é o que faz ela ser única entre mil rosas - Jéssica citava o pequeno príncipe- Parece que ela te cativou

-Não é assim, você não entendeu

     Ela riu enquanto se levantava beijou minha testa.

-Eu entendi, só não deixa um novo sentimento mecher tanto com seus nervos.

         Quando ela saiu ela tinha razão, havia tanto o que pensar que naquela noite eu adormeci faltando poucas horas para o sol aparecer e quando meu despertador tocou não parecia que havia descansado, meu corpo estava pesado para me arrastar fora da cama. Porém assim fiz, tomei banho, me vesti e desci para de café. Jéssica ficou ao meu lado todo café enquanto falavam sobre coisas do dia a dia apenas me perdi em meus pensamentos.
          Não era bom assim está em casa sentindo ser uma granada de pino pronto a explodir a qualquer momento. O café terminou e meu pai queria nos levar de volta, Jéssica preferiu ir em seu carro enquanto eu me vi obrigado ir com ele enquanto o mesmo falava e falava sobre os negócios da família. Quando o carro parou frente a universidade eu desci dando tchau, mas ele abriu a porta do carro me seguindo.

-Sei que não prestou atenção em nada que eu disse - ele respirou fundo.

-Prestei sim, só não tenho interesse que você queria - informei a ele

-Um dia você...

-Olha estou atrasado

         Deixei ele e seu discurso ali parado na calçada enquanto caminhava com pressa, foi quando eu senti um pequeno corpo esbarrar ao meu. Maya me vi então na obrigação de ajudar logo ela se resolver com seus amigos e acabar um pouco com sua aflição.

Long GamerWhere stories live. Discover now