— Elu... Ela... Ele... Coisinho...

— Nosso coisinho. — confirmo, beijando seus cabelos.

Seu pescoço está tão malditamente perto agora, fazendo minhas presas saírem sem a minha autorização, enfeitiçadas pelo cheiro que Liam exala, me deixando fraco perante a ele. Aproximo minha cabeça da pele leitosa, ele exala doçura, aquela que faz a barriga doer em desejo e, ocasionalmente, me deixa com problemas na região entre minhas pernas.

Roço meus lábios pela extensão, ignorando sua pack ou a voz de Melissa explicando algo a Liam. O mon petit tomba a cabeça para o meu lado, diminuindo o espaço que tenho para lhe lamber, acariciar. E eu só quero devorar cada pedacinho de Liam, beijar cada pequeno centímetro e passar a língua por ele. E é tão malditamente injusto que não possa fazer agora. Ele está tão fodidamente propenso a me deixar fazer isso, mesmo que todos estejam nos olhando.

Eu gosto disso.

Gosto do poder que tenho sobre o mon loup, sobre o fato de que poderia me erguer e o deixar aberto a mim. Aberto a aproximação e o deixe tão acessível para que eu o deflore. Invada sua inocência e o torne meu. Apenas meu.

Porque ele sabe que é meu, mesmo tendo seus casos. Sinto um rosnado saindo no fundo de minha garganta ao lembrar de seu maldito caso ousando pedi-los para si. Querendo o levar, levar o meu filhote. 

Eu não percebo a Melissa se afastar, pausando a imagem do ultrassom e dando passos lentos para trás. Pouco me importo que de alguma forma todos estejam se afastando minimamente de nós, porque estou rosnando no pescoço de Liam.

Deaton está explicando que o mon petit loup, que o seu lobo, está me deixando inseguro quanto a ser levado. E é tão errado que em um momento esteja totalmente a vontade e agora medroso com o fato de poder não o ter.

Como eu gostaria de afundar minhas garras em Oliver.

Eu poderia afirmar que foi um ataque de animal. Os policiais sempre acreditam e não desconfiam se o corpo estiver tão estraçalhado quanto em um ataque de urso. Ou eu poderia desaparecer com as provas, os Dreads Doctors tinham muitas ideias para como fazer isso. Eles poderiam fazer um livro com jeito de desaparecer com um corpo e mesmo sendo horrível de pensar, eu consigo ter uma lista passando por minha mente agora de como me livrar desse ex-namorado de Liam.

Mon petit traz sua mão para perto de meu rosto e sei que ele não esta com medo de afastar a cabeça, ele apenas sabe que irei me acalmar mais rápido se continuar com o acesso ilimitado. Roço meu nariz por sua pele, sentindo seus dedos na minha têmpora.

— Vamos ver o sexo delu?

Concordo, mas meu nariz continua contra seu pescoço.

— Amor, vamos? — sua voz é melodiosa — Você precisa deixar eles se aproximarem...

Concordo, mesmo que no mínimo movimento da respiração de Derek, um rosnado salte de minha garganta.

— Amor... Theo... Vamos lá?

Ele está sendo aquele pontinho de luz novamente, tentando ser aquela união intensa e alegre que sempre foi. E eu não o culpo por ser essa fofura extrema, mas por me fazer ficar dolorido. Tenho certeza de que não deveria estar duro nesse momento, mas Liam me deixa assim. Sem vergonha afuma e sem nem saber que tem esse poder sobre mim. Ele nem sabe como mexe comigo.

— Theo, nossos amigos...

Mon loup não é a pessoa com o melhor conhecimento olfatório, mas ele reconhece o meu. Não sei dizer se pelo fato de estar quase em cima dele ou porque seus amigos realmente soltam exclamações diferenciadas. Por que eles simplesmente não pegam a dica? Por que eles não nos deixam sozinhos?

Nosso pequeno problema | 𝓣𝓱𝓲𝓪𝓶Where stories live. Discover now