Possuída.

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Ambos dormiam tranquilamente em cada lado da cama, enquanto eu no meio, olhava para o teto, pensando na loucura que estava acontecendo naquele momento e vendo os dois homens ali, percebi que era ainda mais loucura acreditar que existiria algo a mais que aquilo.

Disposta a deixar tudo para trás e seguir em frente, movi o corpo para sair daquele emaranhado de pernas e músculos, para que eles não notassem que estava escapando dali o mais rápido que podia. Meu corpo doído deu o ar da graça, mostrando a intensidade da minha noite.

Não posso negar que dormir com aqueles homens foi maravilhoso, pois seria uma grande mentira, entretanto, não passava de apenas desejo carnal e logo mais meu corpo seria servido para homens asquerosos.

Na maciota, saí daquele quarto sem fazer ruídos, esperando realmente que minha ausência não fosse notada — dado meu histórico — era claro que não seria. Caminhei de volta para o quarto dos fundos, o qual ainda dormia; ali era meu lar, enquanto fosse cativa dos senhores Wonho e Shownu, sem poder voltar para minha terrinha.

Sem realmente conseguir pregar no sono, decidi que iria limpar a cozinha antes das outras chegarem — era uma boa forma de distrair a mente — no caso, os homens nus no andar de cima, que marcaram todo meu corpo com suas mãos e beijos lascivos. Enquanto estivesse trabalhando, poderia esquecer um pouco do que aconteceu e o desastre que viria logo em seguida.

Pia, fogão e balcão, estavam todos limpos e com um cheiro de pinho; minhas mãos haviam alguns calos pelo trabalho, mas para mim não parecia o suficiente e segui esfregando ainda mais, até que pudesse ver meu reflexo no mármore preto.

— Por que fugiu? — saltei de susto ao ouvir aquela voz aveludada e grave atrás de mim, fazendo com que batesse a cabeça no sugar do fogão.

Mesmo com a dor, virei a cabeça na direção do homem e lá estava ninguém menos que senhor Wonho, parado na porta da cozinha, braços cruzados e apenas uma bermuda lhe cobrindo a parte inferior do corpo. O homem era uma obra prima e só em apenas olhá-lo, estremeci, assim como a umidade da calcinha se fez presente.

 O homem era uma obra prima e só em apenas olhá-lo, estremeci, assim como a umidade da calcinha se fez presente

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— Sen-senhor... — murmurei sem realmente saber o que falar.

— Por que saiu da cama? Ainda é cedo — ele descruzou os braços e coçou os olhos, o qual pareceu um gesto muito... fofo?

— Bem, eu... sabe, queria terminar um serviço na cozinha — comecei a tagarelar coisas que nem faziam sentido na minha cabeça, imagine para quem me ouvia. — Mais tarde eu durmo — o homem me encarou sem expressão no rosto, até começar a caminhar em minha direção, tendo apenas o balcão nos separando.

— Por acaso está fugindo de nós, menina? — questionou, mas sacudi a cabeça em negativa.

— Claro que não, senhor!! — soltei uma risada sem graça e nervosa. — Eu acordo cedo assim mesmo.

— Duas da manhã? — sua sobrancelha grossa se arqueou e minhas desculpas estavam desaparecendo à medida que ele falava.

— Bem... sim? — é, eu não tinha mais desculpas para inventar; minha santa vózinha não me ensinou a mentir.

Desejo Carnal (Threesome) Livro 1 CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora