Traficada, vendida para dois homens poderosos que não a queriam pela aparência, mas ela irá mostrar que beleza vai muito além dos olhos e eles vão desejá-la sem nem perceberem.
"Deseje-me, possua-me, sou a carne que te quer, a luxúria insaciável."
...
Pensei enquanto estava nos braços daquele homem tão sério — surpresa por ter me segurado, porque dele eu imaginava que fosse deixar que me estabacasse no chão sem dó ou piedade. Meus olhos estavam arregalados, enquanto os dele cerraram, então rapidamente me recompus pelo mico.
— Desculpe, senhor! — fiz uma reverência, sem encarar seu rosto, me sentindo patética pelo ocorrido.
Ele nada disse, passou por mim subindo as escadas, desaparecendo no andar superior. Definitivamente eu era patética, mas também aqueles homens tinham culpa, culpa de serem uns puta gostosos, ferradores de psicológicos.
Toquei meus lábios, sentindo-os inchados pelos beijos afoitos do senhor Wonho e aquilo foi inacreditável, ele simplesmente me beijou. Usei as mãos para me abanar, as bochechas queimavam, só em lembrar que quase descabacei dentro de um banheiro.
Mas será que ele transaria mesmo comigo, ou só queria brincar comigo?
Provavelmente era a segunda opção, pois nunca um homem como o senhor Wonho olharia pra mim e teria uma atração ao ponto de querer estar entre minhas pernas... NUNCA.
Terminei de descer as escadas, indo recolher o material de limpeza que deixei cair e guardar para ir dormir, pra com certeza não dormir bem pensando naquele beijo malditamente gostoso.
Dito e feito!
[...]
— Vamos ao cinema hoje, não quer conosco? — Shin Hye agarrou em meu braço quando adentrei a cozinha.
— Cinema? — ela assentiu.
— Vem com a gente, é nossa folga e você nunca sai. — me sacudiu, me fazendo suspirar.
— Preciso de autorização dos chefes pra sair... — soltei os ombros, pois realmente desde que entrei naquela casa, nunca mais tinha saído e as meninas da limpeza sabiam que eu era comprada, que precisava de autorização para sair e provável não conseguir.
— Então vamos falar com um deles para pedir! — HanSeol disse do outro lado da bancada, o que me fez arregalar os olhos.
— Meninas, não...
— Olha ali o senhor Wonho!! — ela apontou para fora, saindo de seu lugar e até tentei impedir, mas não adiantou, pois HanSeol já tinha ido. — Com licença, senhor! — a menor fez uma reverência, chamando atenção dele, que se virou. — Como sabe, hoje é folga das faxineiras e planejamos ir ao cinema, então queríamos pedir sua autorização para a.... — fui para a porta da cozinha e enquanto HanSeol falava, ele a encarava, até que seus olhos se voltaram para mim.
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Naquele momento lembrei do nosso beijo na noite anterior e me encolhi, querendo esconder a cara igual avestruz. Já esperava o sinal negativo de sua parte por aquele pedido das meninas e já estava pronta para voltar à cozinha.
