Ele ri, apertando seu corpo contra o meu. O sinto duro na minha bunda, mas ele nem ao menos faz menção de tentar algo, passando a mão por minha barriga e deixando mais alguns beijos por meu ombro.

— Tem certeza que não quer ir comigo? — questiona, a mão descendo de forma lenta para o órgão abaixo da barriga, me deixando arfante de ansiedade.

— Horas dentro de um avião para você chegar lá e apenas assinar uns contratos? Nem pensar. — dispenso, puxando o sabonete e sendo roubado por Theo, que começa a passar por minhas costas. Abandonando sua antiga estratégia.

— A dois dias você me ameaçou se eu fosse a qualquer lugar sozinho. — comenta, como quem não quer nada.

— Para de usar minhas palavras para tentar disfarçar sua obsessão em não querer me deixar sozinho com Isaac. — ordeno, ganhando um rosnado como resposta — E para com isso, cachorro!

Empurro seu corpo para longe. Não posso nem tomar um banho em paz, que o bonito quer vir reclamar de uma coisa fora da questão principal.

— Poderia conhecer o apartamento do casal. — tenta atiçar minha curiosidade, ignorando minha insinuação.

— Se eu quiser ver um apartamento, me lembro da vida de merda de quando precisava subir escadas para chegar em casa e ser ameaçado por um Cercle De La Vie.

A resposta parece fluir por minha boca, me fazendo lembrar da coisa que venho esquecendo a meses de perguntar. Giro o corpo, sentindo a água bater contra minha coluna, se espalhando por minha pele, antes de encarar Theodore.

— Falar nisso... — abraço seu pescoço, beijando sua mandíbula, sentindo seus braços circulando meu corpo.

— O que você quer? — estreita os olhos, como se eu só fosse carinhoso quando quero algo.

— Não fala assim. — choramingo, o fazendo desligar o chuveiro e levar meu corpo para trás. Minha pele se arrepia ao encostar as costas na superfície gelada.

— Poderia me dizer o que deseja, mon petit loup? — Sua voz sai baixa, contra minha bochecha, raspando os lábios por ali até alcançar minha boca.

Estreito os braços na volta de seus ombros, o puxando mais para perto, gemendo contra sua boca ao beija-lo, suas mãos descendo de forma lenta por meu corpo, como se eu pudesse derreter caso me apertasse com força demais.

— O que deseja, mon loup? — ele morde meus lábios, passando seu nariz pelo meu.

E eu tenho certeza absoluta que quero saber alguma coisa, que tinha algo em mente. Mas, de repente, parece desaparecer completamente da minha cabeça.

— Vem! Vamos sair daqui antes que você pegue algum resfriado. — chama, sua mão deixando outro aperto em minha polpa esquerda, me fazendo gemer baixinho, aceitando o roupão que ele oferece, passando os braços e me virando — Acho que preciso cuidar mais um pouco do meu lobinho e do meu coiotinho.

— Ele não vai ser um coiote. — praticamente choramingo, ganhando uma risadinha maldita do meu noivo.

Faz alguns dias que o pessoal dormiu aqui e ontem, depois de muita insistência de Theo, ele conseguiu uma pequena audiência com Alec. Para mim, aquilo foi uma intervenção, mas se ele deseja chamar de audiência. Quem sou eu para corrigir, certo? Enfim, conversou com o nosso lobinho e decidiram ir para Londres juntos. E Theo realmente pareceu planejar tudo o que faríamos em dois dias em Londres, até eu bater meu pé e declarar com seriedade minha clara recusa a passar horas dentro de um avião para chegar lá e assinar apenas uns documentos e retornar. Nunca que eu iria. Todavia, faz um dia inteiro que Theodore está fazendo minhas vontades na esperança morta de me levar consigo. Retorno a declarar: não vou.

Nosso pequeno problema | 𝓣𝓱𝓲𝓪𝓶Where stories live. Discover now