16- Presas

539 70 0
                                    

“Quando as cortinas chamarem a hora, nós dois iremos para casa vivos?
Não foi difícil perceber que o amor é a morte da paz de espírito”.bad Omens: The death of peace of mind

Enquanto eu voltava do café para casa, eu me sentia fortemente observado, mesmo se eu olhasse aos meus arredores e não visse nada, a sensação ainda permanecia de maneira insistente

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.


Enquanto eu voltava do café para casa, eu me sentia fortemente observado, mesmo se eu olhasse aos meus arredores e não visse nada, a sensação ainda permanecia de maneira insistente.

Quando cheguei em casa, a minha direção foi o meu quarto, e meu próximo passo foi me deitar, ainda com a sensação cortante de que eu estava sendo observado.

Eu não questionei mais sobre a minha sanidade mental, eu sabia agora que pelo menos se tudo isso não fosse uma enorme coincidência, eu não era o único louco da história. Cheguei rir quando pensei que meu final de semana seria comigo refletindo sobre a existência do sobrenatural, e o porquê ele escolheu justamente a mim para poder se mostrar.

Há tantas pessoas que se dizem médiuns, por que ele simplesmente quis se mostrar para mim? Um completo inexperiente, apenas um cara vivendo a sua vida de uma maneira entediante... Por qual motivo ele escolheu mostrar a sua sobrenaturalidade para mim?

- Por que eu, Jeongguk?- Sussurei para o além, olhando para o teto e sentindo a garganta se arranhar em angustias.

E por que um vampiro? Algo tão... inusitado? Poderia ser um tritão, um fado, o boto cor-de-rosa... Mas um vampiro? Daqueles que são citados como chupadores de sangue e assassinos de humanos? Algo como a sombra, algo como as trevas ou algo como demoníacos?

E os meus sonhos diziam isso? Pois os psicólogos quem dizem que sonhos, são avisos do nosso subconsciente... será que estar ao lado de Jeongguk, significava que eu estava ao lado da morte?

No momento que perguntei isso para mim mesmo, apertei meus punhos com tanta força quê meus dedos se afundaram sobre a carne.

“Deus, eu não quero morrer, é tudo o que eu peço”.

O sussuro implorante de minha mente ecoava de maneira estridente em minha mente vazia. Senti algo apertar minha garganta, era mais uma vez o sentimento da angústia.

Eu me virei para o lado esquerdo, abracei meus joelhos e fechei os olhos; mesmo tentando afastar de minha mente inquieta, o rosto de Jeongguk estava alí, eu visualizava corretamente a sua face, os seus traços únicos como se ele fosse uma escultura maravilhosa feita de mármore, o pouco que eu vi naquele ,dia; O rosto branco e brilhante, os olhos alaranjados mesclado com o vermelho, o tom único que ele me olhava, e a vontade única de eu olhar todo o resto do seu rosto.

Eu odiava ser impedido de ver como seria o restante de seu rosto, seus lábios, o maxilar, o nariz, todo o restante que estava escondido em sua máscara preta. E será mesmo que ele tinha presas? Pensar nisso fez o seu coração bater forte, e pensar que há pessoas que fazem procedimentos estéticos para seus dentes serem naturalmente pontudos... Ou então compram acessórios, talvez as presas não seria um problema realmente grande.

Mas o mistério de seu rosto me deixava ainda mais afim de descobrir sobre ele, todo aquele grande mistério que me matava de curiosidade , eu apenas queria saber mais , descobrir mais de  Jeongguk, era como se ele fosse a pessoa mais misteriosa da face da terra.

E aonde se quer ele estivesse naquele horário, naquele dia... Eu apenas desejava muito, do fundo do meu peito, perguntar tudo o que tenho de direito.

Poxa, eu não aguento mais esses pesadelos rondando minha vida, me enlouquecendo, me fazendo girar loucamente! Eu precisava de respostas o quanto antes, era o que eu necessitava para a minha vida.

É um chega.

É um basta.

Segunda-feira eu iria confrontar -lo.

Bem nesse dia eu teria consulta com a psicóloga, eu preferia omitir aquela parte de mim, ou eu seria internado com louco.




(...)

Domingo eu tive aquele mesmo sonho que tenho há um tempo, o dia correu lento e Hoseok e Taehyung foram em casa para tentar elevar o meu astral. Não foi o suficiente, infelizmente.

Por mais que meu peito se encha de emoção e calor positivo por meus amigos estarem ao meu lado, ainda eu sentia não ser o suficiente para me colocar de fato para cima. Claro, eu sempre me senti horrivelmente culpado quando isso acontecia, mas eu não tinha culpa.

Eu não tinha culpa se a depressão me fazia tão vazio ao ponto de nada me fazer feliz.

Então domingo passou mais uma vez, e quando abri meus olhos assustado novamente por causa de mais outro maldito pesadelo, tive certeza de uma coisa: Era segunda, três da manhã e eu me sentia observado.

Tentei ignorar tudo, e me perguntei ainda como que eu conseguia me assustar, se todos os dias era o mesmo  sonho idiota, que quando mudava, mudava mínimas coisas, mas era o mesmo contexto besta; um caçador que corre atrás de mim como uma adaga em mãos, pronto para me matar.

E ele sempre me matava, eu sempre sangrava, eu sempre me afogava, eu sempre morria.

Era um padrão que se repetia de maneira abrupta e a sensação dormente esteve comigo até o horário que se deu para que eu passasse no psicólogo. Dessa vez , eu não faltaria na aula, iria chegar atrasado e entregar o comprovante de quê eu estava atrasado por motivos médicos.

Me sentei naquela cadeira que pela segunda vez no tratamento para poder ver a doutora Min. Eu estava devidamente nervoso, ela era como uma estranha para mim, mas terei pensar naquele clássico papo da confiança e no sigilo médico paciente legal.

Ela supostamente não diria nada para ninguém, então eu poderia confiar em suas palavras de humana falha.

Chegando lá, doutora Min quis saber como tinha sido os meus dias sem ela e eu citei tudo exceto a parte sobrenatural que fazia agora parte de minha vida; os questionamentos sobrenaturais, talvez apenas faria ela  questionar se eu era mentalmente instável ou maluco.

Talvez apenas uma pessoa fascinado pelo lado oculto que a vida poderia ter... Ou então um louco fanático por aquilo. Acreditar no sobrenatural não é sinal de loucura, sinal de loucura é quando isso se torna fanático, quando isso se torna tóxico e fora comum, é mais ou menos sobre isso a minha tese.

Eu espero mesmo que eu não seja um louco.



Notas: Tô com preguiça de revisar kkkkk

Atualizado: 27 de maio  de 2024

Atualizações: Ortografia e contextualização

Make me wanna die - Pjm+Jjk 1° TEMPORADA COMPLETA ( EM REVISÃO)Where stories live. Discover now