7- Sozinho

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Notas: Esse capítulo foi editado.

“ Como eu posso decidir o que é certo
Quando você fica nublando minha mente?”. — Paramore: Decode

— Jeongguk?— Senti as batidas do meu coração errar, eu ainda não acreditava que ele estava alí, bem em minha frente

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— Jeongguk?— Senti as batidas do meu coração errar, eu ainda não acreditava que ele estava alí, bem em minha frente. — O que faz aqui? — Eu estava um pouco assustado em como que ele parecia saber cada passo meu, mas ao mesmo tempo não, eu  só ficava mais  atiçado e curioso sobre ele.

— Eu estava passando por aqui, quando derrepente o vi. — Ele olhou dentro dos meus olhos e senti um arrepio na espinha. Eu não engoliria isso com facilidade, mas no momento eu senti a minha mente  se esvaziar e apenas Jungkook estava em meu cérebro.  Ele estava aqui desde  que pus meus olhos sobre ele, a velocidade era sobrehumana.

Ele conseguia me fazer convencer apenas em me olhar nos olhos? Me senti um tolo, facilmente manipulável!

— Eu apenas gostaria de perguntar para você, se você está melhor. Já faz dois dias seguidos que você não vai na escola, e antes você passou mal. — eu senti carinho em sua fala, não estava fria, estava mais para calorosa, e derrepente, senti um toque frio e suave na minha bochecha. Paralisei quando notei que eram seus dedos tocando o meu rosto.

A metade de seu rosto exposto e pálido,  se fazia uma expressão indecifrável.

— Todos estamos preocupados. — Talvez ele tenha percebido as minhas emoções descontroladas quando senti o seu toque, e então, se distanciou um pouco.

Percebi que sua pele era fria apenas pelos dedos. Céus, os dedos eram gélidos e firmes, parecia que mármore estava contra  minha bochecha, ou aquela era uma impressão por eu estar febril sem saber.

— E-Eu estou melhor...— Talvez meu rosto tenha se tingido no momento, pois eu senti minhas bochechas quentes.  —  por isso estou aqui, eu  comecei passar nessa psicóloga.  — Eu estava sem-graça, não gostava de falar sobre aquilo, e ainda mais para Jungkook que fazia meu coração errar suas batidas.

Seus olhos sorriram para mim, pois eu não podia ver seus lábios; o brilho alaranjado era intenso do olhar profundo, eu senti todo o meu corpo se desestabilizar.

— Isso é muito bom, esperemos te ver amanhã?— Perguntou bom curiosidade.

— Ah...— Senti minhas bochechas mais quentes — S-Sim, claro! — abracei meu próprio corpo  tentando me acalmar, aquela aura de Jungkook era forte, impenetrante. Derrepente, senti  meus músculos relaxaram por vontade própria, e tentei lutar contra a manipulação que senti sobre mim; mas como um boneco de ventríloquo, eu obedeci o olhar avermelhado de Jungkook.

— Não precisa ter vergonha, Jimin. — Sua voz soou tão despreocupada, aveludada e reconfortante. — Às vezes você pode estar confuso... — Ele pausou o que começou a dizer, sua expressão se tornou sombria derrepente. — Eu não o julgo por estar  se sentindo assim,eu também não me sentiria bem. — No momento olhei para ele confuso, sem entender o fio da meada. — Se Importa se eu te acompanhar até sua casa? — Ele derrepente mudou o assunto.

No momento, meu coração bateu forte , ele não poderia saber aonde eu morava.

—Sim, claro. — Achei realmente agradável a idéia de ele me acompanhar até minha casa, eu não me sentiria tão sozinho e inseguro na rua de ele estivesse ao meu lado .

(...)

Com Jungkook, eu sentia em meu peito uma segurança incomum.  Era como se ele fosse me proteger de todos os perigos que pudessem me assolar, como se ele fosse meu maior protetor. Além de eu sentir ele brincar com minhas emoções, ele conseguia tirar um fácil sorriso do meu rosto geralmente petrificado e sem emoção, eu sentia que ele fazia melhor efeito em mim do quê aqueles remédios atípicos.

Como se ele pudesse estimular minha seretonina? Um sentimento louco me invadindo.

Quando cheguei na porta de minha casa, ele observou do portão para fora como se analisasse os pequenos detalhes da minha pequena casa, olhou o mini jardim de rosas vermelhas,  a cor rosa descascada das paredes e as janelas grandes em vista para  fora, mesmo que aquele bairro feio e agourento não tivesse uma visão bonita; nada além de velhas sentadas em cadeiras de plásticos e falando sobre a vida alheia.

— Eu moro aqui. — Digo enquanto ele passava os olhos misterioso  pelo lugar, eu mal via o seu rosto, não consegui tirar uma conclusão do que ele poderia estar pensando. — Foi herdada dos meus pais. — Os seus olhos logo voltaram a olhar fundo nos meus.

— Herdada?— Senti seus olhos me queimar , e minha boca responder sem minha permissão:

— Sim, eles falecerem há pouco tempo. — Eu queria bater em mim mesmo todas as vezes que eu falava sobre minha vida para ele. Tudo que fosse possível esconder das pessoas sobre minha vida íntima, eu escondia.

— Eu entendo, meus pais também já morreram. — Fiquei curioso, ele disse aquilo como se já se fosse há  muito tempo, havia um resquício de dor, mas é como se já estivesse " superado".

— Sério? — Perguntei com curiosidade,eu realmente estava com interesse naquele assunto. Não me senti sozinho naquele instante. — Eu não imaginava...

— Sim, eu moro sozinho também. — Vi os seus olhos sorrirem e  derrepente quis ver como era o seu sorriso sem aquela máscara em sua face.  Descobri mais tarde, que ele só disse aquilo para tentar proteger-me, na verdade, Jungkook tinha ainda mais segredos que na época eu não fazia idéia.

Eu não tinha citado que morava sozinho, senti o meu peito pulsar forte de novo. Me questionei se ele por acaso estava me stalkeando ou me estudando, ou então...lendo minha mente, vendo minha vida.

— Jeongguk...—Eu escutava o meu coração bater dentro do meu peito, minha respiração estava forte e eu estava ofegante. — E-Eu preciso ir. — Tento fugir da situação, tentar ignorar os batimentos do meu coração.

— Tudo bem, até mais, Jimin!— Ele se despediu, sorriu e virou-se para ir embora me deixando ainda mais pensativo.

E eu vi  Jeongguk desaparecer após cruzar a esquina depois de um carro passar atrás de si, ele sumiu como se tivesse tomado chá de sumiço. Cheguei a pular e dar alguns passos para trás, questionei minha sanidade mais uma vez, me perguntei pela décima quinta vez se eu estava alucinando.

Não, Jeongguk não poderia ser uma alucinação, ele falava com as outras pessoas e não apenas comigo. Alucinação coletiva , talvez? Histeria coletiva? Deus! O que era ele!? Mais uma vez repeti  em minha mente: Ele não é normal. Nunca foi e nunca será. Ele é intenso de mais.

Editado dia 26 de maio   de 2024

Correções: Ortografia e contexto.

Make me wanna die - Pjm+Jjk 1° TEMPORADA COMPLETA ( EM REVISÃO)Where stories live. Discover now