Capítulo 13 - All We Are

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Iaya Weeling Gaunt

- E então, como vai? - Perguntou sentando-se ao meu lado.

- Quero saber que história é essa do Malfoy... conte direito

- Olha, eu lhe contei, se não quer acreditar... - Blásio falou enquanto mordia um pedaço de carne.

- Não tem mais nada pra falar? 

- Ele gosta de você. É isso que eu sei.

  Que grande coisa, pensei.

Todo mundo gosta de mim. Pelo menos eu fazia tentar parecer isso e me esforçava para que sim. Bem, Malfoy realmente gostar de mim do jeito que eu estou pensando é raro tão raro que eu acho que não era real. Porque, na verdade, acho que ele gostava mais do status de está comigo, com a Herdeira da Slytherin, mesmo que ninguém soubesse, do que gostar da Iaya Gaunt.

- Cadê ele?

- Na sala comunal - respondeu ele

- Hey, Iaya!

   Apenas ouvi o grito de Zabini, mas não dei importância, precisava saber mais dessa história e sai correndo não sei bem porque, ninguém estava em estado emergência exceto minha curiosidade . Mas, afinal, por que eu estava tão interessada, não é?

Quando cheguei à sala comunal, murmurei a senha: Sangue-puro.

E então adentrei na sala.

   Apenas me deparei com um Draco se atracando aos beijos com ninguém mais ninguém menos do que: Pansy Parkinson bem na minha frente, no sofá da Sonserina todo verde e com detalhes ouro. Minhas bochechas avermelharam-se, não sei o que senti na hora, o mais próximo de surpresa e raiva, talvez repulsa fosse o sentimento certo. Chateação.  Ás vezes acreditar em Fada do Dente é melhor do que em certas pessoas, murmurei para mim mesma. Eu sabia que aquilo de pedir para Pansy sair do pescoço dele era em troca de algo. Não entendi o fato, se ele realmente gostava de mim, porque se beijar com outra? Talvez para tentar esquecer de mim. Já que de mim ele não ia ter nada. Draco Malfoy não muda mesmo com outra linha temporal se formando. Foda-se.

- Típico. - Falei, nem me importando se gritei ou não, apenas disse e sai daquele lugar.

Fui indo em direção ao campo de quadribol, batendo os pés de raiva por ter sido usada, ou quase usada, sei lá. Se Draco não abriu a boca para falar sobre o meu segredo com certeza abriu a boca para falar mais sobre os 'livros trouxas' que eu trouxe de Londres. E era óbvio que Pansy iria tentar espalhar a notícia. A questão é... será que iriam acreditar? Se sim, eu seria banida de Hogwarts. E tchau última linhagem de Salazar Sonserina. 

  Sentei-me no alto da arquibancada, não sei porquê mas, eu estava correndo, e meus olhos estavam... ardendo muito. Ele voltou para aquilo que já conhecia e eu aqui? Surpresa, mas por que? Não estou entendo mais nada, eu achava que gostava de outro porque eu ainda estou de cabeça baixa por causa disso? 

"Você está chorando, sua idiota? - ótimo, meu inconsciente estava me humilhando agora - Não estou chorando, meus olhos estão ardendo de ódio. - Agora eu pirei de vez, conversando com a minha cabeça - Você gosta dele. Admita. - grande ajuda - Não gosto dele! Gosto de outro! É só que uma pessoa me fala que ele gosta de mim, e quando eu o vejo ele está aos beijos com a idiota da Parkinson que quase me matou! Aonde está a consideração que ele tinha por mim, e todo aquele drama a Ala Hospitalar?"

     Depois daquela confusão mental eu pude organizar os sentimentos e fortalecer os pontos que eu continuava confusa. Não ia perder a porra do meu tempo perguntando o por que que Draco fingiu se importar comigo, pois ele era tão baixo e escorregadio que nunca conseguiria da uma certeza das coisas que faz. Além disso para mim já estava muito claro que ele se aproximou para se aproveitar da minha bondade e assim conseguir o que queria ter alguma coisa a mais com a Herdeira Slytherin.

  Juntei meus joelhos e abaixei cabeça pensando mais. Estava com tanta raiva. 

- Você está bem? - Ouvi uma voz conhecida me chamando.

- H-Harry? - Falei levantando a cabeça. 

- Sim, o que houve Yah? - ele disse se aproximando de mim naquele banco de madeira frio

- N-Nada... - disse gaguejando e limpando o rosto vermelho, não estava chorando de raiva, mas estava quase.

- Houve algo. - Harry falou sentando-se ao meu lado - Você não choraria à toa.

- Não estou chorando. - falei sorrindo 

- Hm. E então, quer voar? - Harry falou me puxando pela mão e me levando para o campo.

- Harry! Eu nunca voei! - eu sorri fingindo, mas eu não estava totalmente feliz de uma hora pra outra.

- Eu sei! Mas sempre há uma primeira vez! - Harry disse me levando para um local aonde estava sua Firebolt.

- Harry, eu vou morrer. - falei quando ele me mostrou.

- Não vai não... - falou sorrindo - Olha! - apontou para o céu - Acho que vêm algo para você!

Nesse momento minha coruja Ully chegou trazendo algo grande e fino, ela largou o objeto em minhas mãos e pousou em meu ombro.

- Ully! - Harry gritou acariciando minha coruja com as penas brancas com as pontas das penas pretas. - Abra, Yah.

Comecei a rasgar o papel que estava enrolado na vassoura e então, uma surpresa: Ganhei uma Nimbus 2002.

- Ah, mas que... - tomei consciência do que ia falar e então me cortei - não estou acreditando.

- Nem eu! - Ully saiu voando em direção ao Corujal - Agora você não tem mais desculpas!

- Harry, não é uma boa ideia... - e não era mesmo.

- Vamos! Faça isso, irá se sentir melhor.

- Está bem... - montei-a

Eu segurava com tanta força a minha Nimbus que estava quase quebrando-a, esperei Harry chegar com a sua vassoura e ele mandou eu ter cuidado com os arcos.

- Vamos juntos? - ele montou na sua vassoura e estendeu a mão para mim.

Eu respondi o olhando e sorrindo meio sem graça, ele de cara e entendeu. Afastei os cabelos. Deixei ele me guiar, na hora da largada eu fechei os olhos e ele ainda segurava minha mão gelada e esbranquiçada com força, eu só senti um vento forte.

- Você está voando, Yah! - ele deu um grito fino

    Eu abri imediatamente os olhos e a primeira coisa que fiz foi, claro, me desequilibrar da vassoura bem na hora que Harry me soltou. Ele me segurou pelo ombro e eu agradeci, que gracinha. Voltei a olhar para o chão e estava a uns 9 metros de altura, não sou de ter medo de altura, mas eu estremeci quando ele me soltou por completo, segurei com força a Nimbus e sorri para ele. Eu balancei a cabeça positivamente e ele saiu em disparada. Suspirei e respirei muito fundo com os olhos fechados. Só tentei esvaziar a mente e disparei quatro segundos depois. Por um momento eu ri das presepadas que Harry falava.

    

A Herdeira De Slytherin ll FINALIZADAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora