28: I WANNA BE YOURS

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— Pegue os dois. — mando, o vendo começar a murchar conforme fala, odiando isso — Não importa quanto seja, pegue os dois.

— Mas é muito dinheiro. — diz novamente, como se eu não tivesse escutado da primeira vez.

— Eu sei. — dou de ombros — Temos muito dinheiro para gastar de qualquer forma.

— Mas... Mas como? — Liam tem os olhos arregalados agora.

— Antigo trabalho, investimentos, um pouco de economia a anos atrás, tudo o que pudesse me dar a oportunidade de pagar qualquer coisa que você quiser. — pisco para ele, o vendo sorrir envergonhado ao passar a máquina sobre a etiqueta dos dois conjuntos.

Jackson é um filha da puta sortudo. O que posso fazer? Trabalhar para ele, significava ganhar uma puta grana.

— Você não acha que seria mais fácil contratar uma decoradora? — Nolan pergunta a Liam assim que consigo o carregar para a área de alimentação.

— Não gosto da ideia de outra pessoa escolhendo as coisas para minha casa. — Liam morde o interior de suas bochechas, enquanto arrasto um prato de comida na sua direção — Gosto de poder escolher, pensar em como seria uma casa minha com Theo, combinar coisas.

— Você não está combinando muitas coisas. — Nolan faz uma careta — Aquele sofá não combinou com nada que compramos até agora. Destoou de uma forma estranha, no que consigo lembrar do resto da sala.

— Mas ele era confortável. Não quero coisas que sejam apenas bonitas, eu preciso de coisas confortáveis. — Liam se explica, os olhos voltados para mim — Por que esta sentando aí?

Franzo a testa, descendo os olhos para a cadeira. Estou sentado na sua frente, de costas para a escada rolante. Nolan está entre nós, na ponta.

— O que tem eu sentar aqui?

— Se você não sabe, eu que não vou dizer.

Lembra o que comentei sobre o bico que pagou aluguel na sua boca? Então, ele acabou de entrar em casa, pois é a expressão que Liam adota, empurrando o prato para longe, sem nem ao menos ter comido uma das cenouras dispostas no potinho.

Mon petit, coma um pouquinho. — peço, inclinando o corpo para frente, tentando pegar sua mão, apenas para levar um tapa — Não faz assim, mon loup...

Pare de me chamar assim. — ordena, puxando os braços para junto do corpo, os cruzando em cima do volume da barriga, fazendo assim que o blusão grude em seu corpo, mostrando o relevo bem marcado do nosso bebê, sorrio para isso, pouco me importando se vão estranhar ou não — E pare de sorrir também. Isso me irrita.

Nolan suspira ao nosso lado, erguendo-se da cadeira e me lançando um olhar de "resolva isso".

— Eu vou ao banheiro.

Não o respondo, estou com toda minha atenção no mon petit loup tentando entender o que se passa na sua cabecinha inteligente e um modo de o fazer começar a comer. Já faz três horas que estamos nesse shopping, ele precisa se alimentar.

— O que houve? — pergunto, puxando a cadeira para a frente, o fazendo inclinar um pouco seu corpo para me enxergar melhor, antes de emburrar ainda mais quando me ajeito.

Nosso pequeno problema | 𝓣𝓱𝓲𝓪𝓶Onde as histórias ganham vida. Descobre agora