Correntezas Negras

Capítulo XXVII - Verdades Salgadas

Oie pessoal!

Sem desculpas pela demora, apenas o que vocês já sabem.

Falta total de tempo e tbm de inspiração.

Tudo que eu mais quero e terminar logo essa história, mas quem disse que meu cérebro coopera?

T-T

Boa leitura^^

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Correntezas Negras

Capítulo XXVII

Verdades Salgadas

O coração de Inoshi estava tão acelerado que temia que fosse parar a qualquer momento. O olhar de Ino estava seco a ponto de parecer quase medonho. Sua garotinha sempre foi a sua cara, tanto que as pessoas não perdiam a oportunidade de dar ênfase a isso. Nunca achou que chegaria o dia que iria achá-la parecida com a genitora.

Aproximou-se da cama com passos hesitantes, Hinata o olhou solidária antes de sair do quarto, como a boa amiga que era, não tinha deixado o leito de Ino por um instante. A Hyuuga era a única que não tinha se alimentado e nem se trocado desde a chegada a Suna.

Já o jovem pirata por quem sua filha tinha se apaixonado parecia pouco disposto a deixar o cômodo. Apesar de ter suas reservas quanto aquele romance, que inclusive já tinha dado frutos, o sentimento explícito nos olhos verde água era inegável. Os dois se encararam, amores intensos e diferentes sentiam por Ino, no entanto, a preocupação era a mesma.

- Gaara, por favor... Eu quero conversar com o meu pai a sós.

Em nenhum momento a loira deixou de encarar o genitor. O pirata suspirou e sua postura corporal caiu para algo que era uma mistura entre frustração e impotência. Por fim atendeu ao pedido dela e saiu em silêncio.

- Ino...

- Então a minha mãe morreu ao me dar a luz? – Perguntou com ironia retórica fazendo Inoshi baixar os olhos, envergonhado pela mentira. – O motivo de nunca ter me deixado chegar perto do mar, era porque sempre soube o que eu era, não é?

- Sempre temi que a proximidade com o mar desencadeasse alguma coisa. – Admitiu com derrota. – Foi estupidez continuar morando em uma ilha, mas era o único lugar do mundo que eu conhecia e o único que podia imaginar construindo uma vida para gente.

A sereia considerou o pai por vários instantes com a expressão ilegível. A agonia dele era nítida e em outros tempos jamais o submeteria a algo assim. Entretanto, os últimos acontecimentos minaram muito a sua piedade.

- Como foi que isso aconteceu? – A dúvidas refletiu nos olhos azuis alheios. – Você e ela?

- Ino...

- O senhor sabe quem é ela? – Indagou descrente com a situação. – O que é ela?

- Ela é uma sereia. – Respondeu o óbvio sem entender aonde sua filha queria chegar. – Disso eu sempre soube.

- Ela é muito mais do que uma simples sereia! – Ino guinchou se sentando e ignorando a pontada de dor que percorreu seu corpo. – Ela é a primeira! A Rainha de todas as sereias...! Um ser que eu nem sequer consigo descrever.

A informação fez Inoshi arquejar o corpo em surpresa. Sempre esteve claro que Kaguya não era algo simples, mas também não imaginava que fosse um ser tão majestoso.