— Bom dia, Henry. — sorriu mais uma vez.

— Bom dia, Alicia. Encontrei com Carlo na noite passada, estão curtindo as férias no hotel? — chamei o garçom, que veio de prontidão. — Sirva a dama com...?

— Chá, por favor. — disse educadamente e assim foi feito. — É basicamente isso. Meu pai conversou com Giancarlo recentemente.

— Sobre? — os olhos dela brilhavam.

— Não pensei que um dia chegaríamos a isso, fiquei surpresa quando papai me comunicou, mas não hesito de forma nenhuma. Estou bem disposta em aceita-lo.

— Onde quer chegar com isso, Alicia? — uma ideia passou rapidamente pela minha cabeça, mas Giancarlo não seria capaz disso... Seria?

— Nossos pais pretendem unir nossas famílias, querido. Em breve iremos nos casar! — pegou minhas mãos com total felicidade, deixando-me sem reação.

— Casar? — repeti, tentando digerir aquela situação.

E antes de Alicia responder, fui salvo pelo gongo no exato momento que meu celular vibrou e havia uma mensagem na tela.

"Estamos prontos, chefe."

— Podemos conversar sobre isso depois? Tenho uma pequena reunião agora. — levantei-me com rapidez e Alicia me olhou desconfiada.

— Ok, estarei esperando. — assenti e andei rapidamente até a saída do restaurante.

Deixei várias mensagens para o meu pai, tentando entender que merda estava acontecendo. Casamento com a filha dos Montenegro? Até que ponto meu pai chegaria por poder? Eles tem uma boa condição financeira, vem de linhagem de pessoas importantes, são tudo que Giancarlo queria ser e não pôde. Agora serei obrigado a compactuar com essa loucura! Não que eu não pensasse em casar, pensei nisso há muitos anos, porém com a vida que tenho, colocar pessoas inocentes em risco não era a minha prioridade no momento e nunca irá ser, para falar a verdade.

Cheguei no local combinado e desci do carro, indo em direção aos meus seguranças, eles me passaram breves informações sobre o homem que estava lá dentro. Coloquei uma ponto 40 na cintura e entrei com toda a raiva que me consumia naquele momento.

O homem em questão sabia informações valiosas sobre um inimigo antigo de Giancarlo. Não sei exatamente que inimigo era aquele, mas sabia o quão importante era descobrir sua identidade. E como falei: Sempre resolvo o trabalho sujo.

Ao chegar próximo dele, a primeira coisa que fiz foi ataca-lo com o cano da arma em sua cabeça, o homem gemeu e uma quantidade mínima de sangue jorrava de sua testa.

— Não sou uma pessoa muito fácil de lidar quando se trata de inimigos. Então, seja rápido e conte-me sobre o homem que conspira contra Giancarlo Bianchi. — a figura a minha frente olhou para o chão e respirou fundo.

— Não sei do que está falando, senhor. Não faço ideia do porquê me trouxeram aqui.

Mais uma pancada com o cano da arma e a testa do homem começou a sangrar cada vez mais.

— Ah, não sabe? Vamos ver se não sai nada da sua boca. — Carter me entregou um iPad com fotos de uma mulher morena com um bebê no colo. Os dois estavam na entrada de uma bela casa, no endereço de... — Park Slope. Reconhece? — ele empalideceu com o nome. Ótimo, estou no caminho certo.

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