Em Auradon, o Rei Fera envia seu filho Benjamin até à Ilha dos Perdidos com uma missão. Mas o garoto não esperava ter sentimentos justamente pela pessoa que mais odeia seu reino e sua família.
Enquanto isso na Ilha dos Perdidos, como se já não fosse...
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Mal voltou para casa naquela tarde após conversar mais um pouco com Evie. No caminho até sua casa, ela se preparava para contar a notícia para Malévola. Assim que entrou ela procurou a mãe pela casa a encontrando na "sala do trono", como ela chamava.
Malévola estava sentada em sua poltrona verde que tanto gostava. A mulher encarava a vastidão do oceano ao longe e a miséria da ilha em que ela vivia. Seus olhos opacos mal se moveram quando percebeu Mal se aproximando.
— Eu preciso conversar com você — a garota disse
— Não tenho tempo — falou sem dar importância
— Eu não insistiria se não fosse sério
Ela disse e Malévola sem pressa virou a cabeça direcionando seu olhar para Mal. A garota estava com as mãos na frente do corpo parecendo nervosa.
— Aconteceu uma coisa, que vai te deixar muito irritada ou você nem vai ligar
— Para de enrolar e fala logo
— Eu, eu..
— Você o que Mal? — perguntou impaciente
— Eu tenho quase certeza absoluta de que, eu estou grávida. Eu tenho tido uns sintomas, estou atrasada e Evie me levou até a Gothel e ela...
— Cala a boca — Malévola a interrompeu — Você tem noção de onde se meteu garota?
— Eu sei que errei, mas eu não imaginaria. Os exames que fiz em Auradon diziam que eu era estéril e depois teve um lance do Lago Encantado ser mágico e ter me curado. Mas é, tudo indica que estou mesmo grávida — ela falou depressa com os olhos fixos no chão
A voz de Mal estava trêmula e sua garganta muito seca. De repente, o som assustador da risada de Malévola preencheu o local.
— E você está pronta para isso querida?
— Claro que não, tudo o que eu sei sobre bebês é que eles dão trabalho
— Sim, eles dão muito trabalho — ela disse e se levantou começando a andar lentamente na direção de Mal — Tudo começa ainda na gravidez, seu corpo muda, sua personalidade muda, as roupas logo não servem e qualquer cheiro te faz querer vomitar — ela disse com calma e apesar de ela parecer estar explicando tudo aquilo para Mal, a garota tinha sensação de ser o início de mais uma tortura
— Por que está falando desse jeito? — perguntou recuando alguns passos quando Malévola estava perto demais
— Apenas escute. Depois vem o parto, as dores horríveis, vai ter a sensação de estar sendo rasgada ao meio quando essa criança quiser sair, isso se não houver complicações envolvendo mais dor e angústia
A cada passo que Malévola dava na direção dela, Mal recuava, parecendo um animal assustado e a mulher estava adorando ver o medo nos olhos da filha.
— E a pior parte vem depois — Malévola continuou — Choro, birra, noites em claro, fraldas sujas, quer sair para festinhas Mal? Nunca mais. Quer dar uma volta por aí? Não sem antes pegar a criança. Você vai pensar que está enlouquecendo no meio de tanto choro, não vai saber o que fazer nem a quem recorrer. Você minha querida está completamente perdida. Sua vida nunca será a mesma depois dessa praga. Essa criança será a sua ruína, assim como você foi a minha
