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Tudo se tornou ainda mais estranho quando o homem veio em minha direção, com um sorriso largo, na tentativa de me oferecer um abraço.

-- Eu o conheço, senhor? - questionei, repelindo seu ato.

Percebi sua expressão mudar rapidamente, agora olhando para mamãe, o homem parecia confuso.

-- Oh Bela, não contou a ela? - sou tom soava confuso, agora mais que antes. O desespero no olhar da mulher, despertou em mim uma grande dúvida.

-- Conversamos outra hora, por favor vá embora.

Ela levou suas mãos aos ombros do homem, na tentativa de empurra-lo para longe, porém, foi surpreendida com sua resistência.

-- Porque não fez oque combinamos? Eu te dei um prazo, nós conversamos sobre isso, você não pode esconder isso dela por mais tempo!.

-- Eu não posso! Você não entende? Isso é demais para ela!.

-- Oque é demais para mim mãe?. -- me aproximei ainda tentando entender. -- podem parar de falar como se eu não estivesse aqui e me explicar que droga tá acontecendo?.

Ambos se enteolharam, estabelecendo ali um silêncio, aquilo dizia tudo e ao mesmo tempo nada, oque fazia com que eu ficasse mais confusa ainda.

-- Ok - ela suspirou derrotada - não podemos conversar sobre isso aqui fora, vamos entrar?

Por um minuto me perguntei oque estaria acontecendo ali, era tudo tão estranho, mamãe nunca me escondeu nada, nunca tivemos segredos uma com a outra e agora parecia que eu não sabia nada sobre ela.

-- Jeon? -- quando olhei em sua direção, vi que estava pálido, sua expressão transparecia um certo medo como se precisasse fugir dali o mais rápido possível. Aquilo me deixou mais intrigada que antes.

-- Huh? É, eu preciso ir agora, apareceu um compromisso de última hora Hellie. -- se despediu com um beijo breve em minha testa saindo dali rapidamente.

Entrei porta adentro vendo minha mãe com um semblante carregado de preocupação. Sabe a sensação que algo está muito, muito errado? Era oque eu sentia agora, como se uma bomba estivesse prestes a explodir no meu colo.

-- Mãe, oque está havendo?. -- fui firme em minha fala.

-- Hellena querida... Você sabe que eu sempre te amei não sabe?

-- Sim mãe, mas, porque isso agora? Me diz, oque tá rolando aqui, porque esse senhor veio até aqui e agiu como se eu o conhecesse?

-- Sabe, existem coisas que as vezes não podemos explicar, e você entende que é necessário fazer sacrifícios pelas pessoas que amamos, principalmente quando se trata de algo que pode te fazer mal, não sabe?

-- mãe, onde quer chegar com isso?

-- Hellena, esse homem é seu pai.

Suas palavras me deixaram estupefata, fiquei totalmente paralizada, E o olhar firme do homem sobre mim somado a informação recente que minha mãe dissera fizeram com que eu me sentisse mais confusa do que já estava. Por isso, tentei não parecer atingida por aquilo.

-- Meu pai? Que história é essa? -- dessa vez não consegui esconder o quanto aquelas palavras me afetaram, minha voz saiu como um fio, embargada e falhada -- mãe, você... Havia dito que ele morreu em um acidente, oque é isso? Ele ressuscitou e resolveu fazer uma visitinha?.

A senhora Park parecia afetada pelo meu estado, tanto que tentou aproximar-se para me acalentar e afagar suas mãos sobre meus cabelos, mas não deixei que o fizesse, repeli seu ato ainda mirando seus olhos.

A short love storyWhere stories live. Discover now