12 - NOLAN : PAYPHONE

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"Vai falar com ele." Raeken manda apenas movendo os lábios, juro que se não tivesse praticado muito leitura labial, nunca saberia o que ele esta falando.

— Eu já volto. — murmuro a Liam, desencostando seu corpo do meu e o deitando no colo de Malia.

Liam protesta por alguns segundos, antes da coiote começar a fazer carinho em seus cabelos. O fazendo se acalmar bem rápido.

Juro que tento ser discreto ao dar a volta no sofá e seguir para porta, acontece que meus pés não pensam a mesma coisa e, por um acaso do destino, tropeço nos meus próprios pés, fazendo um barulho um pouco alto ao bater de cara na parede.

— Você tem razão, querido, acho que essa parede podemos colocar no chão. — Tia Mel brinca, me fazendo sorrir envergonhado.

— Desculpa. — peço baixo, ganhando uma piscadela da McCall.

Sinto-me quase humilhado ao sair da casa. E tudo piora quando saio do lado de fora e encaro o carro prateado de Theo e Alec, o cacheado está inclinado para a frente, sem nem notar que estou me aproximando, ao menos era o que pensava antes de ser totalmente pego de surpresa, assim que o Hale gira o corpo, pegando o braço que estendi para cutucá-lo e me encostando na lataria do porsche. Grito assustado.

— Porra, Nolan! — quase berra, soltando meu braço — Não sabe que é proibido chegar de fininho por trás de um lobisomem, merda?

Arregalo meus olhos, virando-me de frente para ele.

— Desculpa, eu...

— Perdeu a noção do perigo? Eu poderia ter machucado você! 

— Ou eu poderia ter machucado você! — devolvo começando a ficar irritado com a certeza que ele pareceu ter ao falar de mim — Não sei se lembra, mas ainda sou um caçador e...

— Aparentemente um caçador com baixo desempenho.

— Eí! — abro os braços irritado.

— O quê? — me olha sem entender — Eu literalmente te coloquei contra o carro sem esforço nenhum.

— É, eu estava presente. — estreito os olhos — Mas isso só aconteceu porque eu cheguei na inocência perto de você, que eu quisesse te pegar realmente, você nem me veria.

Alec eleva a sobrancelha, um sorriso presente em seu rosto. Observo melhor sua aparência agora, reparando no bigode ralo que tinha deixado crescer, em como seus cachos estão maiores do que a última vez, caindo levemente pela sua testa e como seu queixo ainda fica pontiagudo ao dar risada. Céus! Eu amo tanto esse garoto!

— Por que está sorrindo? — questiono fraco, desviando os olhos dele.

— Você disse que chegou na inocência em mim. — solta um riso nasal — Não consigo me lembrar de qualquer ação inocente sua.

O tom é zombeteiro, ao mesmo tempo que é malicioso. Alexander está brincando. 

— Você não pode falar muito. — contraponho, colocando as mãos na cintura.

— Céus! Você realmente não mudou merda nenhuma né?

— Isso é uma crítica? — ergo a sobrancelha.

— Nunca. — nega rapidamente — Gosto que você não tenha mudado muito, enquanto explorava a Universidade da Califórnia em Los Angeles. 

Ele fala em um tom debochado o nome da UCLA, me fazendo revirar os olhos.

Nosso pequeno problema | 𝓣𝓱𝓲𝓪𝓶Onde as histórias ganham vida. Descobre agora