• trinta e um

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boa leitura!



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Louis fungou discretamente, limpando a lágrima insistente que rolava pelo seu rosto enquanto ele apertava o passo, e tentava caminhar mais rápido, falhando miseravelmente em cessar o choro  que escapava de sua garganta. O ômega soluçava tristonho, sentindo todo o rosto molhado, as lágrimas descendo sem parar por mais que ele tentasse enxuga-las, ele virou a esquina da casa de Harry, percebendo que o alfa não viria atrás dele, seu peito doendo ainda mais, sentindo-se menosprezado e vazio.

Louis conhecia uma vida inteira com Harry. Ele mal se lembrava de como era sua vida antes da chegada arrebatadora do alfa, e ele sequer poderia imaginar como seria seu futuro sem o alfa. Sem os olhos verdes atentos brilhando para ele, sem as covinhas profundas, que acompanhavam aquele sorriso lindo, estonteante, que deixava Louis sem palavras, desacreditado pela sorte de compartilhar a vida com aquele alfa.

O ômega suspirou estremecendo, a visão embaçada pelas lágrimas, enquanto ele permanecia na tentativa de se conter, no entanto parecia impossível. Ele havia começado a chorar assim que processou a ideia do alfa em outra cidade, a milhas de distância, vivendo longe dele, sem ele. Louis se sentia vazio, e desesperado, como se algo estivesse comprimindo seu coração.

Louis finalmente avistou sua casa, ele correu para dentro como um furacão, assustando seus pais, e suas irmãs que estavam desfazendo as malas depois de chegarem de viagem, todos assustando-se com a entrada abrupta do ômega, e então segundos depois eles já estavam atrás dele em seu quarto. O ômega sobre a cama, sentado com os joelhos contra o peito, fungando e soluçando copiosamente enquanto abraçava suas pernas, seus ombros subindo e descendo com aquele choro sentido. Johannah e Mark atravessaram a porta esbaforidos, ambos encarando o menor com preocupação, Mark foi quem chegou ao seu filhote primeiro, apertando os ombros do filho, e abraçando-o contra seu peito, aromatizando seu bebê.

"Ele... ele..." Louis gaguejou choroso, ele levantou a cabeça, apenas para encarar o pai com os olhos azuis lacrimejantes. A cena deixou Mark em pânico, o alfa nunca imaginou que veria seu filhote chorar tanto, um choro tão sofrido. "Nós terminamos." o ômega sussurrou em meio ao choro, escondendo a cabeça contra o peitoral do pai, voltando a chorar copiosamente depois de ter dito aquelas palavras. Mark apertou ainda mais o filhote contra o peito, encarando a esposa, sentindo todo o seu sangue fervendo quando se deu conta de que Harry era o motivo do choro de Louis.

"Bebê. Eu sinto muito." Jay murmurou para o filho, consolando-o, ela se aproximou, sentando-se na ponta da cama do seu primogênito, mostrando apoio ao seu filhote, porque ela sabia o quanto um término poderia ser difícil, ainda mais levando em conta a relação quase perfeita que Harry e Louis tinham. Nada daquilo fazia sentido, mas ela não questionou, de qualquer forma, percebendo o quão triste estava seu filho.

Harry socou a porta assim que Louis saiu do quarto, batendo-a com força. O alfa chutou uma das suas caixas, que estavam prontas com as coisas da mudança. Seus olhos se encheram de lágrimas e o pânico o invadiu no momento em que se deu conta de tudo o que havia acontecido, seu peito se apertou, ele suspirou confuso, se sentindo machucado, seu ômega nem sequer havia escutado-o, ele mal teve chance de se explicar, ou de conversar, e ainda assim queria desesperadamente correr atrás de Louis, se ajoelhar para ele, talvez ele desistisse de tudo aquilo, se significasse que o menor permaneceria com ele, que as coisas voltariam a ser como eram antes. Ele desistiria de tudo se Louis apenas pedisse.

Harry alcançou a maçaneta, no momento em que ele girou, Desmond entrou no quarto, a roupa social impecável, o alfa mais velho olhou para o filho, percebendo-o transtornado, os olhos molhados, à respiração ofegante, o mais novo parecia desesperado, e Des apenas suspirou em descrença, percebendo instantaneamente o que havia acontecido antes que ele chegasse.

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