There's still love in us. (l.s)

• vinte e quatro

boa leitura!

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Na manhã seguinte, Louis acordou completamente sozinho na cama, sem perceber que seu alfa tinha saído antes do despertador simplesmente porque naquela noite eles dormiram completamente separados ainda que compartilhassem o colchão, Harry tinha virado-se para o lado contrário e, não fez questão de se mover ou se aproximar quando o ômega deitou-se ao seu lado. O menor teve uma noite de sono difícil, com seu alfa tão perto mas ao mesmo tempo distante, apenas as costas largas e grandes viradas para ele, enquanto os cachos se espalhavam pelo travesseiro e Harry ressonava baixo virado de costas.

Louis estava disposto a se redimir com o alfa, sabendo que teve uma atitude equivocada mas Harry estava sendo duro sobre aquilo, dificultando as coisas, o alfa havia saído mais cedo naquele dia, antes que Louis sequer notasse, e quando o ômega chegou no treino dos cheerleaders, Harry não fez questão de vir cumprimenta-lo como sempre fazia, nem no início e nem na pausa do treino. No geral, o menor apenas pôde vislumbrar Harry no campo, correndo de um lado para o outro, gritando com o resto do time parecendo um pouco mais exasperado e irritado do que o comum, sem parar por nenhum momento, trombando com os garotos agressivamente enquanto levava a bola em direção a End Zone.

Louis chegou em casa inquieto depois do treino, sem ter conseguido conversar com Harry em momento nenhum, mas de certa forma era o melhor porque era algo que eles deveriam falar em particular, porém, ainda assim foi um pouco doloroso não receber atenção do alfa. Louis adentrou o triplex, sendo recebido por Clifford animado, que provavelmente estava tirando um cochilo no quarto porque o cachorro acordava cedo para passear com Harry as vezes antes do treino e quando ele chegava passava algum tempo cochilando sobre as patas, repondo as energias ou sendo um cachorro preguiçoso como ele era.

Quando o horário do almoço se aproximou, Louis decidiu que era uma boa ideia tentar preparar uma refeição para o seu alfa, como uma forma de se redimir, ou talvez chegar perto disso. O ômega sabia o suficiente do horário de Harry para ter noção de que hoje era um dia que ele almoçaria em casa e teria um tempo livre até as aulas da tarde e, então mais um treino pesado. De qualquer forma, era importante que o alfa estivesse bem alimentado e saciado, descansado também, para as atividades durante o decorrer do dia, e  embora, Louis não fosse excelente na cozinha, ele estava melhorando aos poucos, apesar de ser um pouco preguiçoso e não gostar tanto assim de cozinhar.

O ômega se organizou na cozinha, pegando alguns tomates e temperos, arrumando aquilo tudo na bancada, tirando o macarrão de dentro do armário também, disposto a fazer um prato simples com molho, sabendo que aquilo agradaria Harry. Ele separou todos os ingredientes, começando a picar os tomates, segurando-os com força nas mãos pequenas, totalmente concentrado em sua tarefa, mordendo os lábios um pouco nervoso e ansioso para a chegada do alfa, ficando ainda mais apreensivo quando o tempo começou a passar mais rápido e ele ficou receoso de que Harry chegasse e nada daquilo estivesse pronto no momento em que o relógio marcou exatamente meio dia. Quando a porta da frente se abriu, e Clifford latiu agitado, Louis sentiu o cheiro característico do seu alfa, o almiscarado gostoso misturado com o shampoo que ele usava depois do treino. Infortunadamente, aquele pequeno momento de desatenção foi o bastante para que o ômega se distraísse, no momento, cortando as cebolas que serviriam de tempero para o molho, ele se virou rapidamente para a porta e isso foi o bastante para que a faca escorregasse levemente causando um corte em seu dedo.

"Oh, merda!" Louis praguejou, xingando alto, sentindo seus olhos lacrimejarem instantaneamente por causa da ardência no dedo, de maneira instintiva, o ômega levou o dedo indicado com o corte que pingava sangue até os lábios na tentativa de estancar o sangramento, lambendo-o enquanto choramingava, logo depois, ele sacudiu a mão rapidamente enrolando-a em um dos guardanapos esquecidos na cozinha, percebendo-o lentamente se tornando vermelho por causa do seu sangue.