6 Capítulo 🦊

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RAYKA VARGAS











— Boa noite senhorita. _O soldado entrou e prontamente me levantei, sorrindo e indo ajuda-lo com meu jantar.

— Estou faminta. _Declaro, tomando a bandeja das suas mãos e voltando um tanto de pressa para subir na cama, cruzar as pernas e puxar os lençóis para cobri-las. Vendo que ele iria se retirar do quarto, o impeço. — Não. Não vá. Fique aqui um pouco conversando comigo.

Ele parou na porta, olhou para fora e em seguida para trás, para mim, um tanto temeroso.

Aquilo era mais do que algum limite estabelecido e eu estava certamente fazendo ele ultrapassar.

Primeiro, negando que a senhora viesse me trazer a comida.

Segundo, o fazendo perguntas sobre esse meio.

Uma palavra errada e a cabeça do pobre homem iria rolar.

— Não acho que o chefe irá gostar. Esse é o seu quarto. Sua intimidade.

Sorrio.

— Eu não sou ninguém importante para ele. Por favor, fique um pouco enquanto eu como.

Ele pareceu ponderar se era uma boa ideia e então cedeu, abrindo um pouco mais a porta e se afastando, mas mantendo distância da minha cama enorme.

— Irei deixar a porta aberta. _Avisou e me olhou receoso, como se eu fosse alguma criatura abominável com a peste e sentou-se na poltrona ali no canto.

— Tem medo que ele pense que você tentou algo comigo? _Busco entender todo esse afastamento.

Era o Vincent, Rayka. Ele é um trovão num dia de tempestade. Ele não é bom. Não poderia jamais ser. Não no meio de uma máfia recém criada e com pessoas o vigiando.

Ele era vigiado para mostrar ser temido.

Se o vigiavam para controla-lo, ele é o pior que pode existir. É nítido.

Aquele ar sarcástico e risinho cínico não poderia revelar o contrário.

— Certamente ele pensaria...

Pego a bandeja e trago para descansar sobre minhas pernas.

— Não se preocupe. Os homens tende a responsabilizar somente as mulheres. _Respondo e limpo a garganta, olhando o prato bem feito e pensando em como era desgastante quando o Miguel morria de ciúmes e a culpa sempre era minha. Mas também... aquela roupa estava muito indecente. Ele tinha pavor de como vulgar eu poderia parecer para os outros homens. Ele só estava cuidando de mim. Era para o meu bem.

— O Vincent é igual o poderoso chefão.

Com tudo, o olho.

— Poderoso chefão? _Repito sem entender e desenrolo o garfo do guardanapo.

— O pai dele. Gianluca Rossi.

Abro a boca e misturo o molho branco no espaguete.

— Eles são iguais como... em que sentido? _Estou curiosa e giro o garfo num montinho de macarrão.

— Eles não acreditam em homem. Mulheres são as unicas que eles dão alguma chance.

— Eles generaliza...

LUZ NAS TREVAS (3)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora