11. O Segredo de Lucius Malfoy

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fanart usada na capa do capítulo por VladislavPantic (devian art)

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fanart usada na capa do capítulo por VladislavPantic (devian art)


Se um "trouxa" passasse pela rua em direção a última casa, veria uma modesta entrada com um belo jardim que se estendia além do portão de ferro trancado. O famoso Ocultista Alfred Thompson se descobriu um exímio jardineiro após aposentar-se, há 5 anos atrás. A partir de então, vivia recluso em sua casa recém reformada com uma espaçosa varanda e muitos canteiros floridos. Na porta principal podia-se ver a ornamentada aldraba de metal em formato de uma cabeça de dragão, dando boas-vindas. No entanto, os trouxas nunca ousariam atravessar aquele portão de ferro. Ao passar em frente à residência, logo sentiam um súbito mal estar e uma incontrolável vontade de ir embora. Era exatamente isso que que Avery queria. Ele é o filho do lendário Cavaleiro de Walpurgis de Tom Riddle nos anos 40, Avery I.

Com efeito, os trouxas jamais poderiam imaginar que no lugar do jardim de Alfred, havia agora um terreno descuidado com a erva daninha que crescia anormalmente, ocupando todo o espaço aonde antigamente ostentava-se lindas hortênsias e majestosas helicônias. A área havia se tornado um borrão de pedras e amontoados de galhos e raízes, atraindo toda sorte de insetos e animais peçonhentos. A casa estava abandonada há meses e Alfred preso no porão sob uma grossa camada de concreto e uma fina de tinta. Morto.

Se os trouxas pudessem ver além do feitiço de ilusão, facilmente notariam uma luz amarelada, fraca e tremulante que se movia em um canto da janela. Lá se encontrava o quarto de Alfred, agora ocupado por Avery. O cômodo era grande com móveis velhos e cobertos por tecidos brancos e encardidos. Sentado em frente a uma empoeirada escrivaninha, ele passava a mão pelos cabelos lisos, mais ralos e começando a ficar brancos. O tempo não havia sido generoso com ele após guerra. Exibia finas rugas em seu rosto magro e os olhos se estreitaram, tornando-se opacos e vazios. Tinha bolsas de cansaço abaixo dos olhos e a barba por fazer, refletindo os exaustivos meses trancafiado ali, em busca de respostas. Vivia vigilante do retorno do Lord das Trevas. Ele teria um grande trunfo para usar. Instintivamente passou os dedos pela marca negra em seu braço.

Sobre a escrivaninha estava o diário de Elise Belabor. Nas páginas do grosso grimório com capa de couro, haviam muitas observações, aprimoramento de feitiços, segredos e receitas de venenos, além de estudos e informações soltas. No entanto, a medida que avançava na leitura, notava o tom incoerente das palavras e frases que não obedeciam mais um sentido lógico. Tudo virara um jogo de enigmas que não o deixariam descansar até decifrá-los por completo.

- Elise Riannon Bellator. Essa puta louca.

Disse em voz alta e em seguida sorriu, lembrando de Hogwarts. Ele fez parte da turma dos anos 70 junto com Severo Snape, convivendo com Lucius Malfoy e Elise Bellator, por quem mantinha uma secreta admiração. Ela tinha um estilo diabolicamente genial. A elite da época poderia ter facilmente cravado as presas venenosas nela, mas se viram passivos e envolvidos pela inteligência e beleza da talentosíssima jovem que aprimorou vários feitiços, transfigurações e azarações, fascinando um grupo seleto e aterrorizando a maioria. Ela rapidamente se destacou entre o ninho de cobras. E se tornou uma delas.

As Bruxas da Noite  🌖🌘Where stories live. Discover now