Vigésimo Quinto

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Maria Liara

Passei as mãos entre meus cabelos e me sentei na cama respirando fundo, as vezes cansa demais tudo isso, é cansativo demais sempre ter alguém na sua cola, vendo o que você anda fazendo, forçando você a fazer coisas que não quer, eu tenho tanta coisa pra fazer que eu já me perdir toda no meio dessa bolha gigante que a minha vida se torna toda vez que eu piso os pés aqui na maré, é incrível o quanto tudo permanece a mesma merda na minha vida, podem se passar anos, mas é sempre os mesmos estresses.

Caio se sentou ao meu lado e alisou meus cabelos me fazendo encarar seus olhos, ele é tão bom, tão carinhoso comigo e vê-lo sofrer por isso, me deixa muito mal, Caio é o amor tranquilo que eu sempre quis viver.

– Eu amo você, não importa o que tivermos que passar, estaremos juntos — Ouvir isso de sua boca me deixou em dúvida, até onde Caio iria por mim.

– Eu amo você — Me inclinei afim de beijar sua boca, ele passou suas mãos pela lateral do meu corpo e apertou minha cintura me levando para o seu colo, agarrei seu pescoço e aprofundei o beijo. — Você não merece me ter pela metade.

– I have all of you, honey! — Sussurrou baixinho em meu ouvido (No final eu coloco a tradução)

– You deserve more — Falei, procurando sua boca para mais um beijo.

Caio apertou minha bunda e me puxou, passei minhas pernas uma em cada lado de sua cintura e rebolei em seu colo, mesmo por cima da roupa, Caio já estava duro em baixo de mim, eu me sentia úmida e estava excitada demais, estava com saudades de tê-lo e precisava disso para me acalmar. Ele abaixou o zíper do meu vestido com facilidade e abaixou ele fazendo meus peitos pularem para fora.

(...)

Joguei a cabeça para trás enquanto gozava e sentia um líquido me invadir, tínhamos gozado juntos. Deitei o resto do meu corpo por cima do seu e fechei meus olhos respirando fundo, Caio fez carinho em minhas costas e sorrir.
Ouvir meu celular tocar e peguei ele colocando no ouvido sem conferir quem era.

CALL...

– ONDE VOCÊ TÁ SUA PUTA? — Ouvir a voz de Maciel do outro lado da linha, assim que eu falei um "Alô" cansado. Eu podia ouvir gritos e barulhos de tiro do outro lado da linha, um radinho pegando frequência e várias vozes juntas ao mesmo tempo.

– Tive que vim resolver algumas coisas na rua, o que tá acontecendo? — Perguntei me levantando e me afastando de Caio.

– Os bota tão invadindo, porra — Disse agoniado e gritando — Não vem pro complexo agora, Maria, não vem — Falou alto — Meu filho tá contigo ? — Perguntou.

– Ta, tá sim — respondi agoniada. Deus me livre, homem todo agoniado me deixa agoniada também. — Cuidado aí cara. Me liga quando tudo acabar.

– O bagulho tá frenético — Gritou — VAI VAI PORRA, PULA ESSE CARALHO — dessa vez não foi comigo. E eu podia ouvir vários cara gritando "Bota a cara gambé fudido" — Vou desligar, porra, vou desligar, cuidado com meu filho — Disse todo afoito do outro lado da linha, fiquei nervosa, sei lá, no meio da invasão ele me ligar assim, deve tá acontecendo alguma coisa de muito errado.

–Tá bom, cuidado, Deus te proteja — ele falou um "Fé" e desligou.

Fiquei apreensiva o restante da tarde e da noite, liguei pra Letícia várias vezes, mas só dava caixa postal, tava agoniada já, na TV só dizia que a invasão ainda não tinha cessado, no Twitter várias pessoas colocando vídeos de barulho de tiro no fundo, gritos altos e uma menina até postou a casa dela sendo invadida pela milícia, eles quebraram tudo dentro da casa dela, mesmo ela não sendo envolvida com nada e nem ninguém da facção. Isso me dá raiva, tirando as coisas de morador, quebrando o que eles já nem tem, me coloco no lugar deles, porque eu passei por uma fase que eu não tinha nada também, nem onde cair morta. Mas fazer o que, a maldade do mundo é maior que a vontade de fazer o bem. Os filhos da puta ainda bateram na menina, por ela ter gravado, não entendo, como existe pessoas assim, me deixou muito agoniada.

Peguei um copo d'água e me sentei no sofá acompanhando as notícias pelo jornal e pelo Twitter, Caio estava do meu lado, ficava com raiva disso tudo tá acontecendo, com essas pessoas perdendo até a vida inocentemente, eu cresci em favela, sou acostumada a ver isso, mas não me conformo, não mesmo. Caio decidiu que dará uma ajuda a mulher que teve todos os móveis quebrado, esse homem é muito maravilhoso, sério, não aguento com ele.
A gente assistindo, Marlon ao lado com um celular e Annyka no chão brincando, roupa da garota já tava toda suja, não para quieta.

Tradução

– Eu tenho tudo de você, querida! — Sussurrou baixinho em meu ouvido

Você merece mais —Falei, procurando sua boca para mais um beijo.

Genteeeeeee

Genteeeeeee

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BEIJINHOS 💋

Guerreiro Do GuetoWhere stories live. Discover now