CAMREN: Vingança, Não Amor! (G!P)

Cap. 27 - Tarde Com Zoe

Pov Camila Cabello

Ladurée - Manhattan Dois Dias Depois

– E então, como estão as coisas?

Olho para a mulher linda como uma pintura, sentada à minha frente. Viemos para uma doceria porque Zoe sentiu desejo de comer um doce chamado macaron, que parece dois biscoitinhos de suspiro e é recheado com chocolate ou um tipo de creme de frutas.
Acho que acabo de descobrir um novo vício.

Ela disse que a loja em que estamos é considerada especialista nesse tipo de doce e famosa no mundo inteiro, mas que a principal fica em Paris, que é o país de origem.

A ideia era almoçarmos, mas acho que os bebês dela pensavam diferente e por mim tudo bem. Nunca vou ficar chateada por provar um docinho.

– Nós brigamos naquele dia. Segundo ela, agora somos verdadeiramente um casal.

Ela gargalha e eu fico presa à sua risada.
Tudo em Zoe é tão sincero!
As pessoas do nosso meio geralmente não são espontâneas - eu estou incluída nessa lista.

– Sobre ela ter dito que você era funcionária dela?

– Isso. Eu fiquei um pouco louca e fui dormir na área destinada aos empregados.

– Meu Deus, Camila, eu definitivamente a amo. Já estava passando da hora de Lauren ter uma oponente à altura. Eu quero saber os detalhes.

Olho-a um pouco indecisa, porque não sou de falar da minha vida assim, mas depois penso que se quero uma amiga, preciso investir em nossa relação. Estou aprendendo que a amizade é uma via de mão dupla.
Zoe se abriu e contou tudo sobre a vida dela com o ex-marido. Não é justo que eu mantenha segredos.

Faço um resumo breve, passando rapidamente pelo sexo quente, até chegar ao ponto dela afirmar que anunciaria ao mundo que estamos oficialmente juntas.

Percebo que no fim, seus olhos estão arregalados.

– Sua mulher está definitivamente apaixonada por você.

– Por que diz isso?

– Porque eu já conheço Lauren há mais de um ano e fora algumas aparições em eventos em que esteve acompanhada, ela nunca assumiu alguém. Além disso, não precisa ser o maior observador do planeta para ver as fagulhas entre vocês.

– Eu não sei...

– Quer um conselho?

Penso um pouco se quero mesmo. Esse negócio de amizade é bem complicado.

– Pode falar. - rendo-me, por fim.

– Conte a ela sobre a dislexia.

Um suor frio desce pela minha coluna.

– Não, eu não posso fazer isso.

Só de tocar no assunto, sinto meu coração disparar.

– Por que não?

– Eu tenho vergonha.

Olho para as minhas mãos.

– Meu pai descobriu esse meu problema quando eu ainda era muito nova e me xingava de estúpida diariamente. Eu não quero que Lauren me veja assim. Ela disse que me admira como pessoa e se souber que tenho isso, mesmo que não me despreze, vai sentir pena e eu não preciso da pena de ninguém.

– Você deveria lhe dar algum crédito, sabe? Lauren é uma boa mulher por baixo de toda a fachada de frieza, Camila.

– Eu não duvido disso. Apesar do problema dela com o meu pai, ela me ajudou. Ela me salvou das mãos do Sheik.