Liberta

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As melhorias notavam-se a cada minuto. As feridas desapareciam como se não tivessem mais por onde crescer, a magia nelas já não existia mais. O veneno já não estava mais no meu corpo, estava livre.

Depois de estar confirmado de que tinham matado o queimado certo, regressaram todos à escola. Soube de alguns ferimentos que houve, mas como todos os queimados naquela zona tinham sido mortos, não havia perigo de estarem infetados.

Todos se juntaram a mim depois de regressarem da barreira para ver como estava. O meu pai bem como o Sam e o Sr. Harvey permaneceram sempre comigo tal como a Terra, e as outras.

Contaram-me por alto o que se tinha sucedido. A Bloom tinha-os pressentidos perto de Alfea. Encontraram o Riven quando chegaram lá muito em antes dos outros especialistas terem chegado. Parece que a sua explicação era de que não conseguia dormir e, por isso, vagueava pelo lado de fora da Escola. Tão típico Riven. Com a ajuda das fadas, lutaram até não avistarem mais nenhum para ter a certeza de que apanhavam o certo. Foi o Riven que o matou, como planeado. Como prometido. E assim foi. Uma missão de última hora bem sucedida. Objetivo conquistado. Vida salva. Quem diria que a oportunidade viria assim tão inesperadamente.

Depois de todos irem embora para os seus respetivos quartos ainda não parava de sorrir. A felicidade fluia no meu corpo para além de todos aqueles bons sentimentos que senti de todos eles. Demonstraram pura alegria e alívio. Ainda me contagiava e não me importava em me sentir assim, por saber que esta alegria e alívio eram também meus. Sentia estes bons sentimentos em boa parte por mim.

Com uma mente clara, adormeci pouco tempo depois.

Acordo com o despertador a tocar. Não o tinha desligado porque eu e o Sr. Harvey tínhamos combinado em ter uma última consulta para ver como eu estava. Estava anciosa para saber se as feridas já tinham desaparecido. Pelo menos não tinha dores nenhumas. Era um bom presságio. Sentia-me tão bem como não me sentia à dias, apenas um pouco cansada devido à noite agitada e de poucas horas de sono mas um sorriso de orelha a orelha era visto na minha cara.

Saltei da cama e preparei-me como de costume. Depois de não precisar de ir às consultas já poderia acordar um pouco mais tarde, mas hoje tinha de ser. Tinha de ter a certeza de como estava e isso não podia esperar. Teria tempo para descansar mais tarde.

Iria me encontrar com o meu pai e o Sam na Estufa.

E, definitivamente, tinha razões para estar feliz. Estava completamente curada. Nem fiquei com cicatrizes. Nada.

"Não podia estar mais contente! Que alívio!" Fala o meu pai com um sorriso enorme, abraçando-me depois. Finalmente o via feliz.

"Eu sabia que ias ficar bem..." Diz o Sam aliviado, abraçando-me também.

"Já podes fazer a tua vida normal, Musa. Não vejo porque não." Informa o pai do Sam.

"Obrigada, Sr. Harvey. Por tudo mesmo... Se não fosse você e o Sam, sempre a tomarem conta de mim, todas as consultas..."

"Não tens que agradecer Musa, temos de ser uns para os outros, certo? Fico extramamente contente por estares bem." Mostra um sorriso meigo.

"Obrigada, mais uma vez."

"Bem filha, não te atrasses para as aulas." Lembra o meu pai.

"Ainda vais ficar hoje, certo?" Pergunto.

"Sim, vou so só ao final do dia. Assim podemos passar algum tempo juntos e assim também tenho a certeza de que estás bem." Explica.

"Boa! Depois almoçamos juntos, está bem? Saio às 11:30h, mas depois eu ligo-te..." Dou-lhe um beijinho na face e um abraço rápido.

"Combinado, vai lá. Até logo."

"Vemo-nos mais logo Sr. Ho-Boe." Despede-se Sam, com um aperto de mão.

"Até logo, Sam. Cuida da minha princesa."

"Com certeza, sempre."

FragmentoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora