𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝟑𝟏 🦋 Eu me perdi.

Start from the beginning
                                    

Pego um pedacinho de Whash Tape e prendo o desenho em um pequeno mural em minha parede.

Realmente, estava repleto de desenhos antigos...

Olho para minha cama, e vejo Victor dormindo.

Sorrio vendo o garoto.

Eu já havia tomado banho, então, era só eu dormir.

Porém, notei um pequeno probleminha: Victor estava dormindo de barriga para baixo.

Eu não poderia acorda-lo apenas para fazê-lo deitar de outra forma...

Então, pego uma coberta quentinha, deito por cima de suas costas com cuidado e me cubro.

Abraço seu pescoço e pego no sono.


{...}


Victor Augusto


Acordo com os raios de sol batendo em meu rosto.

Tentei me virar para pegar meu celular e ver as horas, mas, sinto um pesinho em cima de mim.

Viro meu rosto para o lado esquerdo e vejo o espelho.

Pego meu celular, abro sua câmera e a miro no vidro fixado na parede, onde continha o reflexo perfeito de Bárbara dormindo por cima de minhas costas.

Tiro uma foto da fofura que eu comtemplava.

Fiquei admirando aquele pequeno anjinho dormindo em cima de mim.

Realmente, um pequeno anjinho.

Por que eu não reparei nela antes?

Se eu soubesse que essa garota incrível seria minha um dia, eu teria largado aquela vida de pegador na hora.

Minha mãe sempre diz que Bárbara me botou na coleira. Mas, é que eu larguei tudo na hora em que eu a vi.

E na hora que meus olhos se encostaram nos olhos cor de mel dela, eu soube, que aquela seria minha garota.

Vejo a pequena abrir os olhos devagar.

Ela se aproxima de meu rosto e beija minha bochecha devagar...

─ Ah, eu adoro quando você beija minha bochecha... – eu digo sonolento e ela ri fraco.

─ Você gosta? – ela pergunta me beijando de novo.

─ Amo. – digo e ela ri.

Ela me beija algumas vezes e eu rio.

─ Sabe, o pessoal estava combinando de sair hoje, para ir no shopping... – eu digo.

─ Não seria uma má ideia... – ela diz.


{...}


Bárbara Passos


─ Então vocês se beijaram na enfermaria, e a enfermeira viu tudo? – Carolina pergunta.

─ É... – eu respondo.

─ Mas, foi muito fofo ele ter ido com você no colo até a enfermaria... – Thaiga diz apoiando a cabeça nas mãos.

─ Realmente, deixou a Bruna muito brava... – Milena diz.

─ Ela é muito chata... – Crusher diz e nós rimos.

─ Mas realmente, ela pega muito no seu pé Babiss – Carolina diz.

─ É que ela é sebosa... – Victor diz e nós rimos.

─ Realmente, ela era muito chata... – eu digo.

─ Ah, e falando nisso, sua cicatriz dos pontos melhoram? – Carol pergunta.

─ Sim, já está quase cicatrizado. – eu digo.

─ Ela ainda me paga por ter machucado meu anjinho... – Victor diz me abraçando e eu rio.

Eu estava rindo e me divertindo, coisa que fazia tempo que eu não fazia.

Mas, minha paz é tirada por uma coisa inesperada.

Uma garotinha de olhos verdes, dois rabinhos e negros cabelos tromba na minha perna.

Ela derramava lágrimas.

No primeiro momento, eu quase chamei por seu nome, mas, pela expressão da garota, eu soube que não era você.

─ Oi princesinha... – eu digo. – Por que você está chorando sozinha? Cadê seus pais?

─ Eu me perdi da minha irmã... – ela diz com voz de choro.

Merda.

─ E-E aonde a sua irmã está? – eu pergunto.

─ Ela estava na fila do sorvete... – ela responde.

Pego a pequena no colo e me levanto.

─ Onde você vai anjinho? – Victor pergunta.

─ E-Eu já volto... – eu respondo.

Corro meus olhos por toda a fila...

Uma moça morena de cabelos ondulados e brilhantes olhava ao redor com lágrimas nos olhos.

Ando até a moça com a menina no colo.

─ Oi... – eu digo a moça.

─ Lissa! – a moça diz pegando sua irmã no colo.

─ Mana. – a menininha diz.

─ Nossa, muito obrigada por achar ela, eu já ia morrer... – a moça diz e eu sorrio fraco.

─ Tudo bem, eu entendo como você se sentiria... – eu digo.

E elas ficaram lá, se abraçando.

Por que isso não acontece comigo? Mas, acontece com pessoas a minha volta?

Meus olhos derramavam lágrimas.

Por que?

Que merda eu fiz ao ponto dessa humilhação?

─ Anjinho? – Victor pergunta atrás de mim. – Você está bem? Por que está chorando?

─ Nada. – digo secando minhas lágrimas. – Vamos voltar para a mesa...

𝐃𝐞𝐬𝐞𝐧𝐡𝐨𝐬 𝐕𝐚𝐥𝐞𝐦 𝐌𝐚𝐢𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐏𝐚𝐥𝐚𝐯𝐫𝐚𝐬, 𝘣𝘢𝘣𝘪𝘤𝘵𝘰𝘳Where stories live. Discover now