𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝟐𝟒 🦋 Eu vou te fazer dormir

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20:00h

Minha mãe já havia chegado do trabalho, jantamos pizza, e agora eu e Bárbara estamos no meu quarto, ela mexia em seu celular e eu fazia o mesmo com o meu.

Mas, sou interrompido de minhas atividades no aparelho por uma ligação.

Um número já conhecido por mim.

Por que demônios ele está ligando para mim?

Decido então atender, não posso simplesmente ignora-lo.

─ E aí filho? – meu pai me pergunta por ligação.

─ Oi. – respondo friamente.

─ Como vai a vida? – ele pergunta.

Ele é tão cara de pau.

Ele sumiu da minha vida, e agora, quer bancar o pai.

─ Ocupada. – eu respondo.

─ Você está bem? – ele diz.

─ Sim, só é stou cansado. – minto.

─ Tem certeza? Posso te ligar amanhã se for o caso. – ele diz.

─ Sim, seria bom. – eu respondo.

Ele encerra a chamada.

Eu me sinto um péssimo filho por isso.

Me levanto de minha cama e me sento no carpete do meu quarto.

Que droga.

Por que ele tinha que nos deixar?

Eu era tão mau filho assim??

Bárbara percebe meu nervosismo.

Ela se aproxima e passa seus braços em volta do meu pescoço.

Ela estava atrás de mim, praticamente.

A garota beija minha bochecha.

Adoro quando ela faz isso.

─ Está tudo bem? – ela pergunta.

─ Mais ou menos... – eu respondo.

─ Era seu pai, não é? – ela pergunta.

─ Sim, era ele. – eu respondo.

─ Quer conversar sobre isso? – ela pergunta.

─ É muito ruim se eu disser que não? – eu pergunto e ela ri.

─ Não, tudo bem. – ela diz.


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Agora, Bárbara estava deitada ao meu lado e meus braços estavam passados por sua cintura. Nossos rostos estavam próximos. Eu dava alguns selinhos em seus lábios sem motivos. Adorava estar com ela.

Peguei sua mão e a encarei, entrelaçando seus dedos com os meus.

— Uma aliança ficaria linda no seu dedo, não acha? – eu brinquei, logo escutando sua risada é observando suas bochechas corarem.

— Sabe que somos ficantes, né?

— Eu sei, mas eu não quero te tratar como uma ficante. – respondi.

Ela encarou os meus olhos, passando o polegar levemente pela minha bochecha.

— Podemos estar apenas nos conhecendo, mas eu quero muito mais do que apenas ficar com você, eu quero estar com você em tudo, todas as situações, sejam boas ou não. – eu disse. 

Ela sorriu, com as bochechas ainda coradas.

— Nunca tive algo assim. Os relacionamentos que eu já tive não tinha essa intensidade.  – ela disse.

— Eu também não. – respondi.

Um silêncio agradável se instalou, mas a intensidade da nossa troca de olhares era perceptível até sem palavras. Ela fechou os olhos, e vagarosamente beijou os meus lábios.

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Bárbara Passos

03:00h


Sentimentos e pensamentos suicidas rodeavam em minha mente.

Victor dormia.

Em minha cama, fico rolando de um lado para o outro, mas eu não poderia acorda-lo apenas por isso.

Decido então sair de seu quarto.

Me levanto bem devagar, para não acordar o garoto.

Desço as escadas vagarosamente.

Me sento no aconchegante sofá da sala.

Estava tudo escuro.

De repente, ouço passos vindos da escada.

Uma figura branca aparece no meio da sala.

Protejo meu rosto com uma almofada.

Porra, se for fantasma, eu estou fodida.

Mas, logo sinto uma cabeça peluda deitando em meu colo.

Era apenas Lannah.

Suspiro aliviada.

Deito no sofá de barriga para baixo, e Lannah se deita no chão. Acariciava os pelos de sua cabeça.

Eu apenas fiquei deitada, pensando em, como seria se eu fosse embora?

Se eu largasse tudo?

Não mentirei, é uma das minhas maiores vontades.

Mas, e Victor?

Droga, eu não deveria ter me envolvido com ele...

Vi as horas se passarem, e, em um piscar de olhos, o relógio já marcava 4:00h.

Victor não tem culpa da minha insônia, por isso sai de seu quarto.

Mas, meus pensamentos são afastados com a luz se acendendo.

─ AHH. – Victor grita assustado quando me vê. ─ Por que você está dormindo aqui?

─ Nada... Só perdi o sono. – minto.

Victor arqueia a sobrancelha.

Revirei os olhos, me sentindo uma péssima mentirosa, já que ele não estava nem um pouco convencido.

─ Tenho muita insônia. Durmo no máximo umas quatro horas por noite.. Muitas vezes eu preciso de remédios pra conseguir pegar no sono...

Ele passa uma mecha do meu cabelo para trás.

— Por que saiu do quarto? Podia ter me acordado.

— Não achei justo fazer isso...

─ Vem, eu vou te fazer dormir. – ele diz me pegando em seus braços.

Victor me carrega em seu colo em direção ao seu quarto.

Lannah nos acompanhava logo atrás.

Ele chega em seu quarto.

O menino deita em sua cama e depois me puxa, me fazendo deitar em seu peito.

─ Você está confortável assim? – ele pergunta.

─ Sim... – eu respondo.

Lannah sobe na cama de Victor e deita do meu lado.

Victor nos cobre com sua coberta e em seguida, beija minha testa.

─ Vai ficar me beijando até eu dormir? – eu pergunto.

─ Vou. – ele diz e eu rio.

E foi assim que eu peguei no sono, com Victor me fazendo carinho e me beijando.

𝐃𝐞𝐬𝐞𝐧𝐡𝐨𝐬 𝐕𝐚𝐥𝐞𝐦 𝐌𝐚𝐢𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐏𝐚𝐥𝐚𝐯𝐫𝐚𝐬, 𝘣𝘢𝘣𝘪𝘤𝘵𝘰𝘳Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt