𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝟏𝟖 🦋 Fica comigo

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E, eu e ele ainda não tinhamos conversado sobre um futuro "relacionamento", e ele já se importava mais comigo do que eu com ele.

Sou afastada de meus pensamentos com 3 mocréias na minha frente.

─ E olha só se não é a Carolina Marzin... – Bruna diz.

─ O que que você quer? – eu pergunto.

Ela vai para o meio do refeitório.

─ Sabe pessoal, a popular da Carolina Marzin não é tudo isso não gente! – ela diz tirando uma foto de uma mochila.

Era uma foto minha e da minha vó costurando juntas.

Onde ela conseguiu isso?

─ A avó dela era uma pobre senhorinha que vendia roupas totalmente bregas! – ela diz e todos dão risada, menos eu e meus amigos.

Me levanto na força do ódio e tiro a foto de sua mão.

─ Vai se ferrar Bruna! Ou melhor, você já é ferrada de nascença! – respondo e ela ri.

─ E a avó dela, está enterrada, a 7 palmos da terra e sendo comida por escorpiões. – ela diz.

Meus olhos estavam cheios de água.

─ Vai se ferrar sua vagabunda, quem merecia estar enterrada e sendo comida por escorpiões era você, e não ela! – respondo saindo do refeitório.

Para mim já deu.


Bárbara Passos


Eu não sabia do passado de Carolina.

Bruna tentar me intimidar, tudo bem. Mas agora, mexer com a minha amiga, já é demais para mim.

Me levanto e encaro Bruna.

Se tem uma pessoa que sabe de todo o passado dessa garota, essa pessoa sou eu.

─ Do que que você está falando? Vocês acham mesmo que ela nasceu rica??? Nossa, como vocês são iludidos! – eu digo e o silêncio se instala. – Sabe essas Gucci que ela carrega? São todas financiadas! E o Porsche que ela chega na escola? O IPVA está atrasado anos. Você, Bruna, não passa de uma mimada menina que acha que é rica! – eu digo.

Bruna ergue a mão e me dá um tapa na bochecha.

Dou uma risadinha sarcástica.

─ Agora você está ferrada. – eu digo.

Empurro-a no chão e subo em cima da mesma.

Uma roda se forma em volta de nós.

Ela estava totalmente vulnerável, não tinha como ela se safar.

Ergo meu punho e começo a dar socos na mesma.

Depois de ela parecer estar bem machucada, saio de cima dela e me ergo.

─ Isso não é nem metade do que você merece... – eu digo.

Quando eu me viro, sinto algo perfurando minha pele.

Bruna havia cortado minha mão com um caco de vidro,

Sangue escorria pela minha mão.

Sangrava muito.

Já estava sentindo enjoo de ver todo aquele sangue nas minhas mãos. Eu queria ir pra cima dela novamente, mas Victor me segura.

─ BÁRBARA E BRUNA! Na minha sala, AGORA! – a diretora grita pelo refeitório.

Victor ajusta um curativo improvisado, com um pano que eu não faço a mínima ideia de onde ele arranjou.

Caminho devagar até a diretoria, acompanhada da garota que eu acabara de bater.

𝐃𝐞𝐬𝐞𝐧𝐡𝐨𝐬 𝐕𝐚𝐥𝐞𝐦 𝐌𝐚𝐢𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐏𝐚𝐥𝐚𝐯𝐫𝐚𝐬, 𝘣𝘢𝘣𝘪𝘤𝘵𝘰𝘳Where stories live. Discover now