EU MESMA FAÇO ISSO

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- Mas é! - Falei e a beijei como eu desejava desde a primeira vez que havia visto mulher novamente, na festa de Bia.

Foi um misto de tudo, de saudade, de raiva e ciúmes, de paixão. Como eu sentia falta daqueles lábios nos meus, no começo ela correspondeu com fervor e eu podia dizer que iria explodir com nosso contato. Stéfani se separou bruscamente como se tivesse caído em si.

- Você acha que com que esse seu olhar doce você pode se meter na minha vida? - Falou agitada. - Eu sinto muito, comigo não vai funcionar. Eu não sou mais uma com quem você pode brincar. Então nunca mais me beije. - Ameaçou levantando um dedo. - Ou eu não respondo por mim. Está claro?

Após suas palavras, seu discurso sem respostas e seus gestos de desespero eu permaneci em silêncio. Assistindo seu peito arfando por conta do seu nervosismo. Analisando os seus olhos inquietos e completamente confusos com o meu silêncio.

Algo me levou a me aproximar dela devagar, sentindo que o olhar dela era cada vez mais confuso e seu corpo ficou tenso quando notou novamente minha aproximação. Eu parei bem na frente dela, a alguns milímetros de seu rosto, sentindo em meus lábios sua agitada respiração e observando como seu olhar me analisava.

- Não faça isso... - Sussurrou quase sem voz.

Mas seu pedido parecia ser apenas perfeito para que os meus lábios quebrassem a distância e se unisse aos seus suavemente, delicadamente, com doçura. Sem a intenção de forçá-la a nada. Mas com firmeza suficiente para mostrar que suas ameaças não significavam nada para mim.

Seu corpo congelou e meu peito parecia sofrer uma revolução pelo simples toque de lábios, conseguindo que tudo ao nosso redor desaparecesse. Tudo perdeu o sentido, as palavras foram esquecidas, as ameaças foram ignoradas e eu senti uma grande necessidade de ir além e explorar cada canto de sua boca e acalmar de uma vez toda a vontade.

- Eu não sei o que acontece comigo e eu sei que você vai se casar, que você construiu uma vida perfeita e eu sou uma idiota completa por me sentir tão vulnerável quando você está por perto. - Falei acariciando sua bochecha. - Isso me aterroriza, eu sinto pânico... E mesmo assim eu quero beijar você como nunca quis beijar ninguém Bays.

Senti meu corpo tremer como nunca tinha sentido antes e que os meus olhos estavam molhados por conta de todas as palavras que vieram direto do meu coração. Meu coração confuso que por muitos anos lutou para não se sentir assim. Mas tudo foi em vão, meus esforços para me manter fria desabou no exato momento em aqueles olhos verdes olharam para mim. Com a intensidade de agora, tornando eterno os segundos.

Me fazendo sentir como uma criança indefesa diante do olhar que poderia despir minha alma.

- Isso é loucura! - Foi a última coisa que ela proferiu antes de suas mãos emaranharem no meu cabelo e quebrar firmemente novamente a pouca distância entre nós.

Nossos lábios se encontraram de forma apaixonada, ansiosa, desesperada e até mesmo com raiva. Desejando acalmar de uma vez esta angústia que por alguma razão nós duas sentíamos. Deixando de uma vez por todas que o universo seguisse seu curso. Nossas línguas estavam em perfeita sincronia... meu estômago, meu peito, meus músculos e cada parte do meu corpo estava sofrendo uma revolução constante e um formigamento imparável era produzido pelo toque de seus lábios, sua língua, seu corpo que cada vez estava mais ligada ao meu.

Ficamos naquela bolha até meu celular tocar tantas e tantas vezes que me obriguei a verificar, era o número de Bragança.

- Mirella, aonde você está? - Estranhei seu tom, a sua voz era sempre calma, pacífica.

- O que houve? - Perguntei preocupada.

- Vem pro hospital! - Arregalei os olhos, Stéfani me observava. Meu corpo gelou, o seu tom e sua pressa indicavam que algo ruim havia acontecido. - A Ya teve um acidente...

- Está tudo bem? - Neguei com a cabeça assim que a mulher na minha frente sussurrou aquelas palavras.

-Eu preciso ir, sinto muito! - Falei atordoada e saindo dali o mais rápido que pude sem nem me despedir direito dela.

Meus sentimentos haviam ido do céu ao inferno em questão de segundos, mas naquele momento eu só queria entender o que havia acontecido com Ya e se ela estava bem.

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Babys!


Eu não estou enrolando vocês, vi que tem alguns leitores impacientes e nossa, isso havia me deixado um pouco triste, eu tenho várias coisas já escritas e em mente para a história. E eu não queria deixar de escrever elas para adiantar capítulos aqui, até porque acredito que vai ser a última fic que vou escrever.  Mas a maioria dos comentários foram positivos e ansiosos sobre como tudo vai ficar (eu estou também kkk) e quando a Teté vai terminar com o rapaz, então eu agradeço de coração a todos que comentaram, eu amo ler o que vocês estão achando. 

Eu preciso que sejam pacientes, por favor. kkkkkk (É ruim ter que explicar isso aqui).


Autora ama vocês. 



O lugar que o amor pisou - SterellaDonde viven las historias. Descúbrelo ahora