Capitulo 37

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—Não muda nada, eu teria parado se não tivessem me tratado como um animal incontrolável! Eu senti como vocês se sentiam naquele momento, quase todos me viam como uma ameaça incontrolável

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—Não muda nada, eu teria parado se não tivessem me tratado como um animal incontrolável! Eu senti como vocês se sentiam naquele momento, quase todos me viam como uma ameaça incontrolável. Mas isso já aconteceu, e não tem como mudar. —digo sorrindo.

—Helin, eu não me importo com o que você faz ou deixa de fazer! Queria ter entendido isso antes de você sumir ontem. Eu só me importo com você, e com o que vai sentir depois que machucar essas pessoas, se vingar não vai ajudar com a dor. A dor não vai sumir. Eu sei que se lembra de todas as pessoas que matou, eu sei porque eu ainda me lembro de cada uma que matei. E eu não me importo que seja em circunstâncias diferentes, o sentimento será o mesmo. Elas te assombração pelo resto da sua vida, e com o tempo isso vai corroer a sua alma. —James diz e nego.

—Eu não tenho alma!

—É claro que tem, e você me mostrou isso diversas vezes. Quando você deu ao elfo negro que foi modificado a chance de voltar ao lar dele, mesmo morto você deu a ele a chance de voltar ao seu lar. Quando você se jogou naquele buraco negro para que não destruísse Asgard, quando você empurrou o Stark para fora daquele buraco negro para que ele não ficasse preso com você, você poderia ter deixado ele lá e pegado impulso para sair, mas você não fez isso. Você me mostrou que tem a alma mais linda e forte que já vi, e você é incontrolável sim! E é o que mais admiro em você, o poder de deixar claro que ninguém pode te controlar. —James fala e limpo a lágrima solitária em meu rosto.

—Eu...

Ouço um choro infantil ecoar pelo salão e sou tirada daquele transe emocional, me surpreendo e vejo os três guerreiros puxarem suas espadas. Os faço parar com apenas um movimento da minhas mão. Vejo perto da porta, a figura pequenina de um garotinho loiro, ele não deve ter mais que 4 anos e pelas roupas e filho de algum plebeu. Eu devo ter puxado ele com as pessoas que trouxe pelo portal. Eu deveria ter notado.

—Isso é uma criança? —Thor pergunta e o silêncio com um movimento da minha mão.

—Venha até mim criança! —digo de forma dócil e me levanto.

Desço os degraus que dão ao trono quando a criança chega perto, a pego no colo e subo os degraus de volta, me sento no trono com a criança em meu colo.

—Você fala criança?

—Sim! —ele diz tímido e acaricio seus cabelos louros.

—Está com fome?

A criança assente e conjuro uma bandeja repleta de doces, só os deuses sabem o que essa criança viu dentro da sala onde Sigrid e Fenrir estão. O portal continua ativo, mas não me importo. Estou preocupada com o fato de ter trago uma criança pra esse lugar, onde até o ar cheira a medo e terror. Nunca machuquei nenhuma criança, isso vai contra as minhas leis. Não importa o quão irritada e vingativa eu esteja.

—Coma, eu não machuco criancinhas!

—Você só machuca pessoas más, igual ao Thor?  —A criança pergunta enquanto come um morango coberto de chocolate, o olho incrédula.

—Você não gosta do Loki? Ele tem muitas características boas.

—Eu gosto do Thor, ele tem um martelo e o poder de controlar os raios! —a criança diz e fico boquiaberta.

—O Loki é bem legal!

—Você não gosta do Thor? Ele é bonito, tem um castelo com um trono e vai ser rei! —a criança questiona me olhando com os olhinhos brilhando.

—Um rei não é rei porque tem um trono, ele tem que ser gentil, leal e acima de tudo amar o seu povo! Ele tem que ter um coração digno. Qualquer pessoa pode ter um castelo e um trono, mas poucas podem ser rei ou rainha.

—Eu posso ser um rei, como o Thor? —a criança pergunta e respiro fundo.

—Igual ao Thor, tem certeza? —pergunto e a criança assente.

—Eu só não tenho o martelo! —a criança fala, e conjuro uma replica pequena do martelo do Thor.

—Qual é o seu nome?

—Ragnar! —ele responde.

—Você promete sempre proteger seu povo, e ser um garoto bom?

—Sim. —ele diz sorridente.

—Eu te entrego o Mjölnir 2.0!

—Agora eu posso ser o Thor! Você pode ser a Frigga. —ele diz brincando com o martelo.

—Eu posso ser o Loki!

—Não, você vai ser a Frigga! Você é boa e bonita como ela. —ele diz e faço a bandeja sumir.

—Meu amor, eu vou levar você para os seus pais! Aqui é um lugar perigoso e não é lugar para uma criança. Mas você não pode contar a ninguém que esteve aqui, eles vão achar que machuquei você! —digo olhando nos olhos do garotinho.

—Mas você não me machucou! —ele responde e assinto.

—Eles não vão acreditar, você não entende mas eu sou um pouquinho diferente! E as pessoas costumam crer que eu gosto de machucar as pessoas.

—Mas você só machuca pessoas más, igual ao Thor. —a criança diz e assinto.

—Me promete que não vai falar, para que eles não te machuquem? Se perguntarem, você dirá que esteve com uma das damas da rainha. E ela foi muito gentil com você.

A criança assente e dissolvo o portal, me levanto ainda com ele no colo e abro um novo portal. Atravesso e agora estou em Asgard, coloco a criança no chão. Ele acena para mim em despedida e aceno de volta, ele corre e não me demoro muito lá. Retorno ao meu castelo macabro e encontro Sigrid toda ensanguentada.

—Eu não quero saber o que você fez, apenas limpe e tome um banho!

—O que aconteceu? —ela pergunta.

—Trouxe uma criança pra cá acidentalmente, tive que levar ela de volta.

—Porque não sacrificou ela, os antigos gostam de sangue jovem! —Sigrid afirma.

—Eu não machuco crianças, e vocês não vão machucar mais nenhuma criança! Entendeu?

—Ta bom... Mas é só isso mesmo, você parece abalada! —Sigrid diz.

—Eu estou bem!

 



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