Capítulo 23

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Dois dias depois

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Dois dias depois...

Eu não me lembrava que ter irmãos era insuportável, eles estão complicando a minha vida e estou enlouquecendo. Talvez eu devesse mesmo matar eles, resolveria 90% dos meus problemas. Ainda bem que tenho gente pra fazer a parte crítica de organizar um evento de gala, ou eu já teria mandado tudo a merda. Eu só preciso pagar, e criticar o que não está de meu agrado. Fui obrigada a abandonar minhas férias, e com ela minha vida sexual. Isso explica minha irritação e minha aura pesada, também explica o fato de já ter ameaçado comer uma dúzia de midgardianos. Comer literalmente, sem nenhuma tensão ou contexto sexual. Todo esse estresse por uma única coisinha. 

Há um piano em uma das salas da mansão, estou entediada e irritada. Preciso me distrair antes que mate todos e faça uma grande bagunça. Não estou a fim de limpar nada. Me sento no banquinho do piano e hesito em tocar, faz tantos anos que abandonei o piano e adotei a canção das lâminas e dos gritos de dor. Começo a tocar, reconhecendo a melodia dos deuses. Uma música capaz de tirar a dor e trazer imagens das vitórias dos deuses. Papai adorava me ouvir tocar.

Fecho os olhos me deixando ser levada pela melodia mágica, as notas me levam para lugares distantes e pacíficos. Trazem o aroma místico dos deuses e consigo me acalmar. Quando abro os olhos e as notas da música chegam ao fim, consigo sentir a aura do lugar mais leve.

Mas logo sinto a presença de outras pessoas, fico tensa e minha irritação retorna. A aura do lugar se torna pesada e carregada de energias negativas. Ultimamente o único ponto positivo é...na verdade não há nenhum ponto positivo.

—Péssima hora...na verdade péssimo dia para uma visita! —digo sem me virar.

—É nosso dever ficar de olho em vocês!—Steve fala e aperto uma tecla do piano para dar ênfase.

—Você toca muito bem! —Natasha elogia.

—Se fechar os olhos dá até para esquecer que você é uma coisinha má! —Tony comenta e dou risada.

—Foi o mais perto de um elogio que recebi de você Stark!

—Se contente com isso! —ele responde e reviro os olhos. 

—Se eu me contentasse com pouco eu  viveria em eterna insignificância! Pra vocês podem ser diferente, mas pra mim chegar onde estou hoje. Eu tive que parar de pensar pequeno!

—É claro, você expandiu seus pensamentos massacrando centenas de espécies em todos os reinos! Se o que você contou é verdade, mas eu não dúvido. Você é uma vadia má. —Fenrir diz entrando na sala e se escorando no piano. Ele está fumando.

—Não fuma dentro de casa! O cheiro impregna o ambiente e vão achar que somos viciados. —digo pegando o baseado e trago.

—Muito responsável! —Fenrir diz irônico.

—Porque a aura desse lugar está pesada? —Wanda pergunta.

—Porque minha querida irmã, não suporta ninguém além dela mesma! —Fenrir fala sarcástico, conjuro uma adaga e a cravo no meio das suas pernas, a centímetros da sua parte preferida do corpo.

—Você tá maluca? —ele grita assustado.

—Talvez.

Fenrir sai da sala me xingando em línguas que nem existem mais, começo a rir de forma cruel.

—Cadê meu soldado emburrado? —pergunto.

—O Bucky? —Natasha pergunta.

—Não me diga que ele está me evitando?

—Ele pode estar evitando você, mas não a sua irmã! —Wanda fala olhando para o corredor.

Sigo o olhar de Wanda e vejo a vadia da minha irmã encurralando James no corredor, minha insatisfação cresce quando ela o beija e nem me importo em controlar meu poder. Os vidros das janelas da mansão explodem. Só segundos depois percebo a bagunça que fiz.

—Como se eu já não tivesse bagunça o suficiente para limpar! —Digo e lanço um olhar para Sigrid, a vadia ainda tem a audácia de sorrir de forma vitoriosa.

Uso meu poder para consertar a bagunça que fiz, me recomponho e olho para Tony.

—Vamos conversar la fora!

Digo e abro a porta lateral da sala que estamos, já fora da casa vejo Fenrir jogar algo para um cachorro no grande quintal gramado. Eu não faço a mínima idéia da onde esse cachorro saiu.

—Se vieram apenas para ver como as coisas estão, foi uma perca de tempo! Meus irmão não podem sair da propriedade, e são insignificantes sem poder acessar suas formas de verdade!

—E você? Acabou de provar que perde o controle com frequência! —Tony comenta.

—Não perdi o controle, se eu tivesse perdido vocês não estariam vivos! E aquilo foi apenas uma demonstração da minha insatisfação.

—Então não vai surtar por sua irmã ter roubado o seu acompanhante? —Natasha pergunta.

—Sigrid vai fazer qualquer coisa para me irritar! Cabe a mim deixar ou não que isso me afete de forma literal.

—E eu achando que ela não sabia resolver as coisas sem assassinar alguém! —Sam comenta.

—Seria uma perca de tempo! Eu posso entrar na mente das pessoas, James não queria beijar ela. O que tornou Sigrid patética e deprimente!

Conjuro uma bolinha amarela e desço os degraus que levam ao gramado, assobio e o cachorro preto como a noite sem estrelas corre até mim. Me agacho para acariciar seu pelo e ele lambe meu rosto. Me levanto e jogo a bolinha para que ele pegue, ele corre atrás da bola.

—Então porque não controlou o poder? —Wanda pergunta.

—Não sei.

𝔽𝕚𝕝𝕙𝕒 𝕕𝕠 𝕃𝕠𝕜𝕚 Where stories live. Discover now