𝔽𝕚𝕝𝕙𝕒 𝕕𝕠 𝕃𝕠𝕜𝕚

Capítulo 5

Uso magia para ficar limpa e decente. Já que meu tio não vai me ajudar, claramente chateado por ter achado que o meu pai estava morto, sendo que ele está vivo. Minha única opção é observar e aprender como esse povo se comporta, até agora só aprendi que são criaturas estúpidas. Eu consigo ser estúpida as vezes, depende do quão irritada estou. Começo a andar pelas ruas, há lugares onde as pessoas pedem comida e em troca lhes entregam notas de dinheiro ou um pedaço de plástico chamado cartão. Onde eu moro usamos ouro. Eu usei um encantamento e a mulher me serviu um café com espuma que não me recordo do nome, e um donuts. Eu nunca comi nada tão bom e doce. Isso devia existir em todo lugar, é maravilhoso.
Nos dias seguintes também descobri que os humanos usam aparelhos tecnológicos para descobrir coisas ou falar com outras pessoas, e eu posso pedir comida por esses aparelhos. A tecnologia é semelhante a de outros mundos, e eu sei um pouco sobre. Existe hotéis que hospedam pessoas, eu estou em um desses e é divertido. Os restaurantes servem muita comida diferente e há táxis. Eu sou uma garota que aprende muito rápido e até encontrei um desses aparelhos celulares e não é tão ruim. Ainda to tentando voltar pra casa, sinto que tem algo errado acontecendo. Mas vou me preocupar com isso depois, estou em uma praça e tem um homem estranho com um tapa olho caminhando em minha direção. Porém todos aqui são estranhos, não tem como diferenciar os bons dos maus.

—Senhorita Laufeyson! —O homem fala e o olho desconfiada.

—Sou eu!

—Eu sei que é você, você precisa vir comigo! —O homem fala e continuo sentada.

—Eu não sou tão idiota, papai me ensinou a não confiar em ninguém! Ainda mais se for estranhos.

—Sou Nick Fury, diretor da Shield. —Ele esclarece e continuo confusa.

—Continua sendo um estranho! Dizer seu nome não vai mudar nada.

—Garotinha irritante, você vem comigo! —Nick Fury fala e balanço a cabeça.

—Mas eu não fiz nada! Eu nem matei ninguém nos últimos 3 dias.

—Tony Stark relatou uma ameaça relacionada ao Loki! —O homem fala e reviro os olhos.

Me teletransporto para meu quarto no hotel, ele não deve saber onde eu estou ficando. Afinal apenas me teletransporto para dentro do hotel,  e faço isso pra evitar a perca de tempo que seria caminhar até lá, uma ótima jogada já que isso está me mantendo segura daqueles malucos. Já chega de perder tempo, tenho que encontrar o tesseract. E antes de partir causar muita dor no Tony Stark. Uso meu poder para detectar qualquer onda de energia cósmica, ainda sou novata com o poder, não tenho centenas de anos como o meu pai, mas aprendi e controlei bastante coisa. É claro que ainda não sei a profundidade do meu poder, mas sou capaz de muita coisa. Mas não estou afim de testar nada no momento, só quero voltar pra casa, e se o cubo é a chave. Vou pegar ele.
Sinto a onda de energia diferente, mudo minha roupa para algo mais ágil, discreto e flexível.

Não sei onde o tesseract está, mas sinto sua energia, deixo meu poder ser guiado pela onda de energia. Me teletransporto mas não consigo terminar a travessia. A energia do tesseract reprimiu meu poder, ele me impediu de chegar até ele e se não tivesse controle poderia ter me perdido dentro do vão de espaço tempo. Caí de costas no chão gelado de alguma aeronave, ou algo parecido.

—O que ela ta fazendo aqui? —Ouço a voz irritante do Tony, viro minha cabeça e vejo o homem de armadura. Que é ninguém mais ninguém menos que Tony Stark. Maravilha.

—Ai! —digo quando me levanto.

—Incrível, não preciso procurar por você novamente! —O cara com um tapa olho fala.

—Calma aí, eu não queria parar aqui! 

—Não? Você não está aqui para implorar para poder ajudar, depois nos usar para ir para o espaço? —Tony pergunta sarcástico.

—Eu não imploro, e eu nunca vou ajudar você! Eu estava indo pegar minha passagem de volta pra casa, deu errado e para não ficar presa no espaço tempo...eu caí aqui!

—Indo pegar o que? —A loira que descobri se chamar Natasha pergunta.

—Uma coisa! E vocês devem estar perto, podem abrir a porta traseira? Já querem me jogar lá fora mesmo. —Digo tentando não dar mais nenhuma informação.

—O que você está buscando Helin? —Thor pergunta, sinto sua curiosidade.

—Uma coisa que deve ser a respostas para minhas perguntas!

—Há pessoas armadas lá em baixo! Armas que podem acabar até mesmo com um aprimorado! —Thor fala e o olho confusa.

—Humanos que tem poderes através de métodos científicos e experimentos. —O cara chamado Bruce explica.

—Eu não sou dependente da magia, e meus poderes nem estão funcionando mesmo!

—Você é humana, e mesmo que não queira minha proteção! É minha sobrinha e se morrer o Loki vai me culpar! —Thor diz e sorrio.

—O papai não me criou para depender de ninguém! E eu não confio em vocês, vão me prender assim que tiverem oportunidade. E eu não sou um animal para ficar enjaulada.

Puxo uma alavanca e a porta traseira da nave se abre, conjuro minhas duas espadas de mais de 1 metro cada, elas são prateadas com esmeraldas cravejadas e ornamentos de ouro puro. Eu me acostumei com o peso delas, e é facil empunha-las.

—E tio Thor, eu gosto de você! E eu não gosto de muitas pessoas.

Digo e salto da aeronave, sinto meu corpo caindo pelo ar e então o chão sob meus pés. Caio de pé e quando olho ao redor percebo que estou cercada por pessoas com grandes armas.

—Podem começar!

Eles atiram e uso minhas espadas para evitar ser atingida, com agilidade desvio e enfio uma das espadas no peito de um dos homens, faço uma das espadas sumir e no lugar conjuro um enorme escudo prateado. Me defendo e continuo lutando, quando o último homem caí faço as espadas sumirem. Meu rosto está com respingos de sangue e minha roupa também.

—Não foi nem sequer uma luta justa idiotas! —digo revirando os olhos.

Olho para a construção de pedra e aço na minha frente, tento detectar a energia do tesseract mas está distante. Como se ele não estivesse mais aqui. E é bem provavel que não esteja, alguém o tirou daqui antes que chegasse até ele. Sigo meus instintos e dou a volta na construção, percebo que havia uma aeronave ali até segundos atrás. Vejo algo suspeito, um pequeno rastro de algo negro.