BELLA NARRANDO...
Depois da semana de suspensão, eu estava de volta ao colégio. Pedi pela internet que entregassem dois buquês de rosas brancas e amarelas no colégio e eu pegaria na portaria, eram para a senhora Jansen e para Betina. Fui até a direção na hora do intervalo.
Eu: Senhora Jansen?
Jansen: Senhorita Pugliese, entra.
Eu: Com licença... – entrei – São para a senhora.
Jansen: Oh, obrigada.
Eu: Vim me desculpar por tudo que fiz aquele dia, eu errei muito e não vai se repetir. E eu vou falar com a Betina também.
Jansen: Bella, você é uma boa aluna, você veio de Boston com uma bagagem emocional muito pesada, e eu sei que está passando por situações muito difíceis. E você tem aqui muitas pessoas para te ajudar. As coisas não se resolvem gritando ou brigando ou empurrando.
Eu: Sim, eu sei... E por ironia do destino, minha mãe Priscilla está namorando a mãe da Betina.
Jansen: Sério? – arregalou os olhos e começou a rir.
Eu: Não tem graça – ri também.
Jansen: Desculpa, mas tem graça sim. É a vida te mostrando o dedo do meio. Nossa, isso foi inadequado pra uma diretora, mas é a realidade.
Eu: Eu sei. Me perdoe, eu vou melhorar.
Jansen: Tudo bem, eu espero que sim.
Eu: Com licença. – sai. Vi a Betina sozinha falando no celular e fui até lá quando ela desligou. – A gente pode conversar?
Betina: Vai quebrar mais alguma osso meu?
Eu: Não. Eu vim em missão de paz. – suspirei.
Betina: Ok... – eu me sentei de frente pra ela.
Eu: Pra você – dei o buquê de rosas a ela e ela pegou. Quando ela ia cheirar as flores, ela parou e me encarou.
Betina: Tem antraz ou alguma outra substância letal aqui que ao ser inalada eu possa vir a óbito em segundos? – eu rolei os olhos.
Eu: Não Betina, não tem nada ai nas flores, relaxa. Eu não estou tentando te matar... Embora isso possa acontecer de madrugada quando você for dormir na minha casa – ela arqueou uma sobrancelha e eu dei de ombros. – Eu estou brincando. Eu não queria machucar você. Eu sou muito bruta as vezes. – ela arqueou uma sobrancelha. – Eu sei, eu sou sempre bruta. Eu tenho meus motivos e eu não deveria ter descontado em você.
Betina: Não mesmo.
Eu: Me perdoe. Eu não queria te ferir. E eu não quero que fique um clima ruim quando estivermos com nossas mães. Elas estão muito felizes e não justo com elas. Até porque se a gente brigar a gente morre.
Betina: Eu sei. – suspirou – Bella, eu sou uma pessoa difícil de lidar, eu sou ácida, eu sou grossa as vezes, eu sou sarcástica, eu não queria que meus pais tivessem se separado, mas eu amo a Roberta noiva do meu pai, porque meu pai está feliz e eu amo a minha mãe mesmo brigando com ela sempre e as vezes sem motivos, mas eu aprendi a pedir desculpas quando machuco alguém quando era muito pequena. Eu mordi uma menininha da minha sala quando eu entrei na escola e ela chorou muito e meus pais falaram o quanto aquilo era errado. Eu era tão pequena, mas eu me senti tão mal de ter feito aquilo que eu nunca mais esqueci o que eu fiz e o que eu tenho que fazer quando eu erro ou magoo alguém. Isso me marcou muito. E quando eu erro, eu peço desculpas. Eu não queria que fosse minha amiga nem nada naquele dia que trombamos, lá no primeiro dia de aula, e nem no dia que você fez isso – levantou o braço – com meus dedos. Eu só esperei um pedido de desculpas, porque quando a gente machuca ou magoa alguém a gente pede desculpa. Não sei porque você não gostou mim logo de cara, mas um pedido de desculpa pouparia muita coisa.
Eu: Me desculpa... Eu não queria magoar você, eu não fiz intencionalmente, só pra te ferir nem nada. Eu sou assim as vezes, eu estou sempre na defensiva, enfim... Vamos dar uma trégua. Pelas nossas mães.
Betina: Ok vamos dar uma trégua. – apertamos as mãos. O sinal tocou e a gente levantou. Ela ficou tonta e eu a segurei.
Eu: Está tudo bem?
Betina: Sim, está... – olhei no braço dela ela tinha uma pulseirinha. – "Betina Smith Ferraro – Hipoglicemia grave – Risco A – Glucagon 50".
Eu: Você comeu hoje?
Betina:Sim, comi. Eu estou bem é só uma tontura. – fomos pra sala. Eu fiquei a aula toda olhandopra ela.
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NATIESE EM: AMOR A PRIMEIRA VISTA
FanfictionMeu nome é Priscilla Álvares Pugliese, tenho 34 anos sou médica neurologista chefe de departamento no hospital Copa D'Or. Moro num condomínio no Leblon. Sou divorciada a 5 anos de Emily Marie Parker, ela tem 35 anos e é Ranger da Army nos Estados Un...